terça-feira, 30 de junho de 2015
segunda-feira, 29 de junho de 2015
Sonhar não custa nada
Mas não chega. É preciso fazer mais alguma coisa. É preciso lutar. É preciso arriscar. É preciso realizar.
Grandes lições em menos de nada
Não sei exactamente em que ano a história que vos narro a seguir aconteceu, sei que eu teria uns 16 ou 17 anos e a minha prima uns 14 ou 15. Como nunca tive irmãos sempre fui muito próxima das minhas primas, principalmente desta que tinha uma irmã mais velha que ela 10 anos e que só não se matavam à pancada porque não podiam. Como éramos primas, vizinhas e amigas eu conseguia, com a minha voz doce e o meu sorriso 74 convencer o meu tio a deixá-la sair comigo de tempos a tempos.
Certo dia fomos à discoteca e ela combinou um café para o dia seguinte, ao final da tarde, com um gajo todo jeitoso pelo qual já tinha uma paixão há montes de tempo. No dia seguinte, a meio da tarde veio ter comigo a chorar, tinha partido o salto da bota e era o fim do mundo em cuecas, não podia ir tomar café com o rapaz a coxear. Eu perguntei se o meu tio estava a trabalhar e ela disse-me que não, que naquele dia ele fazia a noite. Disse-lhe para lhe ligar e pedir que lhe trouxesse outras botas. Como o meu tio era um tirano tive de ser eu a ligar e a implorar que trouxesse outras botas à miúda, lá expliquei que ela não podia passar o dia assim e lá lhe disse que pegasse nas botas pretas com salto. No intervalo lá estávamos as duas à porta do liceu, à espera que o meu tio chegasse com as outras botas, quando ele nos entrega um saco e nos diz que não encontrou mais nada. Lá dentro estavam os sapatos que a minha prima tinha usado na Comunhão Solene, sim, uma espécie de sabrinas azuis e brancas com uns botões, que hoje em dia encaixam muito bem (ou não) em qualquer outfit mas que naquela altura eram a coisa mais ridícula que podia existir (ainda hoje são, mas isso agora não importa nada). Escusado será dizer que assim que o meu tio arrancou a minha prima começou num pranto incontrolável. Eu, mandei-a ter calma, estava tudo bem, tudo nesta vida tem solução, disse-lhe que íamos faltar as duas à aula seguinte para irmos ao sapateiro colar o salto da bota dela. Naquele momento acho que fui a melhor prima/amiga do mundo, muito mais ainda do que quando fiz uma revolução na escola para a defender de umas gajas que lhe tinham batido. Faltamos às aulas, fomos ao sapateiro, esperamos pela bota da minha prima e estava tudo resolvido, ela estava verdadeiramente feliz, pelo menos até chegar a hora do café com o tal gajo, que simplesmente não apareceu.
Naquele dia fomos juntas para casa, como em tantos outros dias, desta vez ambas em silêncio, ela com vontade de chorar e eu sem saber o que dizer. Na hora de nos separarmos eu dei-lhe um abraço e disse que naquele dia ela aprendeu duas grandes lições: os sapatos não são a coisa mais importante do mundo e os Homens muito menos.
sexta-feira, 26 de junho de 2015
Loira, rende-se (finalmente) à publicidade *
Tenho uma amiga que faz coisas tão giras, tão giras, tão giras, que quando as recebo até me apetece dar-lhes beijinhos, às coisas e à amiga. Se vos apetecer comprar coisas super fofas como as que ela fez para mim clicai AQUI e falai com ela.
*Post escrito em parceria unicamente com a amizade
Loira, a pateta
De cada vez que faço uma viagem de bicicleta é como se formatasse o meu disco rígido, regresso sempre em choque. Não consigo trabalhar, não me lembro de nada, não me consigo concentrar, não consigo pensar nem chegar a conclusões óbvias. Qualquer informação é totalmente nova para mim e a minha capacidade de raciocinar é quase nula. Socorro, tirem-me da vida real (again).
