segunda-feira, 30 de abril de 2012

Peço desculpa...

Ao contrário do que acontece com algumas pessoas nunca tive problemas em pedir "Desculpa", sempre me foi demasiado fácil assumir os meus erros, digo demasiado porque ficava convencida de que estava errada muito facilmente, culpa deste meu eterno receio de magoar os outros e os seus sentimentos. Nunca fui de guardar raiva nem mágoas de ninguém e a minha memória, muito selectiva teima até hoje em escolher só as coisas boas para ficarem por cá (o coração agradece). Deve ser a isto que chamam de maturidade, consigo analisar cada vez melhor as situações e percebo agora que não sou a culpada de todos os males do mundo. Pedir "Desculpa" continua a ser-me fácil, mas quando realmente tenho motivos para isso. Em situações contrárias, para pedir-me "Desculpa" não sou muito exigente, mas as desculpas só valem a pena quando acompanhadas de uma mudança de atitude, caso contrário, peço Desculpa, mas não posso aceitar.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Há dias... e dias...

Há dias em que acordo a mais bonita, que caminho com segurança e com ar de quem domina o mundo e sabe exactamente o que quer e para onde vai. Há dias em que acordo completamente perdida e até os simples gestos rotineiros me parecem mecânicos, como se fosse difícil o simples acto de respirar. Há dias em que acordo magra e gira, em que escolhi a roupa e a cor de sombras mais fashion dos últimos tempos e os meus saltos me fazem sentir a Super Mulher. Há dias em que acordo gorda, quase obesa, em que nada do que tenho para vestir me serve ou me fica razoavelmente bem. Há dias em que acordo bem disposta, canto durante todo o trajecto de casa ao trabalho e me apetece beijar e abraçar toda a gente só porque a vida bela. Há dias em que o simples facto de estar a chover me faz sentir deprimida e infeliz. Há dias em que tenho as maiores certezas e a toda a segurança do mundo. Há dias em que todas as dúvidas me povoam a mente. Há dias em que choro sem motivos. Há dias em que sorrio confiante e convincente, mesmo só tendo razões para chorar. Há dias que tenho tanta força que sou capaz de mover multidões. Há dias em que sou fraca, como uma ave ferida. Há dias em que o simples nascer do sol ou pintar as unhas me faz feliz. Há dias em que nada me consegue tirar esta ansiedade do peito. Há dias em que me encho de esperança. Há dias em que o mundo acaba amanhã, ou já daqui a pouco. Há dias em que amo. Há dias em que odeio. Há dias que sim. Há dias que não. Inconstante? Não, simplesmente Mulher, como todas as outras.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Sobre mim...

Enquanto houver espaço em mim... Em tempos pensei que o espaço em mim seria ilimitado. Hoje, não tenho essa certeza. Por enquanto ainda há espaço em mim... até um dia destes...

Viver é...

"Viver é uma peripécia. Um dever, um afazer, um prazer, um susto, uma cambalhota. Entre o ânimo e o desânimo, um entusiasmo ora doce, ora dinâmico e agressivo. Viver não é cumprir nenhum destino, não é ser empurrado ou rasteirado pela sorte. Ou pelo azar. Ou por Deus, que também tem a sua vida. Viver é ter fome. Fome de tudo. De aventura e de amor, de sucesso e de comemoração de cada um dos dias que se podem partilhar com os outros. Viver é não estar quieto, nem conformado, nem ficar ansiosamente à espera. Viver é romper, rasgar, repetir com criatividade. A vida não é fácil, nem justa, e não dá para a comparar a nossa com a de ninguém. De um dia para o outro ela muda, muda-nos, faz-nos ver e sentir o que não víamos nem sentíamos antes e, possivelmente, o que não veremos nem sentiremos mais tarde. Viver é observar, fixar, transformar. Experimentar mudanças. E ensinar, acompanhar, aprendendo sempre. A vida é uma sala de aula onde todos somos professores, onde todos somos alunos. Viver é sempre uma ocasião especial. Uma dádiva de nós para nós mesmos. Os milagres que nos acontecem têm sempre uma impressão digital. A vida é um espaço e um tempo maravilhosos mas não se contenta com a contemplação. Ela exige reflexão. E exige soluções.
A vida é exigente porque é generosa. É dura porque é terna. É amarga porque é doce. É ela que nos coloca as perguntas, cabendo-nos a nós encontrar as respostas. Mas nada disso é um jogo. A vida é a mais séria das coisas divertidas. "
Joaquim Pessoa, in 'Ano Comum'

