Entro em período de férias daqui a sensivelmente duas horas e como o computador não é programa de férias para mim, que estou farta de olhar para o ecrã todo o dia, todos os dias, venho por este meio informar que apesar de gostar muito de todos vocês, quem vai comigo para as férias são os meus amigos Gabriel Garcia Marques, António Lobo Antunes e Eça de Queiroz, é a bicicleta e a lareira, é a família e os doces de Natal, são as prendinhas e os abraços. Portanto quero desejar que todos vocês tenham um Feliz Natal e se eu não puser cá as teclas antes, também um fim de 2012 e um início de 2013 cheio de sonhos. Como dizia o poeta "...sempre que um Homem sonha, o mundo pula e avança, como bola colorida, nas mãos de uma criança...". Até já...
sexta-feira, 21 de dezembro de 2012
terça-feira, 18 de dezembro de 2012
segunda-feira, 17 de dezembro de 2012
Feliz Natal, para mim...
Em toda a minha vida a pessoa mais importante foi sempre o meu pai, não que goste mais dele do que da minha mãe, porque gosto dos meus de igual forma, de todo o coração, mas sempre tive uma estranha sensação de que tinha de proteger o meu pai. Desde muito nova que isso me acompanha, como por exemplo naquele dia em que um amigo do meu pai que já não o via há muito tempo ao chegar lhe deu uma palmada nas costas daquelas entusiasmadas à boa maneira portuguesa e eu comecei a empurrá-lo e a gritar "Deixa o meu pai, deixa o meu pai", escusado será dizer que foi a partir desse dia que o meu pai começou a pensar em dar-me para adopção. Com os anos isto foi melhorando, como naquele dia, aos meus doze anos, em que o meu pai teve um acidente de carro, quando cheguei ao hospital gritava tanto, berrava, chorava, ninguém sabia o que me fazer e eu só me calei quando me mostraram o meu pai, com a cabeça aberta, ainda a ser "cosida", mas estava ali o meu pai e lá os deixei trabalhar descansados.
Nos últimos três anos o meu pai começou a ter alguns problemas de saúde que se agravaram no último ano e agora esta sensação de que tenho de o proteger aumentou e tornou-se bem real. Para o mês de Dezembro o meu pai tinha marcadas duas intervenções cirúrgicas, a primeira de recuperação mais rápida, mas a segunda de recuperação mais lenta e difícil. Acompanhei-o na primeira operação sempre forte por fora e esperava (ainda espero) acompanhá-lo na segunda de igual maneira. Com o agravante de o meu pai ter de passar o Natal no hospital, como ele é a pessoa que mais gosta desta quadra na família, não haveria Natal, simplesmente porque não nos faz sentido. Soube agora que a segunda operação foi adiada, depois de todas as correrias, de todos os medos, dos dias passados no hospital, daquele cheiro insuportável, daquele frio frente ao bloco operatório que nos gela a alma, da espera interminável por notícias, ainda que com a sombra de que tudo volta em breve, mas não haverá Natal melhor que este, todos juntos como sempre, em casa, no quente do lar, do amor e da família. Por tudo isto, Feliz Natal para mim e para os meus, porque finalmente é Natal.
sexta-feira, 14 de dezembro de 2012
quinta-feira, 13 de dezembro de 2012
Lá se foi a minha reputação de menina bem comportada...
Cenário: Local de trabalho, acompanhada pelo chefe na difícil tarefa de escolher os cabazes de Natal para oferecer aos clientes e funcionários da empresa.
Chefe: - Se não quiser o cabaz para si, já sabe, escolha outra coisa qualquer, o que quiser do catálogo escolha.
Loira: - Não, fico com um cabaz igual ao dos outros.
Chefe: - Veja lá, se quiser escolha um perfume ou outra coisa qualquer.
Loira: - O cabaz faz-me lembrar mais que é Natal, mas obrigado.