Loira, a Pirosa
No meio de tantos rapazes amigos dos pedais avistei duas raparigas, fiz um grande sorriso e disse "finalmente... também há aqui meninas, ainda não vos tinha visto, olá", elas sorriram-me e retribuíram o cumprimento, o rapaz que estava com elas disse-me que elas já me tinham visto, estavam há mais de meia hora a comentar a minha bicicleta rosa e amarela, o meu capacete rosa e amarelo, os calções rosa, os sapatos amarelos fluorescentes, as luvas rosa, os óculos também amarelos fluorescentes, as meias coloridas com riscas e corações, o lacinho rosa do capacete e a camisola rosa da Minnie.
Está confirmado, sou oficialmente a gaja mais pirosa do BTT nacional. Com muito orgulho.
quinta-feira, 25 de junho de 2015
Loira, a "chefa"
"És a única mulher?", "Não vai mais nenhuma miúda?", "Vais sozinha com eles?", "Não há mais mulheres no grupo?" são as perguntas que mais me fazem. E se já se questionam se sou a única mulher e se vou sozinha com eles quando ando a pedalar por aqui, quando vamos fazer uma viagem a dúvida e o espanto parecem ser ainda mais intensos. Sim, sou a única mulher, não vem mais nenhuma, vou sozinha com eles e há mais uma mulher no grupo mas só nos acompanha esporadicamente. Uns olham-me com espanto, outros com admiração, uns olham-me como se eu fosse um ET, uma tola, uma atrasada mental, uns olham-me como se eu fosse a Super-Mulher e todos acham que sou uma maluca. Eu? Adoro ir sozinha com eles, é no meio deles que me sinto bem e que me divirto (sempre) como nunca, adoro-os de todo o coração, cada um à sua maneira, cada um de um modo especial, às vezes sinto-me uma princesa, às vezes sinto-me a Maria rapaz, às vezes sou a "chefa", às vezes reclamam comigo e às vezes acho que também gostam de me ter por lá, e com eles sou sempre feliz, a única no meio dos sindicalistas e revolucionários, a única no meio dos rapazes, dos meus rapazes. Já disse que os adoro?
Loira, a Blogger (Su, anda cá ler isto)
Há pouco mais de 3 anos atrás a Susana tinha comprado uma bicicleta e meteu na cabeça que tinha de fazer O Caminho de Santiago. Nessa mesma altura encontrou por acaso o meu Blog e enviou-me um e-mail, eu mandei-a tirar as cuecas e levar Halibut, aposto que ela nunca mais se esqueceu deste primeiro de muitos contactos. A partir desse dia fomos trocando ideias, histórias, fotografias e falando de selins, espigões, quadros e suspensões (coisas que todas as mulheres falam, quando se juntam). Com mais ou menos frequência sempre fomos falando e um ano depois quando as coisas lhe correram mal no Caminho seguinte que ela estava a fazer foi comigo que falou, curiosamente tinha-me acontecido uma coisa muito parecida, por isso talvez tenha sido capaz de a ajudar. Também quando roubaram as bicicletas da Su e do namorado o ano passado eu fui uma das primeiras pessoas a receber uma sms da Su, desta vez não pude ajudar, mas fiquei muito triste com ela. Ao longo destes anos fomos descobrindo mais coisas em comum, entre elas a paixão pelos livros e a amizade da Joaninha, mas isso será história para um outro post. Durante esta viagem conheci pessoalmente a Su, mais de 3 anos depois e depois de já a conhecer tão bem. A Su abriu as portas de casa a mim e aos meus rapazes com as mãos cheias de minis e um sorriso no rosto. À noite foi tomar café connosco e podemos falar mais um bocadinho, ao despedir-me dela disse-me algo sobre eu ser uma Blogger e só aí é que eu me lembrei que tudo tinha começado por aqui. E porque foi aqui que tudo começou quero agradecer aqui à Su, por todo o carinho, pelas minis, pela amizade, por tudo.
