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"Em cada um de nós há um segredo, uma paisagem interior com planícies invioláveis, vales de silêncio e paraísos secretos"

Antoine de Saint-Exupéry

Da respiração...

Há dias em que nos parece que o coração não bate muito bem, que a nossa alma não nos pertence, que algo impede o nosso corpo de reagir normalmente, há dias em que nos custa viver. Hoje estou assim, custa-me o simples movimento de respirar porque está ferida a tua respiração e suspensos os teus, os nossos sonhos. Hoje só te posso oferecer uma lágrima, várias lágrimas, mas de esperança. Amanhã posso dar-te mais, muito mais. Até amanhã madrinha, dorme descansada, amanhã levo-te o melhor do teu mundo.

Motivação...

Desistir é impossível...

(Re)post, só porque estou a preparar uma análise ao meu perfil psicológico e tudo começa na infância, a culpa é toda da minha mãe

Porque eu intimido os homens...

É verdade, intimido-os ( felizmente há excepções ). E na minha adolescência ainda tinha esperança que isso acontecesse porque eu era loira e tinha 1,70 mt, mas as minhas espectativas depressa caíram por terra em relação ao assunto. Mais tarde pensei que se devia ao facto de eu ser directa e objectiva, dizer sempre aquilo que penso e quero e não fazer aquelas cenas que dizem típicas de mulheres, mas afinal, não é isso que eles dizem que querem? Agora e depois de uma avaliação mais aprofundada em relação ao assunto, cheguei a uma conclusão que qualquer bom psicólogo chegaria. A culpa é da minha mãe.

Ora vejamos:

Cenário - Escola primária

Factor temporário - 2 a 3 semanas depois de começar a frequentar a escola

Chega à minha beira uma daquelas criaturas ranhosas e piolhosas, e dá-me com um pedra nas costas. Eu, claro está, fui a correr para casa a chorar.

A minha mãe: - Levo-te agora à escola, mas não vou voltar a fazê-lo, tens que aprender a defender-te sozinha. ( Note-se bem que isto foi dito a uma menina filha única, com seis anos, cabelos loiros aos caracois e cara de anjinho )

No dia seguinte quando a mesma criatura ranhosa e piolhosa chega á minha beira com aquela cara de parvo, atirei-o ao rio ( ainda me lembro de estar dentro da aula, e os livros dele a secar, cá fora ao sol ). E pronto, acho que foi a partir desse dia. Foi aí que comecei a intimidar os Homens.

Obrigado mãe, fizeste um óptimo trabalho.

Do pedal para o blog - 1 (As coisas que me vão acontecendo por aí e que vale a pena partilhar convosco)

Aqui há uns tempos participei numa grande maratona, digo grande porque eram mais de 2500 bttistas e porque tinha de pedalar 70 Km,  a certa altura acabei por ficar sozinha, que é como quem diz, sem nenhum dos meus (dos outros havia às centenas). Não me estava a sentir muito bem, porque tinha já pedalado 50 Km sem comer nada (burra) e tinha que descer umas escadas de madeira, falta de confiança, desmontei, mas quando olhei para baixo havia um rio e um grupo enorme de espanhóis (também participantes na maratona) a tomar banho, super divertidos, entre os quais um completamente nu. Então encostei a bicicleta e sentei-me no cimo das escadas a recuperar (e a vê-los, obviamente). Não sei se parei porque precisava mesmo recuperar se tive mais vergonha de passar pelo espanhol nu do que ele próprio tinha, mas quando ele se vestiu lá desci as escadas (uns quinze minutos depois). Quando me viram cá em baixo foram muito simpáticos, falaram comigo, perguntaram se estava tudo bem e se queria algo para comer ou para beber, como o meu espanhol não é nada bom sorri, montei a bicicleta e disse "Estaba viendo desde arriba" (sim, sou muito tímida), desaparecendo em seguinda no trilho. Depois fiz os restantes Km muito melhor enquanto tentava imaginar a conversa dos espanhóis.

Tu...

Trazes nas costas o peso de querer agradar a toda a gente e no coração a dor de não o conseguir. Nunca vais ser aquilo que as pessoas esperam de ti porque isso não és tu. Ficas com o semblante pesado, um ar triste e um olhar apagado. Será que há alguém que te dê a mão depois de descobrir como és tu exactamente e depois de todos os erros que cometeste?

O que vos posso mostrar...

Post com um longo vídeo que nenhum de vós vai ver (não sabem o que perdem)

Esta é uma amostra daquilo que vou assistir amanhã, eu e mais uns milhares de pessoas. Basta o som do vídeo para me deixar cheia de adrenalina e ansiedade. Isto sim, a verdadeira loucura.

