quarta-feira, 28 de junho de 2017
terça-feira, 27 de junho de 2017
As setas apontam para o mundo
E foi o mundo que as setas me mostraram, me mudaram. Talvez o mundo ache que foi aqui que me perdi, ao mundo só tenho a dizer que foi aqui que me encontrei.
segunda-feira, 26 de junho de 2017
sexta-feira, 23 de junho de 2017
Não sei se uma imagem vale mais do que mil palavras
Sei que na minha visão do mundo escolho sempre as palavras, apesar de me ter proposto há uns tempos atrás a arranjar mais imagens daquilo que vejo, por adorar fotografia, mas não é fácil para mim, quando olho para o espigueiro no meio da aldeia, para a flor amarela e solitária no meio do campo de erva, para o cão deitado no muro, para a idosa à sombra da árvore, para as flores coloridas da casa na descida, para o topo da montanha visto antes de começar a subida ou para a paisagem incrível que vejo lá de cima, quando finalmente a subida acaba, acho sempre que tenho de mostrar tudo ao mundo através das minhas palavras. Escolho sempre conjugar o que sinto, o que vejo e o que faço, as palavras são a minha primeira opção. Preciso arranjar mais imagens, não só para arranjar forma de mostrar ao mundo o quanto o meu mundo é belo, preciso arranjar mais imagens, para conseguir arranjar também mais palavras e descrever e conjugar tudo aquilo que me inspira, tudo aquilo que me apaixona, tudo aquilo que existe. Não sei se uma imagem vale mais do que mil palavras, ou se as palavras quando bem interpretadas valem mais que mil imagens, sei que ambiciono que as imagens e as palavras se confundam nos meus recantos mais profundos e que a minha visão do mundo seja uma união perfeita.
quinta-feira, 22 de junho de 2017
quarta-feira, 21 de junho de 2017
Se a vida te der limões...
Todos os Caminhos me mudam. Uns com mais, outros com menos intensidade, mas quando saio de casa com a bicicleta carregada do que é essencial à sobrevivência e à continuação da viagem em caso de azar e nada mais, sei que hei-de voltar diferente. É impossível ser a mesma pessoa depois das experiências e dos ensinamentos que cada viagem nos faculta. Ainda a digerir os meus 5 dias de pedalada, os 480 km e os 7000 mt de acumulado de subida debaixo de um calor intenso, abrasador, quase insuportável, tenho já a certeza que esta viagem me ensinou a relativizar. Cheguei à meta a dar mais importância a tudo o que O Caminho me deu de bom e a desvalorizar aquilo que me deu de mau. Cheguei à meta calma, serena, tranquila e em paz, mesmo que tudo apontasse para que assim não acontecesse.
Naquele que considero o dia mais duro da viagem, quando tinha a garganta completamente seca e arranhada pelo calor tórrido que se fazia sentir olhei para a direita e vi uma máquina de água com água fresca e vários limões, no muro de uma casa de alguém que sabe que quem lá passa precisa de mimos e de esperança. Água fresca e um limão era tudo o que eu precisava naquela hora. Água fresca e um limão, coisas tão básicas na nossa vida e às quais não damos nenhum valor. Água fresca e um limão, que me renovaram a alma e me fizeram sorrir do fundo do coração. Cheguei à meta a dar mais importância a tudo o que O Caminho me deu de bom e a desvalorizar aquilo que me deu de mau. Ainda antes do final da viagem recebi notícias da tragédia que acontecia no meu país, nos locais por onde eu tinha passado ainda uns dias antes, a pedalar em direcção a um mundo só meu, só nosso, de quem percebe o que procuramos quando saímos de casa assim. Não vale a pena dar importância às pequenas coisas que nos acontecem de mau, um dia destes a vida encarrega-se de nos pôr à prova e nessa altura já o mundo será demasiado duro. Por enquanto, se a vida te der limões faz limonada. Faz limonada e segue Caminho, porque a limonada pode ser tudo o que tu precisas naquele momento.
