quarta-feira, 29 de abril de 2015

Mais uma viagem. Mais uma aventura.


Amanhã parto para Ferrol. É de lá que começa, na sexta dia 1, O nosso Caminho este ano. Vamos percorrer O Caminho Inglês até Santiago de Compostela e depois Muxia e Finisterra. Levo, como sempre que percorro O Caminho, um Caminho, a alma e o coração cheios de tudo, levo sentimentos indescritíveis e inexplicáveis, levo um sorriso no rosto e borboletas no estômago. Desejem-me Bon Camiño. 

segunda-feira, 27 de abril de 2015

A estreia da bici nova não podia ter sido melhor

Partimos em direcção ao Monte Farinha, com ameaças de tempestades e com a coragem do costume, pedalamos muitos km e subimos muito, a subida ao Alto da Senhora da Graça é uma das minhas preferidas desde sempre e faço questão de a fazer pelo menos uma vez por ano. Atingir aquele topo é revigorante e libertador, sempre que chego lá em cima sinto-me de alma lavada e capaz de tudo, principalmente desta vez, que a subida teve um sabor ainda mais especial. A ameaça cumpriu-se e a chuva não tardou, enquanto pedalava lembrei-me que era o dia em que se comemora a liberdade e, embora seja outro tipo de liberdade, duas das várias coisas que me fazem sentir realmente livre, é pedalar e molhar-me à chuva, estava feliz e achei que era uma óptima maneira de comemorar a tal da liberdade que todos buscam, mas poucos encontram verdadeiramente. Já ao final do dia e debaixo de chuva torrencial alguém do grupo disse que somos todos uns tolos, que é necessário ser muito louco para estar ali, de bicicleta, debaixo daquela tempestade e eu achei que sim, que só podemos ser verdadeiramente loucos, e nesse instante senti-me ainda mais feliz, por ser louca o suficiente para fazer aquilo, para fazer isto.

Estoutãofeliztãofeliztãofelizquenãocaiboemmimdetantafelicidadeedetantapaixãosómeapetecedargritinhosesaltinhoshistéricosesairparaaruatodanuaacorrereacantar


A bicicleta mais linda do mundo já me acompanha nas minhas aventuras.

terça-feira, 21 de abril de 2015

Os meus livros #28 - O Voo da Cotovia

Sinopse
Caitlin é uma menina de dez anos muito especial. Por sofrer da síndrome de Asperger, tudo o que não seja a preto e branco é-lhe confuso. Dantes, quando as coisas se tornavam confusas, Caitlin podia contar com a ajuda do irmão mais velho, Devon. Mas Devon morreu e o pai está tão perturbado que não lhe consegue estender a mão. É então que um dia Caitlin ouve a expressão «fazer o luto» e percebe que é exatamente aquilo de que precisa. Mas, para consegui-lo, terá de descobrir que o mundo está na realidade cheio de cores – estranhas e belas.


Comovente, fiquei completamente apaixonada pela Caitlin. 

Os meus livros #27 - A contadora de filmes

Sinopse
Quando María Margarita ganha aos quatro irmãos um concurso inventado pelo pai, inválido devido a um acidente, que consistia em saber quem contava melhor um filme depois de o ter visto, o que começa por ser um ritual familiar rapidamente acaba por se tornar um acontecimento em toda a povoação, à medida que os relatos da contadora de filmes ganham fama e um público cada vez maior os aguarda, impaciente. Através da história desta «fazedora de ilusões», Hernán Rivera Letelier capta a vida no deserto chileno nos tempos áureos do cinema, criando um romance encantador na sua simplicidade e contundência.


Tão pequeno e tão encantador. Um sábado, depois de pedalar 105 km, cheguei a casa, tomei um banho, saí, fiz uma viagem de carro de mais de uma hora, voltei, jantei, publiquei as fotos do dia e já cheia de sono peguei neste livro. Não o consegui largar sem o terminar, só fui descansar quando o fechei, depois de ler a última página.

Os meus livros #26 - Os Rostos de Mal

Sinopse
Um violento surto de homicídios em série está a tumultuar o prestigiado Ariel College, em Cambridge. Os alunos vivem num clima de suspeição e terror desde que foi encontrado o corpo da primeira colega assassinada. Nenhum aluno está a salvo, e Mathew Denison, o psiquiatra forense que colabora com a polícia na tentativa de desmascarar o assassino, sabe-o melhor que ninguém. Para chegar à verdade, Denison explora o subconsciente de Olivia Corscadden, a aluna que guarda na sua mente a identidade do homicida. Um thriller psicológico magnético, onde o realismo e o suspense da investigação criminal atingem proporções quase insustentáveis.