Chefe: - Sei lá, lembrei-me disso porque como não bebe e o cabaz traz algumas bebidas.
Loira (com um olhar inquiridor): - ???
Chefe: - Não bebe, pois não???
Loira: - Não... (pensativa) só um vinho verde branco de vez em quando ou um bom vinho maduro tinto, um licor Beirão, um Safari com cola de vez em quando, um Bacardi, às vezes uma Ginja, um bom vinho do Porto, uns shots de longe a longe, às vezes até umas cervejas...
Chefe: (Gargalhadas e mais gargalhadas)
E voilá... assim se perde a reputação de menina bonita e bem comportada. Que venha o cabaz de Natal...
terça-feira, 11 de dezembro de 2012
Deixei passar uma data MUITO importante
No passado Domingo, dia 09 de Dezembro o Também quero um Blog fez 3 anos. 624 seguidores, 18.771 comentários, 846 posts, 151028 visualizações de páginas, 92110 visitas contadas no sitemeter (só instalado a meio do percurso). Obrigado a todos que de alguma forma partilharam estes 3 anos de Blog e da minha vida comigo.
segunda-feira, 10 de dezembro de 2012
Das mudanças...
Não saberia viver sem as mudanças de rotina e de sonhos próprias das estações do ano. Adoro esta sensação de ver o tempo mudar e de mudar de hábitos, de roupa, de vida e de sonhos... outra e outra vez... Adoro ver as folhas coloridas ao vento, sentir o cheiro das castanhas assadas, o frio das manhãs no rosto e colocar mais um cobertor na cama, ficar tardes a ler à lareira e manhãs na cama a namorar enquanto a chuva cai lá fora e bate na janela, adoro calçar as botas e usar o chapéu de chuva, visitar a neve e ficar sem respiração nas subidas de bicicleta com as manhãs brancas, adoro preparar o chá bem quente e doce antes de ir dormir, adoro preparar o Natal e o meu aniversário e depois substituir o casaco quente por um mais fresco e ver os primeiros raios de sol quente, ouvir os pássaros a cantar de manhã e os grilos no monte, as flores e o cheiro da terra húmida misturado com os vários perfumes das manhãs e dos finais de tarde, adoro planear as idas à praia e as férias, e os dias enormes e as noites quentes e estreladas acompanhadas de gelados apetitosos, adoro as caminhadas sonhadoras e as pedaladas solitárias. E adoro recomeçar uma e outra vez e mudar uma e outra vez de hábitos e de sonhos.
segunda-feira, 3 de dezembro de 2012
Das / Nas Montanhas...
Para mim não há sítio melhor para estar do que lá em cima, no topo da montanha. Já subi algumas, muitas montanhas por aí e não há nada mais gratificante do que a sensação de dever cumprido, de que o esforço compensa e de que a liberdade é mesmo aquilo, ali, naquele momento, no topo. Algumas vezes subi a montanha a pé, a maior parte das vezes subi a montanha a pedalar, mas por vezes é inevitável um esforço acrescido, quando a força nos abandona, temos que desmontar e continuar o percurso a pé e a puxar a bicicleta connosco lá para cima, até ao topo. Por vezes aquilo que mais gostamos parece ter um peso que a nossa realidade não consegue suportar.
Neste momento tenho que subir algumas montanhas, daquelas mais difíceis, que vistas cá de baixo o topo nos parece quase impossível de alcançar, não são as montanhas a que já estou habituada, são as outras montanhas, as da vida. Parece-me que terei de as subir da forma mais difícil e lenta, a puxar lá para cima a bicicleta comigo, porque na vida também é assim, o topo mais difícil de alcançar é aquele em que carregamos um peso extra, o peso dos outros, o peso da responsabilidade, o peso do coração.
Por vezes aquilo que mais amamos parece ter um peso que a nossa realidade não consegue suportar, mas...
"Uma viagem de 1000 Km começa com um simples passo pedalada"
Lao Tsu