sábado, 6 de outubro de 2018

Os meus livros #57 - Os Insolentes (Marguerite Duras

Sinopse

Este primeiro romance de Marguerite Duras gira em torno de personagens que encontramos noutros romances da autora. Lê-lo é regressar a um universo que já nos é familiar. A relação mãe/irmão mais velho alimenta este texto e vários outros; os mecanismos dessa relação são, como noutros romances, impiedosamente desmontados.
Por outro lado, a personagem de Maud reaparecerá também noutros romances, e não só naqueles aparentemente mais autobiográficos como O Amante, por exemplo. De facto, Maud é uma personagem que contém já traços de Lol V. Stein – uma mulher que é vítima de uma «armadilha» que a transcende, uma mulher ignorante de si mesma.
Em Os Insolentes, são muito fortes ainda as influências de um certo psicologismo; há uma vontade de tudo esclarecer, de “dar” tudo ao leitor; há mesmo uma certa candura no tratamento narrativo ou no tratamento psicológico das personagens.
O universo de Duras está todo nesta obra onde se assiste ao nascimento de uma voz que, já no início dos anos 40, era francamente invulgar.

Críticas de imprensa

«É um texto perturbante pela força com que a dor se inscreve em cada uma das personagens, como se o desespero fosse inseparável do amor e do ódio que unem uma família, centrada à volta de uma teia insidiosamente tecida pela mãe, da qual nem ela própria se consegue libertar […]» Expresso 




Marguerite Duras era uma apaixonada e não há nada como ler algo escrito por alguém assim.

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