quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Uma lady na mesa, uma louca na cama (como a música do Marco Paulo mas a versão da Loira)


Quando, você vem com essa cara de menina que acha que o trilho é leve...
Dá-me um arrepio na espinha, sinto comichão no selim pra pedalar com você,
Você não tem um pingo de preguiça e todo o homem sonha,
Pedalar assim, realizando minhas maratonas, passeios e trilhos
Você pedala pra mim...
Uma lady na rua, uma louca no monte, sempre na moda,
Você não larga a minha roda
E na minha cabeça desvairei-o de loucura, quando você larga os travões
Ninguém mais a segura
E sobe e desce e cai e se esfola
Se arranha, se lesiona pra mim
Me arranha, me empena, me empurra
Não mude que eu quero você pedalando assim...
(Bis)

Sou uma gaja muito antiquada...

e de imensas, intermináveis paixões. Uma delas são os livros, adoro ler e envolver-me neles, com eles, mas a minha paixão não são só as histórias e as palavras que nos beijam são os livros também como objecto, é admirar uma estante cheia de livros, é pegar-lhe, são as capas e os autores, são as páginas, o toque, o cheiro, não há cheiro melhor do que o de um livro, é andar com o livro de um lado para o outro, é a companhia e a magia.

Isto tudo para vos dizer que não sei como é que as pessoas conseguem ler em formato digital. Para mim um livro será sempre um livro. Sou uma gaja mesmo muito antiquada.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Sempre fui uma miúda muito bem comportada...

Quer dizer, bem comportada não será o termo, mas é certo que nunca fui uma rebelde. Tive as minhas fases mais difíceis mas nunca dei muitas dores de cabeça aos meus pais. Faltava às aulas com alguma (muita) frequência mas falsificava-lhe sempre a assinatura para justificar as faltas e nunca chumbei, na realidade, vá-se lá entender como até tirava boas notas. Houve uma altura em que decidi rapar o cabelo, e depois de o deixar crescer pintei-o de vermelho, nada de muito alarmante. Tive aquela fase que passam todas, ou quase todas as miúdas de vestir um estilo um bocado para o duvidoso, a minha mãe entrava em pânico e eu achava mais piada à minha mãe do que propriamente ao estilo das roupas. Passei pela fase das bebedeiras, mas soube sempre parar quando ainda sabia chegar a casa. É o que vos digo, sempre fui uma miúda muito bem comportada. Cresci cedo e ganhei responsabilidade, continuei a ser uma miúda em muitos aspectos mas a cumprir muito bem as minhas obrigações. Depois chega um dia, já em idade adulta (nem acredito que escrevi isto) em que surge uma decisão para tomar e em que entre o politicamente correcto e o que me dá na real gana contra todas as expectativas decido fazer o que me dá na real gana. Para alguns será mais um acto de rebeldia, para mim nada me faz sentir mais adulta do que isso. É a liberdade...

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Como arranjar um inimigo em menos de dois minutos:

Um dia destes estava numa maratona de BTT (claro está, não falo eu de outra coisa) e enquanto fazia uma subida com o meu amigo Pedro começamos a ouvir gritos e gemidos e berros lá em cima, nem vos sei bem descrever o que aquilo era, eu fiquei logo a tremer e com o coração aos pulos, só dizia ao Pedro que alguém caiu e ele concordava comigo, tinha mesmo que ser muito grave. Cada vez a proximidade era maior e os gritos intensificavam-se e tornavam-se mais desesperados. "Nem quero olhar Pedro", ele foi ter com o rapaz que estava deitado no chão, o colega alongava-lhe as pernas e quando me apercebo do que realmente se passava disse-lhe "Oh Senhor... por amor de Deus, eu a pensar que ia ver ossos de fora e afinal são só cãibras?"

Escusado será dizer-vos que fui fulminada com o olhar, mas eu e o Pedro fizemos o trajecto que nos faltava muito divertidos. 

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Tão longe e aqui tão perto...