Um livro que veio parar às minhas mãos por acaso e que me valeu uma análise psicológica meticulosa às personagens, mesmo como eu gosto.

Os meus livros #25 - A mãe não me deixa contar

Sinopse
Esta obra é baseada na história real do pequeno Reece de sete anos, último retirado aos pais biológicos e encaminhado para famílias de acolhimento ao abrigo de uma ordem judicial. Cathy Glass é a sua quarta cuidadora num período de apenas um mês. O comportamento da criança revela-se desde logo agressivo, hiperativo e caótico. Cathy começa a mudar o comportamento do rapazinho à medida que vai conquistando a sua confiança, mas apesar dos seus esforços não consegue chegar às razões profundas que perturbam Reece.


É o segundo livro que leio deste género e cada parágrafo me deixa profundamente triste, estes relatos não são só uma realidade, há milhões de realidades iguais a estas, vivemos rodeados de crianças que não vivem vidas de crianças e não olhamos para elas, para a nossa sociedade, com olhos de ver.

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Estou tão triste, tão infeliz. Ninguém me compreende. Pior... já não me conseguem aturar. Estou mesmo infeliz. Já vos disse? Ai... suspiro...

Comprei uma bicicleta nova. Só vos queria contar quando pudesse FINALMENTE publicar a fotografia, mas acontece que na vida real já ninguém me pode ouvir falar do assunto, sobrou para vocês dois ou três que ao engano ainda passam por cá. Comprei uma bicicleta, mas não uma bicicleta qualquer, A minha bicicleta. Escolhi a marca, o modelo e mandei transformar a bicicleta do catálogo na bicicleta dos meus sonhos. Acontece que agora estou aqui dia após dia à espera de FINALMENTE a ver e ninguém me diz nada, ninguém me manda uma fotografia do quadro para eu ver se as cores estão mesmo como eu escolhi, ninguém me diz quando posso FINALMENTE ir buscá-la, ninguém me liga nenhuma. Um mês, um longo mês e ninguém, nenhuma alma caridosa me dá novidades da minha bicicleta. Os meus amigos que pedalam já não me conseguem aturar, já sabem todos os pormenores, já sabem a cor de todas as peças e parafusos. Os meus amigos que não pedalam já não podem ouvir falar de travões, de pedaleiras, de suspensões e de carbono. O Moreno, estou desconfiada que se volto a falar da bicicleta vai comprar tabaco, apesar de não fumar, e nunca mais volta. O dono da loja onde comprei a bicicleta já nem o telefone me atende. E eu estou aqui, triste, infeliz, abandonada, ansiosa e sem ter a quem dizer, pela milésima quinta vez que a bicicleta nunca mais chega, que já sonhei com ela várias noites, que já tive pesadelos em que faziam tudo ao contrário do que aquilo que eu pedi, que tenho uma viagem marcada e que a quero levar, que a bicicleta nunca mais chega e que já estou farta que me digam para ter paciência, que a demora é por culpa minha que a quis transformar, que se tivesse escolhido uma bicicleta igual à do catálogo era só chegar à loja e trazer. A sério, ninguém me compreende, já ninguém tem paciência para me ouvir falar da bicicleta, a não ser vocês dois ou três que ao engano ainda passam por cá, mais não seja porque só vão ler o post uma vez e não voltam cá. A sério, ninguém me compreende, a bicicleta nunca mais chega. Já vos disse que é linda? E que é a bicicleta dos meus sonhos? E que nunca mais chega? Ai... suspiro...