terça-feira, 20 de junho de 2017
E foi então que momentaneamente perdemos um dos elementos do grupo
E esperávamos por ele, na beira da estrada, encostados a uma casa, bicicletas carregadas e demasiado pesadas, nós a aproveitar a sombra e o tempo de descanso, nós a aproveitar para respirar profundamente enquanto tentávamos esquecer o excesso de calor, nós a falar de quilómetros, de altimetrias e de médias, nós a fazer contas do tempo que faltava para o destino do dia, nós a pensar nos dias e nos quilómetros que se seguiam, nós à espera, talvez cansados, talvez com sede, talvez com fome, de certeza a morrer de calor, quando a dona da casa, já idosa, pele gasta pelo tempo, abre a porta e ao ver-nos diz com toda a convicção do mundo que: "Meu Deus, cada vez há mais gente doida!"
segunda-feira, 19 de junho de 2017
Loira is back
Pedalei durante 5 dias. Fiz a ligação do Caminho de Santiago entre Fátima e Santiago de Compostela. Percorri cerca de 480 km com quase 7000 mt de acumulado de subida. Enfrentei subidas intermináveis, descidas incríveis, quilómetros e quilómetros de um calor infernal. Diverti-me imenso, vivi dias de emoções intensas e aventura, aproveitei cada bocadinho de Caminho e cheguei à minha meta feliz, muito feliz. Fechei um ciclo de vida. Talvez tenha ainda muito para absorver e para escrever sobre esta viagem e sobre este grande desafio, por enquanto só uma fantástica e brilhante conclusão: a melhor merda que inventaram até hoje foi o secador de cabelo, se eu já amava o secador de cabelo a partir de agora vou idolatrar o secador de cabelo. Por favor, alguém que classifique o secador de cabelo como um bem de primeira necessidade e que explique à humanidade que o secador de cabelo é essencial para a sobrevivência da raça. Alguém que arranje maneira de eu conseguir secar o cabelo quando ando a viajar em autonomia. Obrigada.
terça-feira, 13 de junho de 2017
A vida é feita de desafios
E eu só sei viver assim, a planear, a sonhar, com novas metas para alcançar, com novo chão para conhecer, com novos caminhos para descobrir, com novas montanhas para conquistar, com novas histórias para contar, com novas aventuras na pele e na alma. A vida é feita de desafios e é um grande desafio que tenho pela frente nos próximos dias. Volto daqui a cerca de 500 km e de muitas emoções. Que seja um Bom Caminho para mim, para nós, que seja um desafio superado.
domingo, 11 de junho de 2017
Os meus livros #20 - As velas ardem até ao fim (Sándor Márai)
Sinopse
Um pequeno castelo de caça na Hungria, onde outrora se celebravam elegantes saraus e cujos salões decorados ao estilo francês se enchiam da música de Chopin, mudou radicalmente de aspecto. O esplendor de então já não existe, tudo anuncia o final de uma época. Dois homens, amigos inseparáveis na juventude, sentam-se a jantar depois de quarenta anos sem se verem. Um, passou muito tempo no Extremo Oriente, o outro, ao contrário, permaneceu na sua propriedade. Mas ambos viveram à espera deste momento, pois entre eles interpõe-se um segredo de uma força singular...