Obrigada Su,
Assinado: Vera, a amiga (para ti já não sou a Blogger há imenso tempo).
quarta-feira, 24 de junho de 2015
(Finalmente) o rescaldo emocional
Quando comecei a planear esta viagem alguém me disse de uma forma um pouco pejorativa, que naquela altura me chocou um pouco, que a emoção de chegar a Fátima não é mesma emoção de chegar a Santiago. No alto da sua ignorância, de quem nunca chegou a Fátima depois de 3 dias a pedalar, essa pessoa tinha, afinal, toda a razão no que disse, não naquilo que quis dizer.
Estou desde Domingo à noite a tentar explicar o que senti, está a ser muito difícil passar para palavras tudo isto, parece impossível descrever esta emoção.
Estou desde Domingo à noite a tentar explicar o que senti, está a ser muito difícil passar para palavras tudo isto, parece impossível descrever esta emoção.
Chegar a Santiago é percorrer um Caminho cheio de ensinamentos, de símbolos, de significados, de magia. No Caminho de Santiago o importante não é chegar, é aproveitar cada bocadinho do Caminho e apreender todas as mensagens que eles nos transmite. Chegar a Santiago é percorrer um pedaço de vida física e emocional, é renascer.
Chegar a Fátima não é percorrer um caminho, é fazer uma viagem com o objectivo de chegar a um destino de pura fé, porque independentemente da crença de cada um é impossível não sentir uma paz de alma ali, a chegar a um local tão especial. Chegar a Fátima é pensar, pedir e sobretudo agradecer.
Chegar a Santiago e chegar a Fátima não se pode comparar, nem negativa nem positivamente, são coisas completamente diferentes. Ambas me fazem sentir muito pequenina por um lado e enorme por outro, ambas quero repetir uma e outra e outra vez.
Chegar a Fátima deixou-me de alma e coração cheios, se quisesse arranjar uma palavra para descrever isto tudo só poderia usar uma: PAZ.
Chegar a Fátima não é percorrer um caminho, é fazer uma viagem com o objectivo de chegar a um destino de pura fé, porque independentemente da crença de cada um é impossível não sentir uma paz de alma ali, a chegar a um local tão especial. Chegar a Fátima é pensar, pedir e sobretudo agradecer.
Chegar a Santiago e chegar a Fátima não se pode comparar, nem negativa nem positivamente, são coisas completamente diferentes. Ambas me fazem sentir muito pequenina por um lado e enorme por outro, ambas quero repetir uma e outra e outra vez.
Chegar a Fátima deixou-me de alma e coração cheios, se quisesse arranjar uma palavra para descrever isto tudo só poderia usar uma: PAZ.
O rescaldo físico
A viagem até Fátima é relativamente fácil, em comparação com as que tenho feito. Pedalamos 302 Km em três dias e ficamos com a certeza de que poderíamos ter chegado ao nosso destino apenas em dois dias. Por um lado teria sido fantástico fazê-lo em tão pouco tempo, por outro lado isso faria com que nos parecêssemos com os outros. O que nos distingue dos outros é chegar depressa sem ter pressa para chegar, é parar durante duas ou três horas para almoçar à beira-mar, é tirar imensas fotografias, é mergulhar no mar com o equipamento de ciclismo, é arranjar tempo para visitar amigos e conversar com desconhecidos, é estar sentado ao final da tarde no bar do hotel a rir à gargalhada, é ter tempo para tudo e mais alguma coisa.
E por falar nos outros, vim de Fátima completamente impressionada pela quantidade de ciclistas que vi, são centenas de pessoas a pedalar até lá, o recinto do santuário foi invadido pelas pessoas malucas dos pedais e isso deixou-me muito feliz.
segunda-feira, 22 de junho de 2015
quinta-feira, 18 de junho de 2015
Pessoas... pessoas... preciso (mais uma vez) das vossas energias positivas. Cheguem-se aqui à Loira.
Amanhã bem cedo parto para mais uma viagem, para mais uma aventura. Eu, os meus amigos, as nossas bicicletas, os nossos alforges e mochilas, vamos pedalar cerca de 280 km até Fátima. Depois de 3 dias a pedalar e se tudo nos correr bem chegaremos ao nosso destino no Domingo. Esta é uma viagem que quero fazer há muito tempo, mas que por vários motivos foi sendo adiada, finalmente chegou o dia. Sinto-me ansiosa, como me sinto sempre, nos dias que antecedem uma grande aventura.