Os meus livros #24 - Resistência

Sinopse
1944. Após a queda da Rússia e os desembarques falhados do Dia D, um contra-ataque realizado por parte dos alemães permite-lhes pisar solo britânico. No espaço de um mês , metade da Grã-Bretanha encontra-se ocupada. Sarah Lewis, uma jovem de vinte e seis anos, mulher de um agricultor, acorda e dá-se conta que o seu marido Tom desapareceu. Não é a única, já que todas as mulheres no isolado vale de Olchon, próximo dos limites fronteiriços do País de Gales, ao acordarem verificam que também os seus maridos partiram. Em resultado desta súbita e inexplicável ausência, estas reorganizam-se como uma comunidade inteiramente feminina e aguardam, na esperança de receber notícias. Uma patrulha alemã chega ao vale, mas o objectivo da sua missão permanece um mistério. Quando um Inverno rigoroso obriga os dois grupos a cooperar começa a desenvolver-se uma frágil dependência mútua. Sarah trava hesitantemente conhecimento com Albrecht Wolfram, o oficial que comenda a patrulha. Contudo, a iminente ameaça da guerra a pressioná-los, durante quanto tempo poderá sobreviver o delicado estado de harmonia que reina naquele vale? Imbuído de uma imensa amplitude de imaginação e confiança, o romance de estreia de Owen Sheers vai-se desenrolando com um ritmo e intensidade próprios de um thriller. Um hino às gloriosas paisagens dos territórios fronteiriços e um cativante retrato de uma comunidade sitiada, Resistência constitui um primeiro romance com um considerável encanto e vigor.


Demorei imenso tempo a terminar este livro, talvez por andar demasiado cansada, talvez por o livro ser demasiado cansativo. Claramente deveria ter lido Resistência numa outra fase da minha vida. Para compensar fui lendo alguns livros mais leves ao mesmo tempo. Nunca desisto de um livro porque acho que ele tem sempre algo para me ensinar e este ensinou-me várias coisas. 

quarta-feira, 15 de abril de 2015

15 de Abril - Dia Internacional do Ciclista (dizem)

Alguns sites afirmam ser hoje o dia internacional do ciclista. Se considerarmos o ciclismo como um desporto de corrida de bicicletas cujo objectivo é chegar primeiro a uma meta ou cumprir determinado percurso em menor tempo possível, então eu não sou ciclista e não percebo nada disto. O que eu gosto mesmo é de pedalar, de passear de bicicleta, de me divertir, de viajar, de levar com o vento na cara e a emoção na alma, de despentear o cabelo com o capacete, de libertar toda a adrenalina possível numa descida técnica no meio do monte, de subir, subir, subir e atingir um topo que visto de cá de baixo nos parece inalcançável. O que eu gosto mesmo é de coleccionar sorrisos, gargalhadas, percursos, histórias, amigos e horas muito felizes. O que eu gosto mesmo é de parar para olhar o horizonte, é de sentir o sol, a chuva, o calor intenso e o frio gélido no rosto. O que eu gosto mesmo é de desafiar os meus limites, de acreditar que consigo tudo e de superar as minhas metas interiores. Não sei se sou ciclista, se sou cicloturista ou o que raio sou, só sei que isto é bom, que pedalar está-me no corpo, está-me na alma e que mesmo não ligando nada a isto, dos dias internacionais de tudo e mais alguma coisa, hoje é bem capaz de ser o meu dia.

terça-feira, 14 de abril de 2015

Mulheres de Portugal (quiçá do mundo)

Há uns dias atrás decidi vender a minha bicicleta, seleccionei três fotos das sete mil e quinhentas que lhe tirei ao longo dos anos de felicidade que passamos juntas e coloquei um anúncio no OLX. Caramba, decidi vender a minha bicicleta, a minha companheira dos bons e maus momentos, a minha rosinha linda, a minha melhor amiga. Assim que coloquei o anúncio fiquei tão triste que só me apetecia chorar, de imaginar vê-la partir para longe de mim, mas não é sobre isso que vos quero falar. Conforme já disse, coloquei o anúncio, completamente infeliz, mas convencida de que ninguém lhe ia ligar, afinal, não há muitas mulheres a pedalar, e que homem, no seu perfeito juízo, ia prestar atenção a uma bicicleta cor-de-rosa? A resposta para esta pergunta é: todos os homens. Horas depois do anúncio estar online começaram a chover mails, telefonemas e mensagens. Nenhuma miúda me contactou. As dezenas de mails, de telefonemas e de mensagens eram todas de homens, homens românticos a contar-me que também pedalam e que queriam muito oferecer a minha bicicleta à namorada ou à esposa para também elas começarem a pedalar, homens românticos que perguntavam onde tirei eu fotos tão giras e se imaginavam em grandes pedaladas ao lado da sua mais que tudo.

Mulheres de Portugal, mulheres do Mundo, os homens são uns românticos que sonham amar-vos e pedalar convosco até ao resto das vossas vidas.