segunda-feira, 23 de abril de 2012

"Pedalar, Beber, Comer" ou "Post impróprio para menores de 16 e meninas bem comportadas" ou "É desta vez que os meus seguidores me fogem todos" ou ainda "Acho que vou passar a fazer-vos o rescaldo das minhas pedaladas"

Ontem acordei ás 6:30 H com receio de fazer os 70 Km que me esperavam por ter tido uma paragem digestiva no sábado. Depois de carrinhas carregadas, pequeno-almoço tomado e carros cheios lá chegamos nós à cidade que nos acolhia em mais uma grande maratona. 14 participantes "dos meus" e confusões habituais antes da partida (falta um capacete, mais 2 bicicletas com problemas, um esqueceu-se das luvas o outro dos suplementos, dois só partiram 20 minutos depois, 5 decidiram ir para a opção dos 35 Km) lá fizemos o controle zero mesmo em cima da hora, acabando por partir (mais uma vez) no final da manga. Cedo começou a diversão, as gargalhadas e os novos conhecimentos travados. Depois de 25 Km a subir acabei por ficar sozinha com dois amigos e confesso que nunca me tinha divertido tanto numa maratona, pedalamos a um bom ritmo, descidas alucinantes feitas sem usar os travões (tal como eu gosto) e muita cumplicidade. Até que eles decidem começar a parar em todas as tascas que íamos encontrando pelo caminho e pedir cerveja em todas. Tenho a dizer-vos que quando estou em Equipa, visto a camisola e claro que os acompanhei, bebendo tanto como eles. As maratonas consistem essencialmente em controlar o tempo que conseguimos fazer e o lugar em que ficamos, o facto dos participantes passarem e verem o que estavamos a fazer fez-me arranjar montes de fãs. Acho que posso apelidar esta maratona de Rota das Tasquinhas, no final o conta km marcava 72,15 Km e eu nem sequer me cansei, era capaz de pedalar tudo novamente. Acho que fui a última a chegar, mas aposto que dos mais de 2500 participantes nenhum se divertiu tanto como eu (não pensem agora que isto é sempre assim, ainda não preciso ir para os alcoólicos anónimos). A 100 metros da meta ainda houve tempo para mais uma paragem e ficou registado o momento, o Pódio: (sim, éramos só três)

Dois restaurantes foram as paragens que se seguiram, que isto de pedalar faz mesmo muita fome, cheguei a casa ás 23:30 H, mesmo, mas mesmo muito feliz.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

E porque hoje é sexta-feira...


Respirem a natureza...

...

"Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieto e agitado: descobrirei o preço da felicidade! Mas se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar o coração..."


Antoine de Saint-Exupéry

quinta-feira, 19 de abril de 2012

A minha Helena...

A minha Helena tem a mesma força da avó Joana, tem a mesma coragem, tem exactamente a mesma forma de olhar o mundo e a vida, de cabeça erguida e ar decidido, como se nada nem ninguém a pudesse abalar. A minha Helena sofre em silêncio aquelas dores físicas que deixariam os outros de rastos, mas que nunca pareciam nada de especial na avó Joana, como não o parece na minha Helena. A minha Helena que se preocupa mais com os problemas dos outros do que com os dela, que tem sempre um carinho e um sorriso para oferecer, a pessoa mais meiga que conheci. A minha Helena que agradece por tudo, que agradece por nada, que está sempre bem e que pode sempre fazer mais pelos outros. Eu acredito que tal como a avó Joana a força de viver e a coragem vão ajudar a minha Helena a superar tudo, etapa por etapa, sempre de cabeça erguida e com a convicção de que está tudo bem. A minha Helena, a minha madrinha, que tem uma fé enorme na vida, que tem uma fé enorme na avó Joana e que me enche o coração de fé e de esperança.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Do pedal para o blog - 3 (As coisas que me vão acontecendo por aí e que vale a pena partilhar convosco)