Os meus livros #19 - Smilla e os mistérios da neve (Peter Hoeg)
Sinopse
Smilla Jaspersen tem a neve em muito melhor conta do que o amor. Ela é especialista das propriedades físicas do gelo e vive num mundo de números, ciência e memórias. E, agora, está convencida de que ocorreu um crime terrível cuja vítima é Isaiah, um rapaz de seis anos. Para além da amizade que os unia, Smilla e Isaiah tinham em comum o facto de pertencerem à pequena comunidade de esquimós a viver em Copenhaga. Quando as conclusões do inquérito oficial apontam para acidente, Smilla suspeita. E à medida que reúne informação sobre o caso, apercebe-se das suas sombrias ligações. De uma expedição secreta à Gronelândia a uma estranha conspiração que data da Segunda Guerra Mundial, muito parece estar por explicar. Pelo seu amigo e por si, ela embarca numa jornada arrepiante de mentiras, revelações e violência que a levará de volta ao mundo branco que em tempos deixou para trás e onde um segredo explosivo aguarda debaixo do gelo…
sábado, 10 de junho de 2017
Reler-me #31
Não sei viver no meio termo
Quando gosto, amo. Quando não gosto, odeio. Na minha vida, ou estou a subir, ou estou a descer, se me parece que o caminho é plano há demasiado tempo arranjo maneira de o tornar mais emocionante. Não sei fingir. Não sei dizer que sim quando é não, não sei dizer talvez quando a resposta é sim. Não viro para a direita quando quero seguir em frente, não volto para trás se acho que esse não é o caminho certo. Não faço fretes a ninguém. Não sei disfarçar estados de alma nem sentimentos. Não sei sorrir quando estou fodida, nem sei mentir, mesmo quando é preciso. Sou sempre sincera, mesmo quando saio prejudicada. Ou faço tudo, ou não faço nada. Sinto tudo o que faço e tudo o que digo, e só não faço ou digo tudo o que sinto porque sei que não posso. Quando gosto, amo. Quando não gosto, odeio. Não sei viver no meio termo. Possivelmente não sei nada da vida, mas vivo-a como se tivesse todas as certezas do mundo.
Junho de 2015
Os meus livros #18 - O Rebate (J.Rentes de Carvalho)
Sinopse
Numa aldeia de Trás-os-Montes a chegada de um dos seus filhos emigrados para França, que vem endinheirado e casado com uma francesa provoca um verdadeiro cataclismo. Em França o Valadares, trabalhando na terra como um mouro, é premiado com a fortuna do patrão desde que case com a filha — moça doidivanas e descontrolada. Valadares e a mulher vêm a Portugal quando das tradicionais festas da aldeia. A partir deste momento a perturbação causada pelo comportamento de ambos — ele, através do dinheiro, buscando uma ingénua e primitiva glória no seu burgo; ela, usando a sedução e a provocação erótica na fauna masculina aldeã — desencadeia um rol de acontecimentos desgraçados que o rebate final expressa eloquentemente.
sexta-feira, 9 de junho de 2017
Estou tãaaaaooooo deprimida...
Em breve vou de viagem, mais uma daquelas grandes maluquices ao pedal que só uma doida varrida se lembra, mais uma daquelas merdas sobre as quais estou sempre a escrever e que já ninguém tem paciência para ler, mais uma daquelas tretas da autonomia total e de um grande desafio e do eu sou a melhor do mundo, ou pelo menos é assim que me vou sentir se conseguir chegar ao final e superar mais esta grande etapa na história das loucuras que eu invento para fazer.
E se vais de viagem da forma que mais gostas porque raio estás tu deprimida, Loira? Perguntariam vocês, se andasse alguém por aí. É triste, é muito triste, é mesmo muito triste. COMO??????? Como é que uma pessoa que tem dezenas e dezenas de roupas de ciclismo consegue escolher somente duas para usar em cinco dias? Como é que alguém com o maior roupeiro da história das fashion ciclistas do mundo e arredores consegue decidir somente dois equipamentos no meio de tantos? COMO??????? COMO???????? Alguma alminha caridosa me consegue explicar? Já vi gente a cortar os pulsos ou a saltar da ponte por menos, por muito menos.
Os meus livros #17 - Antes de te conhecer (Lucie Whitehouse)
Sinopse
Hannah é uma mulher independente e determinada que não quer seguir os passos da sua mãe amargurada. Mas através de amigos, conhece certo verão, em Nova Iorque, Mark Reilly, e apaixona-se de tal modo que muda de ideias sobre o casamento. Agora vive na sua elegante casa em Londres, com um marido que adora e sente-se feliz. Mas quando ele não regressa de uma viagem de negócios aos EUA e as horas de espera se alongam em dias, Hannah começa a duvidar. Porque é que os colegas do marido acham que ele está em Paris, não NI? Porque não há registos seus no hotel? E quem é esta mulher que lhe anda a telefonar? Hannah começa a investigar a vida do marido e descobre coisas que a fazem duvidar de tudo o que julgava saber sobre ele. Da história de encantar que vive, é levada para um mundo de violência e medo. Mas será que os segredos de Mark se destinam a protegê-lo a ele ou a ela?
quinta-feira, 8 de junho de 2017
Os meus livros #16 - As quatro vidas do Salgueiro (Shan Sa)
SINOPSE
Uma grande história de amor, uma travessia da China eterna, onde se cruzam fantasmas e guerreiros, as mulheres caminham com os pés enfaixados e os homens caçam com falcões.
