sexta-feira, 19 de setembro de 2014

(Re)post

Penso que é a isto que chamam de maturidade já que foram os anos e as experiências de vida que mudaram em mim o coração. Sempre me apeguei demais às pessoas, aos momentos. Achava que entravam na minha vida para nunca mais sair, o meu coração era uma espécie de hotel onde só era permitido fazer o ckeck-in, depois de entrar tinham que viver lá para sempre. E era enorme este hotel, poderia viver cá o mundo inteiro, sem nunca precisar de fazer o check-out. Por causa disso, o coração ficou-me destroçado tantas e tantas vezes e o hotel quase desmoronou.  Demorei alguns anos, mas consegui construir cá dentro do peito uma espécie de chalé aconchegante onde habitam pessoas realmente importantes. Há sempre lugar para mais um aqui, os hóspedes são sempre muito bem recebidos, mas a gerência (ou o coração) tem a plena consciência que uns querem cá viver, outros alugam o espaço por tempo indeterminado e há aqueles que só querem lá passar férias. Por vezes ainda há algumas lágrimas na despedida, mas o melhor é fazer uma limpeza, preparar o quarto para os que chegam a seguir e manter sempre as portas abertas, para os que querem realmente viver por lá (ou por cá) para sempre.

6 comentários:

  1. Muito giro. Eu costumo comparar-me um aeroporto. Não há partidas e chegadas, nem destinos de ligação. Nem regressos a destinos que já visitei...

    Beijoooo

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  2. Lindo... ... infelizmente ainda não atingi esse nível de maturidade. Talvez um dia consiga ter um chalé de portas abertas... por enquanto continuam fechadas para balanço ;)
    Beijocas

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  3. Se me permite e porque este assunto é relevante para a Blogosfera, gostaria de divulgar o lançamento no meu humilde blog do «Jornal Blog» muito agradecida!

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  4. Podia ser meu, este post!

    Assim é a vida!!!

    Beijinhos.

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  5. Lindo e verdadeiro. Já eu, tenho uma linha, depois tenho os que passam para cá, os que passam para lá, os que saltitam de um lado para o outro, os que querem passar, os que eu empurro... é assim a vida :)

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