O trajecto que iremos percorrer é o que podem ver no mapa, por isso, se me virem passar chamem-me, gritem, venham ter comigo, atirem-se para a frente da minha bicicleta, façam-se anunciar de qualquer forma. Só não me atropelem, por favor, que isso não me dava jeito nenhum.
Por enquanto desejem-me com caminho, enviem-me todas as vossas energias e todos os vossos pensamentos positivos, um dia destes faço um post a explicar-vos o quanto isso é importante.
Até já. Vou, mas volto. Para vos contar tudo.
quarta-feira, 17 de junho de 2015
Socorro...
Quando for uma Blogger famosa faço uma série de posts sobre como preparar uma mala para uma viagem, ou sobre o que levar na mala para as férias, quando tiver blogo sucesso faço como elas, ensino-vos tudo o que há para saber sobre o que levar convosco. Não sei qual o tamanho da vossa mala, mas a minha pochete mede 33 cm de comprimento, 20 cm de largura e 17 cm de altura e cabe lá dentro tudo aquilo de que preciso para dias inteiros a pedalar e noites inteiras a desbundar (não acreditem nesta parte que eu depois do dia inteiro a pedalar acabo de jantar com tanto sono que quase não consigo chegar à cama). Quando for uma Blogger famosa faço uma série de posts intitulados "O que deixar em casa nas suas próximas férias", mas só quando for famosa, agora não consigo, agora estou preocupada em arranjar espaço no alforge para as cuecas. É que nem uma tanga cabe no espaço que me resta.
Loira, a trepadora
Até chegares lá em cima, nas subidas mais íngremes e técnicas, muita coisa te pode acontecer. Vais encontrar muitos buracos, muitas pedras, terás que escolher o melhor trajecto, senão o mais certo é escorregares, a probabilidade do teu pneu resvalar é grande, precisarás de concentração, tens de aplicar toda a força que tens nas pernas no momento certo, há obstáculos que só se passam com força, há obstáculos que só se passam com rapidez, tens que aprender a distingui-los, tens de controlar a respiração, a subida é longa e difícil, não dês tudo o que tens logo no início, guarda sempre forças para o que ainda está para vir, não olhes lá para cima, vai parecer-te impossível, olha somente um ou dois metros à tua frente, passo a passo, pedalada a pedalada, chegas lá. O maior segredo para chegares lá em cima é a atitude que tens na primeira pedalada, assim que avistas a subida e a dificuldade, se nesse exacto momento a tua pedalada for confiante, se ali tens a atitude certa e achas que consegues, se achas que és capaz de tudo, é quase certo que consegues, que és capaz de tudo e que chegas lá em cima montado na tua bicicleta. Claro que podes cair, claro que podes ser obrigado a desmontar, mas aquilo que te define não é isso, tu tentaste, tu achavas que eras capaz e desafiaste as tuas forças, os teus limites. Há os que ficaram lá em baixo sem arriscar, há os que deram a primeira pedalada com medo e sem coragem, há os que decidiram subir com a bicicleta às costas assim que avistaram as dificuldades, há os que naquele momento, quando se depararam com a luta, nem sequer foram capazes daquela primeira pedalada firme e crente que tu deste. Cada subida é um desafio. Cada desafio é uma subida.
terça-feira, 16 de junho de 2015
Sorte, a explicação
Ter sorte não é jogar o euromilhões, comprar a lotaria ou uma raspadinha e sair um prémio, isso é probabilidade, a matemática explica. Ter sorte é outra coisa, ter sorte é olhar para o chão enquanto caminhamos na rua, encontrar um boletim e ser o premiado.
Gorda, mas feliz.