Na China, o salgueiro-chorão simboliza a morte e o renascimento. Será que um ramo de salgueiro se pode transformar numa mulher condenada a perseguir o amor ao longo dos séculos?
Além de contar a epopeia destas «almas errantes» em quatro períodos, correspondentes a outras tantas (e diferentes) Chinas – do bulício dos sonhos e poeira de Pequim, aos silêncios da Cidade Proibida, da era das cortesãs vestidas de seda à Revolução Cultural, das estepes cavalgadas pelos tártaros aos arrozais regados com o sangue dos Guardas Vermelhos –, Shan Sa põe em cena a paixão: dois seres que se procuram e se perdem. Tudo os separa, todas as tragédias de um povo antigo se interpõem entre ambos. No meio do tumulto, só mesmo um milagre os poderia unir...
As Quatro Vidas do Salgueiro são uma história de amor que percorre os labirintos da memória chinesa, desde a dinastia Ming aos últimos sobressaltos do Império Chinês.
Uma bela fábula com o sabor do chá amargo.
Reler-me #30
Nem sei como escrever isto. ÀS VEZES TER UM BLOG É UM BOCADO DEPRIMENTE. Pronto, já está.
No início do ano decidi aproveitar a minha paixão pela leitura e comecei a publicar todos os livros que leio, com a única intenção possível, a de partilhar. Houve um livro pelo qual me apaixonei e depois de o publicar várias foram as pessoas que me disseram que o tinham lido por minha culpa, minha tão grande culpa. Não consigo explicar o quanto isso me deixa feliz. Entre outros, recebi um e-mail de uma pessoa a dizer que tinha lido o meu post e que queria saber mais sobre o livro, trocamos algumas ideias. Passado uns dias novo e-mail a dizer que ia comprar o livro, mandava-me o link e pedia para eu certificar que sim, que aquele era de facto o livro. Eu disse que sim, que era o livro, mas mandei o link da editora e disse para comprar no site deles, uma vez que naquela semana o livro estava com 40% de desconto. A pessoa agradeceu-me imenso a atenção. Algum tempo depois escrevi um post sobre julgar os livros pela capa e voltei a falar do mesmo livro. Novo e-mail a dizer que agora sim, queria mesmo ler o livro. Passado uns dias novo e-mail a dizer que sim, que tinha comprado o livro e que ia tratar de o ler. Dias depois novo e-mail a dizer que sim, que já tinha começado a ler o livro e que estava a gostar bastante. A todos os e-mails respondi, sempre trocando ideias sobre o livro e fui pedindo para no final da leitura me dar uma opinião sobre o livro. Mais uns dias e novo e-mail para me dizer que sim, que já tinha lido mais umas páginas e que o livro era mesmo bom. Eu respondo ao e-mail mais uma vez, feliz da vida pela partilha e a troca de ideias sobre o livro e a pessoa volta a responder-me com a seguinte pergunta: "Tu leste-o?" SOCORRO!!!
Junho de 2015
quarta-feira, 7 de junho de 2017
O admirável mundo novo
A pessoa que vive no mesmo prédio que eu e que além de não responder ao meu simpático e sorridente "bom dia" ainda me olha de lado antes de virar a cara é a mesma que uns dias depois me pede amizade no facebook.