Explicação clara e breve de: O que é uma gaja com sorte

Antes de mais, sim, eu digo gaja. Apetece-me. Vamos ao que interessa...
Uma gaja acha que o calçado de inverno que possui na cor azul já deu o que tinha a dar. Uma gaja encontra nos dias seguintes uns botins (a partir de agora designados como botas que para mim é tudo a mesmíssima coisa) lindos de morrer, altíssimos, em azul marinho e com aplicações de brilhantes a um preço ridículo de tão baixo. Uma gaja compra as botas e no dia seguinte rejubila pelas ruas com a sua nova aquisição. Uma gaja limpa as botas ao final do dia e até lhe apetece dar-lhe beijinhos de tão lindas que são. Uma gaja sai com elas pela segunda vez na semana seguinte e a meio do dia repara que lhe falta um brilhante, é o drama, é o horror. Uma gaja fica desgostosa, quase em depressão e não tem coragem de voltar a sair com as botas sem o dito cujo do brilhante apesar de saber que não haverá uma alminha à face da terra capaz de reparar que falta ali qualquer coisa a não ser ela própria. Uma gaja procura um brilhante daquele tamanho, parecido para colar ali e não encontra em lado nenhum. Uma gaja faz uma espécie de terapia e ao fim de três longas semanas já parece curada e decide-se a calçar as botas e usá-las sem a porcaria do brilhante. Uma gaja sente uma picada no pé, vai curiosa ver o que se passa e o brilhante está ali, dentro da bota, solitário e lindo que só ele. Vou ali comprar super cola 3 e já venho...

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013


"O barco está mais seguro quando está no porto, mas não foi para isso que foram construídos os barcos"

O Diário de um Mago
Paulo Coelho

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Tenho de confessar-vos uma coisa...

O meu ponto fraco são as subidas, daí o meu orgulho indefinido de cada vez que chego lá em cima ao topo, subir exige-me um esforço extraordinário devido aos meus problemas respiratórios. Descer é-me bem mais fácil, para descer só é necessário uma dose de loucura e de coragem e isso nunca me faltou. Como dizia, subir é o meu ponto fraco, quando atinjo um cume a sensação de realização é bem maior por esse motivo. Tenho provavelmente também por isso esta mania de comparar as subidas que faço nas montanhas com as outras, as subidas que me aparecem na vida. Mas aqui, na vida, acabada de chegar ao tão esperado mas assustador piso dez a sensação é completamente contrária, aqui a paisagem emocional é outra, aqui em vez de liberdade sinto a alma acorrentada e o coração apertado. Na vida há subidas bem mais difíceis de fazer, mesmo quando viemos de elevador, na vida a exigência para continuar é a mesma que na montanha, coragem. E isso, nunca me (nos) faltou.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

"Anda comigo filosofar..."

Encantam-me as palavras, na realidade desde sempre me encantaram, através da leitura, através da escrita mas sobretudo através dos lábios. Encantam-me as pessoas, as conversas e as descobertas possíveis de algo escondido por detrás de uma expressão, de um tom, de uma respiração.
Já me dizia a minha prima Alexandra nos tempos de adolescência que eu era óptima a filosofar e lá nos sentávamos no chão, num canto do jardim protegidas pela sombra das laranjeiras, horas bem passadas a trocar ideias, confidências, medos e paixões. "Anda comigo filosofar", dizia-me ela com a cumplicidade e a necessidade próprias da idade.
Houve uma altura da minha vida em que o coração me estava situado muito perto da garganta e tinha uma extrema necessidade de falar, de me expressar, de dizer tudo o que me passava pela cabeça e pelo coração. Com o tempo a vida ensinou-me a ser diferente. Hoje acho que o maior sinal de inteligência é saber distinguir as situações em que devemos falar das situações em que devemos calar.

Hoje escolhi o silêncio...