Admiro imenso aquelas pessoas que conseguem comer só um quadradinho de chocolate, só uma goma, só uma bolacha, só uma batata frita, só uma colherzinha de gelado. Não, não admiro nada, para dizer a verdade tenho pena delas e nem sei como é que se consegue fazer isso, não sei como se consegue contar calorias um dia inteiro e passar a vida a fazer dietas. Principalmente se já se é demasiado magro. É óbvio que não como como uma lontra, e que penso minimamente na minha saúde, mas quando me apetece chocolate marcha a tablete inteira, quando me apetece gomas só fico satisfeita com um saco cheio e quando me apetece gelado o que me sabe mesmo bem é comer da caixa, colher após colher, até ficar enjoada e vomitar gelado pelos olhos, coisa que raramente acontece porque toda a gente sabe que as caixas de gelado são demasiado pequenas e acabam sempre antes de eu me dar por satisfeita. Um dia poderei olhar para o espelho e decidir fazer uma dieta rigorosa até atingir um objectivo definido por mim, quando tiver de ser assim o farei, durante o tempo que for necessário, por enquanto continuo a adorar as minhas curvas e a comer quase tudo o que me apetece, sou gorda, mas sou feliz.
Os meus livros #37 - Eu sou Deus
Sinopse
Um serial killer aterroriza a cidade de Nova Iorque. As suas ações não seguem os padrões conhecidos pelos criminalistas, sendo a escolha das vítimas totalmente aleatória. Não lhes olha nos olhos enquanto morrem, mas também não o poderia fazer, pois ataca massivamente. As autoridades procuram desesperadamente um rosto, mas o assassino não tem rosto, nem nome, nem passado, nem futuro. Vivien Light, uma jovem detetive que esconde os dramas pessoais sob uma sólida imagem profissional, e Russel Wade, um repórter fotográfico com um passado que deseja esquecer, são a única esperança para deter este homicida - um homem que não pode ser responsabilizado pelos seus atos, um homem que acredita ser Deus.
Não há nada que me desperte tanto a imaginação como um bom policial. Ok, estou a mentir, há coisas que me despertam mais a imaginação, mas isso não vos posso contar.
segunda-feira, 15 de junho de 2015
sábado, 13 de junho de 2015
Melhor que chuva de Inverno
Só mesmo a chuva de Verão. Quente e inesperada. Que nos molha partes nuas do corpo e nos limpa da pele o protector solar. Que nos lava a alma e nos faz sonhar. Que nos ilumina as ideias e nos faz sorrir. Que sabe bem, que sabe muito bem. Sinto-me sempre verdadeiramente livre quando saboreio a chuva. Acho que lamber a chuva e sentir-lhe o sabor é coisa que, infelizmente, pouca gente faz. Não fiquei maluca. Fui pedalar sozinha à chuva. Fiquei inspirada. Maluca sempre fui, inspirada nem sempre consigo estar. Melhor que chuva de Inverno, só mesmo a chuva de Verão.
sexta-feira, 12 de junho de 2015
Juro que não consigo perceber
Muito mais inquietante do que estar sempre um táxi a chegar quando precisam de um. Muito mais inquietante do que terem sempre estacionamento à porta do local para onde se dirigem. Muito mais inquietante até do que dispararem centenas de tiros contra o bom da fita e nenhum lhe acertar. Porque raio é que as miúdas dos filmes espalham sempre creme no corpo enroladas na toalha?
terça-feira, 9 de junho de 2015
Nem sei como escrever isto. ÀS VEZES TER UM BLOG É UM BOCADO DEPRIMENTE. Pronto, já está.