Os meus livros #15 - Mizé . Antes galdéria do que normal e remediada (Ricardo Adolfo)
SINOPSE
Nos arredores de Lisboa, Mizé, a boa da vizinhança, tenta conciliar os sonhos de uma vida de estrela com a rotina entre o salão unissexo e o bairro social Esperança. Mas não é fácil. Ela quer mais, muito mais. E está preparada para usar tudo o que tem para o conseguir. Por outro lado, Palha, que largou as saias da mãe para casar com Mizé, só quer manter o pouco que lhe resta - a começar pelo emprego a vender batatas fritas. Numa noite de enganos, Palha descobre aquilo que nunca quis ver. Desesperado, parte em busca da inocência de Mizé e acaba por desenterrar a sua própria mentira.
terça-feira, 6 de junho de 2017
Reler-me #29
Sou movida a paixão
Apaixono-me todos os dias, uma vez por dia, várias vezes por dia, imensas vezes por dia. Apaixono-me pela mesma coisa diversas vezes. Apaixono-me por coisas novas a todo o instante. Apaixono-me a cada minuto. É à paixão que vou buscar toda a minha força, toda a minha energia, toda a minha alegria, toda a minha forma de ser. Sou movida a paixão. Sem paixão nada me faz sentido, nada me é possível. Não sei viver senão apaixonada.
Maio de 2016
segunda-feira, 5 de junho de 2017
Loira, a conquistadora (Este post contém imagens chocantes, não aconselhadas aos mais sensíveis)
Venho de muito longe e atravesso montanhas para lá chegar, olho em frente e vejo o cume que tenho de conquistar, talvez seja ali o topo do mundo, ou o topo do meu mundo, olho a montanha de frente e respiro fundo, dou a primeira pedalada com o respeito e a devolução que ela merece, que todas as montanhas merecem, vou conquistando lentamente pedaços dela, cada vez mais perto do final, mas o final está sempre mais longe do que aquilo que parece. Chegar ao topo da montanha é uma sensação incrível, conquistar este chão é sempre muito especial, não é só mais um cume, é o infinito que alcançamos, é o mundo aos nossos pés. Fico um pouco por lá a perder-me na paisagem e vou embora, não sem antes olhar para trás várias vezes, orgulhosa de mim, era ali que eu estava, foi aquele cone impressionante no meio da paisagem que eu conquistei, que eu consegui alcançar, é dali que eu venho, do topo da grande montanha, do topo do mundo. Foi só da minha energia e da minha coragem que eu precisei para lá chegar. Desviem-se que eu tenho infinitas montanhas para alcançar. Desviem-se que eu vou conquistar o mundo.
*Monte Farinha, Senhora da Graça
Os meus livros #14 - A Valsa do Adeus (Milan Kundera)
SINOPSE
Numas termas, sete pessoas em busca da felicidade envolvem-se e afastam-se ao ritmo de uma «valsa» orquestrada por Milan Kundera com o seu habitual humor. Ruzena, uma bela enfermeira, Klima, um músico de jazz, Jakub, antigo militante e vítima das depurações, o doutor Skreta, diretor dos serviços de ginecologia das termas e Bertlef, o americano, são algumas das personagens que durante cinco dias se debatem nesta Valsa do Adeus, construída com o rigor de um romance clássico e fruto de uma rara capacidade de síntese e do forte poder inventivo, que caracterizam as obras do autor.
«Se queremos compreender o mundo temos que abarcá-lo em toda a sua complexidade, na sua essencial ambiguidade»
Milan Kundera, sobre A Valsa do Adeus
domingo, 4 de junho de 2017
Reler-me #28
Sempre sonhei...
Dou por mim demasiadas vezes a dizer um sempre sonhei. Sempre sonhei fazer isto. Sempre sonhei vir aqui. Sempre sonhei percorrer este caminho. Sempre sonhei alcançar este cume. Sempre sonhei atingir este objectivo. Mas é mentira, nem sempre sonhei. Acontece que os sonhos nascem dentro de mim com tanta força que me parece que sempre ali estiveram, mesmo quando acabo de os descobrir. Os sonhos multiplicam-se em mim e não há como os fazer parar. Ainda não realizei um sonho de sempre e já me nasceu na alma e no coração um novo sonho, daqueles tão intensos que eu própria acredito que sempre os sonhei.