Isto de andar por aí a pedalar no meio do monte também tem alguns inconvenientes (totalmente esquecidos com tamanho prazer que nos causa), um deles é o facto de nos fazer levantar muito cedo. Quando ando por cá o ponto de encontro é ás 8:30 h de domingo (sim, bati com a cabeça quando era pequena), quando vamos para alguma maratona numa outra cidade temos que estar prontos bem mais cedo. Um destes domingos o combinado foi sair de cá ás 7:00 h, chegamos mais cedo um bocado, carregamos as bicicletas na carrinha, fomos tomar o pequeno-almoço e partimos. No nosso carro viajavam cinco pessoas, entre as quais as duas meninas que dão toda a graça ao grupo (eu e minha amiga, claro) e um amigo nosso que chegou ao ponto de encontro directamente "da noite" e completamente bêbedo (como já está habituado não há problema). Na realidade ele tem muita mais piada assim, abraça-nos e chama-nos de minha loirinha e minha pequenina em vez de embirrar constantemente connosco. Nesse dia estava especialmente bem-disposto e depois de algumas gargalhadas manda parar o carro com uma certa urgência núma área de serviço, quando chega ao carro traz consigo cinco copos com gelo, uma garrafa de vodka e redbull. O "aquecimento" para a maratona foi muito divertido e a maratona também correu muito bem (ao contrário do que fazia parecer). O mais engraçado disto tudo é que colocamos umas fotos nossas a beber pelo caminho no facebook e houve quem não nos conseguisse acompanhar e na semana seguinte pedisse vinho do porto ao pequeno almoço. Um brinde...

Google, óptimo a fixar prioridades

terça-feira, 17 de abril de 2012

Coisas minhas...

Há caminhos que nos parecem longos demais para as nossas forças e metas que a certa altura da caminhada nos vão parecendo inalcançáveis. Resta-me respirar fundo, continuar a caminhar sem descanso e acreditar.

Eu acredito...

segunda-feira, 16 de abril de 2012

O céu não é o limite...

Não é aconselhável fazer BTT sozinha, há sempre risco de uma queda grave ou de ficar perdida no meio do monte por isso normalmente vou sempre acompanhada. Por cá ando sempre entre amigos, o que é muito divertido. Nas maratonas, como cada um tem o seu ritmo, fico sozinha (dos meus), mas com uma multidão em redor, costumo dizer que vou a travar novos conhecimentos porque vou falando com uns e com outros (não sou nada tímida). Ontem fiquei completamente sozinha durante vários Km, pedalava ao ritmo da música que tocava no MP3, subi tão alto que me parecia que podia tocar o céu, respira-se melhor lá em cima, a paisagem cá em baixo era magnífica, o facto de andar tanto tempo sozinha no meio da natureza deu-me uma sensação de liberdade e de poder incrível. Há momentos em que o mundo nos cabe no coração e o céu não é o limite...

Digo eu...

Ter coragem também é uma forma de vencer. Não se vai a um pódio, não se ganha um prémio, mas o orgulho em nós próprios ultrapassa tudo e todos.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Das Paixões...