No início do ano decidi aproveitar a minha paixão pela leitura e comecei a publicar todos os livros que leio, com a única intenção possível, a de partilhar. Houve um livro pelo qual me apaixonei e depois de o publicar várias foram as pessoas que me disseram que o tinham lido por minha culpa, minha tão grande culpa. Não consigo explicar o quanto isso me deixa feliz. Entre outros, recebi um e-mail de uma pessoa a dizer que tinha lido o meu post e que queria saber mais sobre o livro, trocamos algumas ideias. Passado uns dias novo e-mail a dizer que ia comprar o livro, mandava-me o link e pedia para eu certificar que sim, que aquele era de facto o livro. Eu disse que sim, que era o livro, mas mandei o link da editora e disse para comprar no site deles, uma vez que naquela semana o livro estava com 40% de desconto. A pessoa agradeceu-me imenso a atenção. Algum tempo depois escrevi um post sobre julgar os livros pela capa e voltei a falar do mesmo livro. Novo e-mail a dizer que agora sim, queria mesmo ler o livro. Passado uns dias novo e-mail a dizer que sim, que tinha comprado o livro e que ia tratar de o ler. Dias depois novo e-mail a dizer que sim, que já tinha começado a ler o livro e que estava a gostar bastante. A todos os e-mails respondi, sempre trocando ideias sobre o livro e fui pedindo para no final da leitura me dar uma opinião sobre o livro. Mais uns dias e novo e-mail para me dizer que sim, que já tinha lido mais umas páginas e que o livro era mesmo bom. Eu respondo ao e-mail mais uma vez, feliz da vida pela partilha e a troca de ideias sobre o livro e a pessoa volta a responder-me com a seguinte pergunta: "Tu leste-o?" SOCORRO!!!
segunda-feira, 8 de junho de 2015
Os meus livros #36 - A Rapariga no Comboio
Sinopse
O êxito de vendas mais rápido de sempre.
O livro que vai mudar para sempre o modo como vemos a vida dos outros.
Todos os dias, Rachel apanha o comboio... No caminho para o trabalho, ela observa sempre as mesmas casas durante a sua viagem. Numa das casas ela observa sempre o mesmo casal, ao qual ela atribui nomes e vidas imaginárias. Aos olhos de Rachel, o casal tem uma vida perfeita, quase igual à que ela perdeu recentemente.
Até que um dia...
Rachel assiste a algo errado com o casal... É uma imagem rápida, mas suficiente para a deixar perturbada.
Não querendo guardar segredo do que viu, Rachel fala com a polícia. A partir daqui, ela torna-se parte integrante de uma sucessão vertiginosa de acontecimentos, afectando as vidas de todos os envolvidos.
Dizem que é o livro do momento. Sem dúvida que me prendeu do início ao fim, tanto que o li num abrir e fechar de olhos. Adoro livros que não me deixam parar de os ler.
Os meus livros #35 - Hollywood
Sinopse
A história de um escritor que se vê diante da oportunidade de escrever o argumento para um filme de longa-metragem. O personagem em questão é o alter ego do autor, Henry Chinaski, poeta e romancista de relativo sucesso com forte queda para as mulheres e para a bebida. Esta história foi baseada na experiência de Bukowski ao escrever o argumento do filme Barflay (1987). Uma história que satiriza a indústria do cinema e algumas figuras bem conhecidas do meio, compondo um retrato irresistivelmente irreverente de Hollywood ao mesmo tempo que dá continuidade à sua autobiografia ficcionada em vários volumes.
Enquanto o li mantive-me sempre sóbria, embora em certos momentos, eu própria duvidasse disso.
Conclusão brilhante: Hidrata enquanto pedalas e bebe a vida como se estivesses desidratado
A pedalar, aconteceu-me ter tanta sede que consegui sentir nas papilas gustativas o sabor da bebida que tanto desejava. Na vida, aconteceu-me o mesmo fenómeno, conseguir sentir na boca um sabor muito desejado, ainda que nunca o tenha provado.
Página 52
Nunca seria capaz de escrever tudo aquilo que penso, ou que sinto, ou que faço.
A rapariga no comboio
Paula Hawkins
sexta-feira, 5 de junho de 2015
quinta-feira, 4 de junho de 2015
Os meus livros #34 - Os Idealistas
Sinopse
Quando Audrey descobre um segredo devastador sobre o seu marido, um advogado nova-iorquino activista político, vê-se forçada a reavaliar todas as suas certezas em relação a um casamento de quarenta anos. Mas também os filhos do casal verão as suas vidas abaladas pelo súbito terramoto emocional que se vem juntar aos muitos dilemas que já lhes perturbam os dias e que desencadeia, em cada um deles, uma crise de identidade. Uma farsa familiar hilariante e negra, onde tragédia e comédia se entretecem numa malha subtil e sarcástica, que fascina desde logo o leitor pela forma soberba como as personagens surgem iluminadas e pela perspicácia com que Zoë Heller se move nas áreas mais profundas e desconfortáveis da natureza humana.