Maio de 2016
Os meus livros #13 - A Morte de Ivan Ilitch (Lev Tolstoi)
SINOPSE
«Este livro tão breve, uma das maiores obras-primas do espírito humano, tem sido, desde a sua publicação, um motivo de controvérsia para a crítica: trata-se de uma obra sobre a morte ou de uma obra que nega a morte?»
António Lobo Antunes
sábado, 3 de junho de 2017
Reler-me #27
Uma questão de sinfonia
Por fora posso ser Dance Music, Haevy Metal, House Music, posso ser Hip Hop, Samba, Reggae, Rap, Popular, posso ser Punk, posso ser Funk, posso ser Pop, posso ser Rock, posso até ser Kuduro ou Lambada. Por dentro toda eu sou Jazz, toda eu sou Fado. Por fora posso dançar qualquer música que toquem para mim, toda eu sou motivacional. Mas para ouvir a minha música interior tenho de sentar-me confortavelmente numa sala a meia luz, fechar os olhos e sonhar. Tudo uma questão de sinfonia.
Maio de 2014
Os meus livros #12 - O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá, uma história de amor (Jorge Amado)
SINOPSE
Jorge Amado escreveu O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá em 1948, para o seu filho João Jorge, quando este completou um ano de idade. O texto andou perdido, e só em 1978 conheceu a sua primeira edição, depoi de ter sido recuperado pelo filho e levado a Carybé para ilustrar. Com ilustrações belíssimas, para um belíssimo texto, a história de amor do Gato Malhado e da Andorinha Sinhá continua a correr mundo fazendo as delícias de leitores de todas as idades.
sexta-feira, 2 de junho de 2017
Parece que criei um monstro, não foi tio Pipoco?
Andava eu na minha vidinha quando me lembrei da Blogosfera dos tempos antigos, porque parecendo que não já lá vão 7 anos de Blog e com isto já eu estou a chegar ao tempo em que no meu tempo é que era. Parece que inspirei o Tio Pipoco a contradizer-me e sobre isso só tenho a dizer em meu abono que num outro tempo já o inspirei a fazer O Caminho e até já tentei inspirá-lo a usar meias como deve de ser. Criei um monstro, parece-me, porque isto de tentar reencontrar a Blogosfera perdida nunca mais parou, felizmente. As saudades que eu já tinha deste movimento e de me divertir a sério com isto dos blogs?
Dada a explicação informo que ganhei um selo, fui nomeada, ou condenada, ainda não sei bem, pela Be e pela Susana, um selo em bom, exactamente igual aos selos dos tempos antigos, lindíssimo, como podem ver, que orgulho, obrigada miúdas. Posto isto, passo a cumprir as regras do desfio:
Se eu tivesse um Blog mesmo em bom teria de ser o Blog do Tio Pipoco, porque no fundo sou uma romântica e parecendo que não é o Tio que nos une, que cria movimentos e que afinal, faz com que a Blogosfera moderna seja ainda um bocadinho como a Blogosfera antiga, porque eu continuo a acreditar que isto não são só Blogs e apesar de ter cada vez menos tempo para isto tenho pessoas desse lado, não números e estatísticas.
Sintam-se todos condenados a levar este lindo selo para os vossos Blogs em Bom, não nomeio porque nunca gostei de cumprir regras, sempre gostei de ser a rebelde do grupo.
quinta-feira, 1 de junho de 2017
Felizes andam os passarinhos
Que me acordam dia após dia com a mais bela das sinfonias, que me inundam o quarto e a casa de notas musicais e de alegria, que cantam como não me lembro de ouvir, que despertam diariamente com as mais belas canções e com os primeiros raios de sol e de luz. Felizes andam os passarinhos. E eu, apesar de por culpa deles andar cheia de sono, fico feliz com eles, porque para infelizes e zangadas bastam as pessoas. Felizes andam os passarinhos. E feliz ando eu, que acordo de sorriso nos lábios de tanto os ouvir.
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