Se não tiverem mais nada para fazer assistam o vídeo, a sério, isto é lindo.

Estou cada vez mais transparente...

Estou cada vez mais transparente. Durante muitos anos consegui viver sempre de sorriso no rosto e piada fácil para todos. Para ver algo mais que isso era necessário olhar-me bem lá no fundo dos olhos e tirar-me uma espécie de radiografia à alma de diagnóstico muito vago para a maioria dos que tentavam. Estou cada vez mais transparente. Não sei fingir estados de espírito e emoções. Se estou chateada faço uma cara de chateada e fica-me vincada uma ruga no meio dos olhos, mesmo em cima do nariz, se estou irritada, cansada, ansiosa, as minhas expressões mostram cada vez mais as minhas emoções. Se estou perdida fico com um ar totalmente perdido. Estou cada vez mais transparente. O rosto desnuda-me também os sentimentos. Quando não gosto, não gosto, não consigo olhar nos olhos, não consigo ficar atenta ao que me dizem, não me interessa e ponto final, fico com ar de quem está no mundo da lua. Quando gosto confesso-me, brilham-me os olhos, ilumina-se-me o sorriso e expresso-me com o coração. Estou cada vez mais transparente, mas às vezes precisava ser um bocadinho actriz neste palco que é a vida, só às vezes...

Post dedicado ao meu afilhado

O meu afilhado faz hoje 5 anos. Nunca tive uma relação muito próxima com ele pelo simples facto de ele viver noutro país. Aos km de distância física juntam-se a distância de linguagem e a timidez dele quando estamos juntos. Nos seus primeiros anos de vida a imagem que tinha da madrinha era uma foto na parede do quarto. A foto enviava presentes, ligava muitas vezes, algumas até aparecia ao vivo, mas no fundo continuava a ser uma foto. Hoje em dia, quando ligo ou estou com ele fisicamente dá-me beijinhos, dá-me abraços, brinca, diz que sou tão linda, diz que gosta muito de mim e que tem saudades (como hoje). E a foto na parede do quarto do meu afilhado tem agora um sorriso bem mais luminoso.

O meu blog...

O meu blog está tão lindo, tão lindo, tão lindo que nem me apetece escrever, só me apetece ficar aqui a olhar para ele, para comprovar que está mesmo lindo. Vou só limpar o ecrã do computador, para ele ficar ainda mais bonito.

Fala bonito... Fala poema...

No dia da poesia

O que mais poderia fazer

Uma porcaria que rima

Para vocês poderem ler

Meus caros leitores

Perdoem-me a falta de inspiração

O poema não vale nada

Mas é do fundo do coração

Estou a fazer estas quadras

E só me apetece rir

É no dia da poesia

Que os meus seguidores vão todos fugir

Não invento mais nada hoje

Vou é trabalhar

Com um poema tão foleiro

Já ninguém me pode aturar

Rejubilemos... hoje é o dia da árvore...

Já vos escrevo um poema...

...

"Acreditei que o beijo, enquanto linguagem universal deveria conter todas as palavras que precisavam ser ditas. Beijei-o para não ter de falar."

João Morgado

In: Diário dos Infiéis

Dos sonhos...

Por vezes subimos tão alto, sonhamos tão alto que nos é difícil voltar de lá, ou pelo menos torna-se praticamente impossível voltar de lá de alma igual. Há sempre alterações em quem sonha lá em cima. Lá em cima sonha-se sempre mais, por vezes de mais. Lá em cima achamos sempre que é pouco, que conseguimos mais, que há mais alto. Não há limites lá em cima, porque conseguimos de facto, subir sempre mais. E sonhar... sonhar ainda mais...

(Re)Post:

Certo dia da minha infância, quando questionado na chegada a casa pela falta do agasalho num dia frio de Inverno ele disse somente: "Dei-o a alguém que estava na rua e tinha mais frio do que eu". É O MEU PAI.

O melhor do mundo...

O meu mundo...

O meu mundo tem locais por vezes tão longe, que nos demora uma eternidade a alcançar. O meu mundo tem locais, por vezes tão perto que nos é impensável a facilidade de lá chegar. Muitas vezes temos o paraíso tão perto que nos esquecemos entre a correria dos dias de o visitar. Eu não sei viver sem o paraíso...



No paraíso respiro muito melhor e sou muito mais feliz. Completamente livre, no meu mundo...