Não sei ainda se foi por ter vindo de livros muito intensos, mas não me consegui ligar a este livro. Nem às personagens, nem à história, nem à escrita. Fiquei com uma sede de leitura enorme, vou tratar disso.
quarta-feira, 3 de junho de 2015
Quando um bom livro termina
Um bom livro, além de nos fazer sonhar, além de nos fazer pensar e analisar a nossa visão do mundo obriga-nos a um tempo. Um tempo só nosso, depois de o fecharmos pela última vez, podem ser uns minutos, podem ser horas, podem ser até alguns dias. Um bom livro obriga-nos a digerir a história, a fazer uma retrospectiva de tudo, a pensar no desenrolar da narrativa, nas personagens, nos locais e nos acontecimentos, naquilo que aprendemos e apreendemos. Um bom livro obriga-nos a pensar em tudo o que acabamos de ler, faz-nos sorrir num misto de alegria e de tristeza. Um bom livro obriga-nos a suspirar fundo antes de seguir em frente. Um bom livro deixa saudades.
WOOK penso
Anos e anos a comprar livros online, centenas de livros, milhares de euros e é este o agradecimento que tenho, de tempos a tempos mandam-me uma revista de mulher. Uma revista que por vezes me serve para dar uma vista de olhos, com o intuito de me sentir feliz por ser como sou, ligeiramente superior àquilo, outras vezes vai directamente para o caixote do lixo. Celulite, dietas, a última tendência de cortes de cabelo, roupas, sapatos e sei lá eu mais o quê não são coisas sobres as quais me interesse minimamente ler, caramba, bastava um pequeno estudo para saberem que HAPPY mesmo me deixavam se enviassem a BIKE magazine. Anos e anos de compras e de fidelidade e não sabem nada sobre mim. É a desvantagem de não ter por perto a livraria de bairro dos meus sonhos.
terça-feira, 2 de junho de 2015
O blog é uma coisa, a blogosfera é outra
Há uns tempos atrás, sempre que me faltava o tempo para a blogosfera eu abandonava também o meu blog, como se uma coisa dependesse da outra, deixava-o à deriva, sempre por tempo indeterminado, sempre com esperança que a vida real me desse espaço para voltar. Com os anos aprendi a separar as coisas, hoje em dia só abandono o meu blog por falta de inspiração, essa é a única razão válida para isso. Escrever é uma coisa, a blogosfera é outra. E nesta altura, a blogosfera que me desculpe a ausência, mas até o tempo para o meu blog é pouquíssimo. O blog é uma coisa, a blogosfera é outra, foi coisa que me custou a aprender. Talvez hoje em dia a minha relação com o meu blog esteja diferente, talvez escrever se tenha tornado mais importante para mim.
segunda-feira, 1 de junho de 2015
O segredo da felicidade:
Arranjem uma forma de se sentirem, grande parte do vosso tempo, para sempre crianças.
Não sei viver no meio termo
Quando gosto, amo. Quando não gosto, odeio. Na minha vida, ou estou a subir, ou estou a descer, se me parece que o caminho é plano há demasiado tempo arranjo maneira de o tornar mais emocionante. Não sei fingir. Não sei dizer que sim quando é não, não sei dizer talvez quando a resposta é sim. Não viro para a direita quando quero seguir em frente, não volto para trás se acho que esse não é o caminho certo. Não faço fretes a ninguém. Não sei disfarçar estados de alma nem sentimentos. Não sei sorrir quando estou fodida, nem sei mentir, mesmo quando é preciso. Sou sempre sincera, mesmo quando saio prejudicada. Ou faço tudo, ou não faço nada. Sinto tudo o que faço e tudo o que digo, e só não faço ou digo tudo o que sinto porque sei que não posso. Quando gosto, amo. Quando não gosto, odeio. Não sei viver no meio termo. Possivelmente não sei nada da vida, mas vivo-a como se tivesse todas as certezas do mundo.