A bicicleta? Ficou para a minha amiga, eu sou ainda mais romântica e sentimental do que os tais homens que querem pedalar convosco. 

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Está tudo dentro da nossa cabeça

Eu consigo, eu sou capaz, dói-me um pouco mas já passa, eu consigo, não é isto que me vai derrubar, o caminho é em frente, desistir é impossível, eu consigo, não vou parar, não posso voltar atrás, é difícil mas eu sou mais forte, eu consigo, eu consigo, eu consigo, não sou capaz de desistir, tenho de conseguir, dói-me pouco, eu consigo, eu consigo, eu consigo, depois disto nada é impossível, eu consigo, eu sou capaz disto, eu sou capaz de tudo...

Eu não consigo, estou muito cansado, isto é impossível, o que raio vim fazer, eu não consigo, eu não consigo, eu não consigo, estou mesmo mal, vou desistir, eu não sou capaz, está a doer-me aqui, e aqui, e aqui, dói-me muito, não posso suportar mais isto, é impossível, vou por outro caminho, talvez haja uma solução mais fácil, não consigo, não consigo, não consigo, estou tão fraco, tenho de parar, isto é impossível, eu não consigo, eu não sou capaz...


Todos temos uma voz interior, o que essa voz nos diz reflecte aquilo que somos.

Misturas improváveis

Quando digo, rosa e amarelo, os outros olham-me como se eu fosse louca. Já eu, sinto-me uma visionária.

sexta-feira, 10 de abril de 2015

Ter um blog dá um trabalhão,

não é só escrever e partilhar coisas nossas, para ter um blog é preciso muito mais. Para ter um blog é preciso olhar o mundo com olhos diferentes, é preciso arranjar forma de descrever sentimentos e tempos verbais capazes de conjugar sonhos, aventuras e estados de alma. Para ter um blog é necessário olhar em redor e encontrar detalhes que vale a pena partilhar, é necessário ideias atrás de ideias, inspiração e coração. Para ter um blog é preciso aprender a escrever nas entrelinhas, é preciso contar coisas escondidas no recanto mais profundo da nossa alma, mesmo que aos olhos dos outros não esteja lá nada. Escrever não chega, é preciso fazê-lo com paixão. É preciso viver com tópicos, frases, fotografias, títulos e conclusões sempre presentes, sempre prontos a serem publicados. Para ter um blog é essencial andar por aí de espírito iluminado.
Ter um blog dá um trabalhão, pode ser cansativo, exige tempo, dedicação, paciência e a tal paixão, que convém colocar em tudo o que fazemos, só assim pode fazer sentido. De tempos a tempos, com a minha mesa no escritório a transbordar de papeis, com tudo o que tenho para fazer num dia, com a falta de tempo e o cansaço acumulado, perco a dedicação, perco a vontade de escrever, a paciência e até parece que perco também a paixão. Às vezes desapareço por tempo indeterminado, às vezes escrevo um post de vez em quando e esqueço o blog, às vezes tento fazer um esforço para cá vir, embora desta forma nada faça sentido e nada mereça ser publicado.
Ter um blog dá um trabalhão, confesso que por vezes dá vontade de desistir, demasiadas vezes dá vontade de desistir. Mas um dia, abrimos a página e alguém nos escreveu a contar que comprou um livro porque nós falamos dele, a contar que comprou umas meias iguais às nossas, vamos ao facebook e encontramos uma partilha de um texto nosso, recebemos um mail com uma notícia que fez alguém lembrar-se de nós, temos um comentário com algo surpreendente para nós, e nesse dia, nesses minutos, volta a valer a pena, volta a fazer sentido, volta o entusiasmo, a dedicação, a vontade de escrever e de partilhar, renasce a paixão adormecida.