Sou uma mulher de paixões, de grandes paixões. Aplica-se ás pessoas, não telefono por obrigação, não mando mensagens só porque me enviaram a mim, não faço fretes a ninguém, não sou simpática por imposição, sou-o por convicção, gosto mesmo das pessoas com quem convivo diariamente, nem um simples café consigo ir tomar com alguém só porque sim, quando sou carinhosa, quando faço elogios, quando tento fazer as pessoas um bocadinho mais felizes é porque gosto mesmo delas. Aplica-se também a tudo o que faço, no desporto, na escrita, na leitura, no trabalho ou em qualquer situação de vida, não vejo melhor motivo para fazer as coisas a não ser a paixão.
O facto de ter muitas paixões faz com que nem sempre consiga ser leal e constante, deixando, por vezes algumas adormecidas dentro de mim. Hoje revivi e recuperei uma grande e antiga paixão, é indescritível o sentimento e a energia que se apoderaram de mim. É paixão...

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Carta para a Bruna...

Nunca tinha escrito para ti minha querida, mas sempre tive muito para dizer-te. Há tantas coisas que queria ensinar-te, há tanto do meu mundo que queria mostrar-te, gostava que olhasses para alguns aspectos da vida através dos meus olhos, tenho a certeza que isso faria de ti uma pessoa melhor no futuro.
É engraçado como continuo a gostar de ti exactamente da mesma maneira do que naquele dia em que chegaste do hospital embrulhada num cobertor amarelo, ou naquele outro dia em que te levei ver os patos, quando te dei o boneco preto que tanto querias e que passou a ser o teu companheiro, ou nos outros em que dormias comigo e acordavas a meio da noite só para me abraçar forte e me dar um beijinho, confesso-te que não conseguia dormir, eras tão pequena que tinha um medo imenso de te magoar. Mas as imagens que mais guardo tuas, infelizmente, são dos últimos dias e do sofrimento da separação.
Doi-me saber que a versão que te contaram é a tua verdade, porque foi com essa ideia que cresceste, gostava que conhecesses a minha verdade e o meu amor por ti.
Se hoje pudesse dizer-te como estás linda, se hoje pudesse abraçar-te, se hoje pudesse agradecer os desenhos que deixavas escondidos para mim naqueles primeiros tempos de separação (será que ainda te lembras?), se hoje pudesse dar-te a conhecer-me, se hoje pudesse simplesmente desejar-te um feliz aniversário eu seria muito mais feliz. Talvez um dia...

terça-feira, 10 de abril de 2012

Ontem...

Apareceu-me de tela e pincel nas mãos, disposto a desenhar todas as fantasias que eu idealizava. Passou a ser o meu pintor de sonhos e o mundo ficou mais colorido...

sexta-feira, 6 de abril de 2012

A maratona... (Isto não é mais um post sobre bicicletas)

Esta maratona é diferente, não tens altimetria, não tens percurso gravado no GPS, não sabes ao certo quantos km são, no teu dorsal não está nenhum número da organização para o caso de te acontecer alguma coisa, desistir está fora de questão. Estás em autonomia, aparecem-te as setas e as fitas com a marcação do percurso, mas o trajecto não está muito bem traçado e por vezes ficas  por tua conta. Pode faltar-te a energia, podes ficar cansada, com fome e com sede, mas sabes que tens de continuar a pedalar porque parar é muito pior, as pernas estão cada vez mais pesadas, a pedalada mais lenta, mas tens de te manter em cima da bicicleta, desmontar vai fazer as pernas doerem muito mais e tu sabes disso. Quando acabam as subidas podes sempre descansar um pouco, respirar e preparar-te para descer, mas as descidas também podem ser complicadas, muito técnicas, muitas pedras, tens que ir com muita atenção, depois de alguns km os ombros doem cada vez mais e as pernas tremem de tanta força para te equilibrares na bicicleta. Esta é a maratona da vida amiga, não está fácil, mas se caíres, tem a certeza de que estou lá para te ajudar a levantar, para pedalar ao teu lado durante todo o tempo que precisares e quando atingires mais uma meta vais poder descansar um pouco, pelo menos até à próxima etapa, porque a vida põe-nos à prova e a maratona nunca acaba.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Pergunto:

Maio, queres mudar a minha vida?