Caros leitores (vocês 2 ou 3 que andam por aí)

Espero que aproveitem bem o vosso fim de semana, eu vou pedalar para a chuva. Deixo-vos aqui uma música, só porque me chegou o bilhete para assistir um espectáculo deste senhor já no próximo mês de Junho e eu estou aqui aos pulos de alegria.

Da relatividade do tempo...

Um segundo pode durar a eternidade. Num minuto podemos reflectir toda uma vida. Um sorriso pode ficar para sempre na nossa mente. Um cheiro pode penetrar a nossa alma irremediavelmente. Uma hora pode demorar mais tempo a passar do que vinte e quatro horas. A noite pode nunca mais acabar. Em alguns minutos podemos mudar toda uma vida. Sessenta segundos contados podem demorar bem mais que um minuto a fantasiar. O tempo descobre-se na alma, num relógio imaginário que ora para, ora avança descompassadamente ao ritmo do bater do coração. Há coisas que acabaram ontem, há coisas que acabaram para sempre, para sempre ontem...

Post daqueles que estão na moda, mas à maneira da Loira (obviamente)

Post que fala da minha bicicleta (ficam já avisados, visto que é um assunto que não vos deve interessar para nada)

Toda a gente sabe (ou pelo menos uns dois de vocês) que quem pedala, seja no monte seja na estrada tem obrigatoriamente uma grande paixão (pancada, mesmo) pela bicicleta. É um sentimento inexplicável e extraordinário. Para começar ninguém, mas mesmo ninguém tem uma bicicleta igual à nossa. A nossa bicicleta é sempre a melhor (mesmo que custe só metade do preço da bicicleta do nosso colega) e a mais bonita (mesmo que já tenha uns bons anos). A nossa bicicleta não se empresta a ninguém. A nossa bicicleta custou provavelmente mais que o nosso carro, aliás, nós achamos mais útil a nossa bicicleta que o nosso carro e chegamos a pagar o dobro para lavar a bicicleta do que para lavar o carro numa oficina especializada. A nossa bicicleta merece sempre melhorias que custam umas centenas de Euros para ficar mais leve trezentas gramas. A nossa bicicleta é a nossa amante, é a nossa menina, é a nossa companheira. A relação que temos com a nossa bicicleta é uma espécie de casamento, mas na versão feliz. A nossa bicicleta acompanha-nos nas subidas e nas descida, nas quedas e nas aventuras, na glória e na dor e ninguém nos consegue separar.

Perante isto, deixo uma fotografia da minha, para poderem comprovar que ela é mesmo muito bem tratada.

Post talvez incompreensível para alguns mas que para mim faz todo o sentido

Quanto mais conheço os outros mais gosto de mim.

Post com duplo sentido...

A minha mais recente queda no BTT (domingo passado) foi mesmo em cima do mato. Quando me levantei a perna sangrava e tinha picos por todo o lado. Tive que retirar os picos um a um. Fiquei um pouco arranhada, do ponto de vista estético um pouco feio, mas ao final do dia já não tinha dores na perna. Doía só o dedo mindinho que tinha um pico minúsculo lá espetado e que não queria sair por nada.
Por vezes é assim, dói mais um espinho insignificante espetado na porcaria do dedo mindinho do que centenas deles enormes espalhados pela perna inteira.

E por falar em amigos...

Os meus trazem-me destes mimos ao escritório a meio da tarde.

Da amizade...

Acho que ridicularizamos a palavra "Amigo". Não se pode ser amigo de toda a gente, não se pode ser amigo de muitas pessoas. Amigo, amigo daquele de verdade exige muito tempo de nós, muita disponibilidade, muita compreensão e muito amor. Não temos tempo para isso tudo. Pode-se gostar de muita gente, conviver com muita gente, ser simpático e até estar livre para ajudar e ouvir algumas pessoas, mas isso não é ser amigo, ser amigo é algo superior. Os amigos sabem os nossos pensamentos mais íntimos, conhecem-nos como ninguém, os amigos sabem todos os nossos defeitos e não os julgam, os amigos não esperam de nós mais daquilo que lhe podemos dar, porque sabem que lhe podemos dar tudo o que somos, os amigos são aqueles que não concordam sempre connosco, mas estão sempre connosco e gostam de nós apesar de tudo. Os amigos são aquelas duas, três, ou meia dúzia de pessoas, no máximo que procuramos quando precisamos mesmo de falar, de resolver um problema, ou somente dar um abraço para sentir que vai correr tudo bem.

Hoje em dia chamamos de amigo por tudo, chamamos de amigo por nada. E se chamamos de amigos aos outros todos, então deveria ser inventada uma palavra especial para aquela espécie de amor que se tem por pessoas tão especiais, que são no fundo os nossos Amigos verdadeiros.