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Prometo que depois disto vou escrever dois ou três textos muito tristes (Só para isto não começar a parecer um blog de auto-ajuda)

Estou aqui desde segunda-feira a pensar como escrever sobre isto. Não queria ser muito directa, mas escrever nas entrelinhas uma coisa tão importante é capaz de fazê-la passar despercebida. Agora lá me decidi a escrever para vocês como se estivéssemos numa esplanada a tomar café.
Chegou-me uma notícia, a melhor que poderia ter chegado, esperei por ela ansiosamente durante dois longos anos. Certos dias cheguei a pensar que não aconteceria, cheguei a perder a esperança, mas quis a vida que 2013 começasse da melhor maneira, por isso estou feliz, por isso valeu a pena esperar. Esta é a notícia que me vai permitir realizar alguns, muitos sonhos. Imaginem-me agora o maior sorriso e os olhos a brilhar. 

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Coisas boas...


Hoje encontrei uma "moeda", pequena demais para alguns, grande demais para outros, o valor ideal para mim, agora. Há dias em que tudo está perfeito, devíamos agradecer mais vezes por aquilo que temos.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Cuidem de mim, por favor.

Nos últimos dias foram-me chegando notícias de 7 ou 8 atropelamentos graves de ciclistas, amadores e profissionais. Por favor enquanto conduzem se passarem por um ciclista abrandem, ultrapassem só quando não vier nenhum carro em sentido contrário e tentem deixar a distância mínima de segurança de 1,5 mt. Eu sei que também há ciclistas que não cumprem as regras de trânsito, mas lembrem-se que nós somos o elemento mais fraco e um simples toque pode ter o pior dos resultados. Cuidem dos ciclistas, cuidem de mim. Uma vida humana por uns segundos da tua vida.

Obrigado.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Sinto-me um bocadinho escritora...

Não por ter demasiado orgulho naquilo que escrevo, muito menos por achar que escrevo bem. Esse orgulho existe momentaneamente quando faço a revisão do texto antes da publicação mas passa demasiado rápido, tão rápido que certas (muitas) coisas escritas no passado me parecem uma valente porcaria.
Sinto-me um bocadinho escritora quando interrompo o trabalho ou abro o portátil à noite com a urgência que me surge no sentido da conjugação das palavras e dos pensamentos. Sinto-me um bocadinho escritora quando paro para apontar uma ideia, uma frase, um sentimento na agenda antes que me passe despercebido pela vida. Sinto-me um bocadinho escritora porque penso que é necessário ter uma visão e uma forma de vida diferentes, é necessário sentir o mundo numa outra perspectiva para conseguir transformar emoções, pensamentos e sentimentos em frases, que se formam não com as teclas, mas com o coração. Sinto-me um bocadinho escritora quando sonho através das palavras.

Isto vai soar mais ou menos como se eu contasse e apontasse numa agenda todas as vezes que faço O Amor, mas...

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Espero com isto não ferir susceptibilidades...

Nunca fui de fazer balanços de vida, acho que é porque de tanto balançar tinha medo de cair ou de enjoar. Assim como nunca fui de fazer listas de objectivos para cumprir quando muda o ano, não as faço quando muda o ano para todos nós, não as faço quando muda o meu ano, não as faço nunca. Ninguém deixa de fumar, começa a ler mais ou a ir ao ginásio por causa da porcaria de uma lista feita num final de ano com esperança de mudanças. As pessoas mudam os hábitos porque mudam com a vida e com os caminhos que seguem. As pessoas vão ao ginásio porque gostam, caso contrário pagam a jóia de inscrição e a mensalidade em Janeiro e em Fevereiro só se arrependem do dinheiro que gastaram, as pessoas fazem dieta porque já não gostam do que o espelho lhe mostra, as pessoas que querem deixar de fumar podem muito bem fazê-lo no dia 27 ou 28 de Dezembro, não precisam de esperar para o dia 01. As pessoas não mudam por causa da porcaria de uma lista, a nossa essência é que muda um dia e muda-nos a vida.
Sendo assim espero em 2013 conseguir simplesmente mudar a minha vida, já que ainda não foi 2012 que mo permitiu e começo o ano com uma única certeza, em 2013 tenho um mundo inteiro de novos trilhos para descobrir e para viver. Feliz 2013...