Se tu viesses ver-me hoje à tardinha...

Se tu viesses ver-me hoje à tardinha,
A essa hora dos mágicos cansaços,
Quando a noite de manso se avizinha,
E me prendesses toda nos teus braços...

Quando me lembra: esse sabor que tinha
A tua boca... o eco dos teus passos...
O teu riso de fonte... os teus abraços...
Os teus beijos... a tua mão na minha...

Se tu viesses quando, linda e louca,
Traça as linhas dulcíssimas dum beijo
E é de seda vermelha e canta e ri

E é como um cravo ao sol a minha boca...
Quando os olhos se me cerram de desejo...
E os meus braços se estendem para ti...

Florbela Espanca

quarta-feira, 4 de abril de 2012


Às vezes eu não salto, com medo de voar,
Às vezes eu não sonho, com medo de acordar.
Às vezes eu não canto, com medo de me ouvir,
Às vezes eu entendo, que é apenas um momento, e o melhor há-de vir.

Do pedal para o blog - 2 (As coisas que me vão acontecendo por aí e que vale a pena partilhar convosco)

Quem pedala não veste cuecas, toda a gente sabe disso (ou não...). Quando comecei a praticar BTT avisaram-me logo desse pormenor, as cuecas magoam, são desconfortáveis e depois de muitos km podem até provocar alguns danos (que não vale a pena explicar agora porque vocês são muito perspicazes e já perceberam tudo). Aqui a vossa Loira achou que podia ser diferente e como não queria correr o risco de cair e ficar literalmente de rabo ao léu, nos primeiros dois meses pedalou sempre  com as cuequinhas. Quando surgiu a primeira viagem (um fim-de-semana inteiro a pedalar, mais de 200 km) lá fui eu feliz da vida e de cuecas, obviamente que quando paramos na hora de almoço já não aguentava mais com aquela porcaria vestida, então perguntei aos meus companheiros de viagem (uns vinte que mal me conheciam) em alto e bom som se algum deles estava a usar cuecas. Uns ficaram a olhar para mim com cara de quem acha que eu era tolinha, outros só se conseguiam rir mas lá me informaram que não, nenhum vestia cuecas. Então ausentei-me durante uns minutos (fui tirar as cuecas) e quando voltei disse-lhes "Podem colocar nas actualizações da viagem no facebook que as cuecas da Vera ficaram em Prado" (tristeza, tive de as deixar ficar, ainda por cima eram douradas e lindas que doi). Escusado será dizer-vos que além da gargalhada geral passei o resto da viagem a ouvir bocas por causa das cuecas que ficaram em Prado e até hoje, de vez em quando alguém se lembra dessa história e lá comenta "Um dia destes temos que ir buscar as cuecas da Vera que ficaram em Prado".
E foi assim que ficaram famosas as minhas cuecas, um dia destes conto-vos a história das cuecas da minha amiga que também pedala.

terça-feira, 3 de abril de 2012

As nacionais da vida...

Gosto de conduzir, gosto de velocidade, gosto de longas viagens de carro em boa companhia. Mas não é só isso, conduzir acalma-me, já me vi algumas vezes ao volante a percorrer km só para estar sozinha, eu e os meus pensamentos, ou até só para não pensar em nada. Gosto de simplesmente ir, sem destino, com o telemóvel em silêncio e uma boa música no rádio.
Por vezes a vida obriga-nos a entrar na auto-estrada, o destino que é demasiado longe, a pressa de chegar, mas o que gosto mesmo é das nacionais na vida. As nacionais que já partilharam comigo segredos, pensamentos, confissões. As nacionais que me permitem usufruir da paisagem, que me permitem conhecer as cidades, as aldeias, as tascas no meio do nada, as nacionais que me permitem observar as pessoas e o mundo delas, as nacionais que me permitem traçar sempre uma nova rota, um novo rumo, tanto na estrada, como na vida.