Das pessoas que ainda me levam a sério...

Coragem...

... é ser o único a saber que tem medo.

Do coração...

Penso que é a isto que chamam de maturidade já que foram os anos e as experiências de vida que mudaram em mim o coração. Sempre me apeguei demais às pessoas, aos momentos. Achava que entravam na minha vida para nunca mais sair, o meu coração era uma espécie de hotel onde só era permitido fazer o ckeck-in, depois de entrar tinham que viver lá para sempre. E era enorme este hotel, poderia viver cá o mundo inteiro, sem nunca precisar de fazer o check-out. Por causa disso, o coração ficou-me destroçado tantas e tantas vezes e o hotel quase desmoronou.  Demorei alguns anos, mas consegui construir cá dentro do peito uma espécie de chalé aconchegante onde habitam pessoas realmente importantes. Há sempre lugar para mais um aqui, os hóspedes são sempre muito bem recebidos, mas a gerência (ou o coração) tem a plena consciência que uns querem cá viver, outros alugam o espaço por tempo indeterminado e há aqueles que só querem lá passar férias. Por vezes ainda há algumas lágrimas na despedida, mas o melhor é fazer uma limpeza, preparar o quarto para os que chegam a seguir e manter sempre as portas abertas, para os que querem realmente viver por lá (ou por cá) para sempre.

Esqueçam o post anterior, a blogosfera não é uma aldeia, é só uma rua. E muito pequena.

Olhei agora mesmo para a caixa de seguidores e está lá a minha prima. Ai... É mesmo a minha prima.

A blogosfera é uma aldeia...

Enquanto andava à procura de fotos de uma maratona em que participamos a minha amiga dos pedais (e do coração) encontrou um blog de BTT que fazia o rescaldo dessa mesma maratona. Não tinha fotos, mas falava de nós, chamavam-nos de abelhinhas, diziam que nunca tinham visto tal coisa e ainda comentavam "Eram bem boas as abelhinhas". Eu achava que a probabilidade de encontrar um blog que falasse de mim pessoa que pedala e não de mim também blogger era muito reduzida, mas depois disto começo a achar que a blogosfera é uma aldeia. (Ou isso, ou estamos a ficar famosas)

Já agora fico à espera que alguém da tal equipa encontre este post. Isso é que eu gostava.

Post para levar muito a sério, mas, por favor, não tentem fazer isto em casa.

E antes que perguntem. Não. Não sou eu ali na bicicleta.

Resumo:

Não gosto de adiar decisões. Está feito.

Terapia...

O corpo cada vez mais cansado e a respiração cada vez mais ofegante. As gotas da água gelada no rosto cada vez mais frio, os olhos fecham-se e não resistem a deixar cair algumas lágrimas de chuva, já não se vê com nitidez tudo o que é necessário. Os braços completamente gelados, as pernas pesadas, molhadas, um vento frio que faz com que deixe de sentir os pés e as mãos. O sabor de terra molhada nos lábios, consequência dos salpicos de lama. O ritmo cardíaco cada vez mais acelerado, com a pressa de chegar a casa, com a ansiedade de um banho quente e do conforto da roupa limpa. Os trilhos cada vez mais difíceis. Desaba em mim uma tempestade, mas fica-me a alma lavada e brilha-me o sol no coração.

Sessão esgotada...

O filme da minha vida está no intervalo, as luzes já se apagaram, a música já se silenciou, as pessoas já estão sentadas confortavelmente no seu lugar, mas o ecrã continua a negro, vazio. E eu ansiosa pela primeira cena da segunda parte.

O Gonçalo...

O Gonçalo foi sonhado. O Gonçalo foi desejado com todas as forças de vida. Criou expectativas mas também sorrisos que escondem tristeza e desilusão. Trouxe esperança. O Gonçalo demorou, muito tempo, para quem espera com tanta ansiedade. O Gonçalo foi tão amado, tão sonhado que chega em forma de benção. Hoje o sonho tornou-se realidade e nasceu o Gonçalo, agora os sorrisos são de felicidade e amor. Bem-vindo Gonçalo.

Segura-me...

Enquanto sinto o teu tronco e os teus braços firmes, aperta-me a cintura e as costas com uma das mãos e oferece-me a outra para me guiares, entrelaça as tuas pernas com as minhas em movimentos sensuais e ritmados, faz girar o meu mundo, faz-me sentir a tua respiração perto da minha e o teu batimento cardíaco acelerado a compasso do meu, desperta-me todos os sentidos enquanto me continuas a segurar, bem firme. Guarda a tua última dança para mim...