Hoje agradeço às pessoas que me ajudam a manter este blog, que me fazem ter vontade de escrever mesmo quando a pressa da vida me rouba o tempo e a motivação, que fazem valer a pena com pequenos gestos que por vezes significam tanto, que voltam sempre, apesar da minha ausência, que partilham comigo esta paixão. Obrigada.

quarta-feira, 8 de abril de 2015

Já falta pouco

A viagem, O Caminho, não começa só no dia da partida, quando finalmente estamos prontos para o primeiro passo, para a primeira pedalada. Não começa em nossa casa, quando temos as mochilas à porta, minutos antes de arrancar para mais uma aventura. A viagem, O Caminho, começa no dia em que decidimos ir. Da viagem, do Caminho, também fazem partes os planos, também fazem parte as horas a pensar em como ir, como voltar, onde ficar, que Caminho percorrer, que pessoas levar connosco. Da viagem, do Caminho, também fazem parte os treinos e os momentos vividos em equipa, também fazem parte as listas daquilo que nos falta, as conversas e as gargalhadas, as decisões e as incertezas, também fazem parte os projectos e os sonhos, também faz parte a amizade que nos une na partilha de momentos únicos. A viagem, O Caminho, começa muito tempo antes do dia da partida, começa quando terminamos a última viagem, o último Caminho, e sabemos que será para repetir, começa quando respiramos fundo, plenos de felicidade porque conseguimos e de tristeza porque já terminou. A viagem, O Caminho, está na nossa pele e fica cada vez mais forte, até ao minuto em que podemos finalmente dar o primeiro passo, a primeira pedalada, novamente.



Da viagem, do Caminho também fazem parte o nervoso miudinho, o frio no estômago e a felicidade da contagem decrescente até ao dia marcado. 

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Os meus livros #23 - O Segundo Fôlego

Sinopse
Philippe Pozzo di Borgo é um aristocrata francês, diretor da conceituada casa de champanhes Pommery, que aos quarenta e dois anos vê o seu futuro comprometido quando um acidente de parapente o deixa tetraplégico. Deste acontecimento trágico decorre o encontro improvável entre Philippe e Abdel, um jovem rebelde dos subúrbios de Paris que é contratado como auxiliar para cuidar de Philippe. O Segundo Fôlego, a autobiografia de Philippe, é o relato humanista e bem-humorado dos anos de convivência entre ambos e da forma como cada um enriqueceu e salvou a vida do outro. Inspirados por esta história verídica, Olivier Nakache e Éric Toledano realizaram um filme com o nome Amigos Improváveis, que conta com François Cluzet e Omar Sy nos principais papéis.


Uma das coisas que mais gosto na leitura é o facto de me fazer conhecer realidades que me são completamente alheias, esta tocou-me profundamente. Como é possível viver num corpo morto?

Os meus livros #22 - A Volta ao Mundo em 80 Dias

Sinopse
Phileas Fogg, um aristocrata inglês, faz uma aposta arrojada com os membros do seu clube em como dará a volta ao mundo em 80 dias. Parte então à aventura, acompanhado pelo seu criado. Para vencer o desafio, teria de estar de volta a Londres no dia 21 de Dezembro de 1872, às vinte horas e quarenta e cinco minutos. Porém, Fogg é acusado de estar por detrás do assalto ao Banco de Inglaterra, o que fará com que o detective Fix parta no seu encalço, perseguindo-o para onde quer que Fogg vá. Do Egipto à Índia, e depois para a China, Japão, Estados Unidos (São Francisco e Nova Iorque) e de volta a Inglaterra, somos levados numa viagem através de vários continentes, em diversos meios de transporte existentes na época - vapores, comboios, carruagens , e até mesmo elefante -, numa jornada emocionante que desperta o nosso espírito de aventura e nos leva de volta à infância.


Mais que a volta ao mundo em 80 dias, dei a volta aos meus dias em 80 mundos. O final deste livro é hilariante.

Os meus livros #21 - O quarto de Jack

Sinopse
Original, poderoso e soberbo, Jack é inesquecível: a coragem e o imenso amor numa história perturbante contada pela voz da inocência. Para Jack, de cinco anos, o quarto é o mundo todo. É onde ele e a Mamã comem, dormem, brincam e aprendem. Embora Jack não saiba, o sítio onde ele se sente completamente seguro e protegido, aquele quarto é também a prisão onde a mãe tem sido mantida contra a sua vontade. Contada na divertida e comovente voz de Jack, esta é uma história de um amor imenso que sobrevive a circunstâncias aterradoras, e da ligação umbilical que une mãe e filho. O quarto é um lugar que nunca vai esquecer; o mundo é um sítio que nunca mais olhará da mesma maneira.


Quando pesquisei sobre este livro li que Jack era um miúdo que eu não poderia mais esquecer, este foi o sentimento que fiquei quando fechei o livro depois da última página, o Jack vai ficar na minha memória para sempre.