Partiu-me o coração a pessoa que teve a ideia. Partiu-me o coração a pessoa que se dispôs a colocar a ideia em prática. Partiu-me o coração ver tantas pessoas a aderir. Partiu-me o coração quando soube dos resultados conseguidos. Partiu-me o coração saber que conseguimos ajudar algumas famílias mais carenciadas a ter um Natal melhor. Mas partiu-me principalmente o coração chegar a uma casa que funciona como lar para idosos, que tem 14 crianças a viver como internas e que funciona como centro de dia para outras crianças que chegam lá muitas vezes sem tomar o pequeno almoço porque os pais não têm condições, uma casa onde os idosos que não foram aceites nos outros lares por não terem dinheiro podem viver com dignidade, uma casa onde os miúdos podem estudar, onde os miúdos podem comer, onde os miúdos têm cuidados de saúde, uma casa que não tem qualquer apoio do estado. Uma casa para a qual conseguimos angariar só em bens alimentares mais de 1.000 Euros, com pequenas ajudas que vão fazer toda a diferença.
Há coisas que fazemos na vida, pequenas atitudes, mas grandes gestos que mudam a nossa maneira de olhar o mundo, a tarde de sábado fez-me recordar a minha infância, não pelas crianças, porque essas, com toda a alegria característica da idade mantêm o brilho da esperança no olhar, mas principalmente pelos idosos, que de esperança já nada lhes resta.
Na minha infância, certo dia o meu pai levou-me ao lar de idosos ver uma tia afastada que estava sozinha e já sem familiares próximos para a visitarem, depois desse dia passei bastante tempo naquele lar. Nunca disse nada ao meu pai, mas continuei a visitar aquela velhinha sentada numa cadeira de rodas regularmente, por vezes passava no lar quando as aulas acabavam, mas por vezes chegava a faltar a uma ou outra aula para estar com ela, por isso, nunca lhe contei nada, ao meu pai. Ele, como achava que eu me tinha esquecido daquela tarde, quando me levou a conhecê-la não me contou quando ela faleceu, contaram-me as pessoas do lar quando eu cheguei na próxima visita. Naquela tarde, sentei-me nas escadas de casa a chorar até o meu pai chegar e aquelas faltas às aulas nunca me foram cobradas.
No sábado, ao chegar perto daquelas pessoas, ao conversar com elas senti-me tão bem que decidi visitá-las muitas mais vezes.
partiarm-te o coração e não é para menos. sei o que é viver uma coisa dessas e isso realmente deixa-nos atónitos.
ResponderEliminarbjs
Não há satisfação como a de darmos de nós mesmos, para quem precisa. Nada paga a sensação de nos sentirmos "vivos", úteis, sabermos que com pequenos gestos (para nós) poderemos marcar a vida de outras pessoas. É extremamente gratificante. Parabéns, Vera. E continua.
ResponderEliminarSe todos fossem assim, o mundo definitivamente era bem mais alegre e melhor
ResponderEliminar:*:*:*
Sei que não é fácil...
ResponderEliminarTu deves ter um coração enorme, porque só num coração muito grande cabem tão nobres sentimentos.
ResponderEliminarA velhice assusta-me e cada vez está mais próxima.
Todos nós merecemos melhor sorte, mas os velhos, depois de terem dado a pele e a carne, não merecem ter o tratamento indigno que esta trampa de mundo lhes reserva.
Bjs.
Dar aos outros também nos alimenta a alma.
ResponderEliminarBeijocas grandonas.
Lindo :) não tenho mais a dizer... tens um enorme coração!
ResponderEliminaragora partis-te tu o meu coração com este post tão lindo Vera.... beijo enorme, é como pessoas como tu que o mundo precisa, bjs
ResponderEliminarBela iniciativa, Vera!
ResponderEliminarSois uns seres humanos maravilhosos!
Beijo grande
Eu já fiz voluntariado num lar de idosos e num centro de acolhimento de criança. Eu sabia que ia ser difícil mas nunca pensei que seria tanto. Elas agarram-se a nós como se fossemos a única pessoa no mundo e valorizam a nossa presença como ninguém. O teu espírito é o verdadeiro espírito de Natal. Parabéns pela tua coragem e pelos teus gestos*
ResponderEliminarPartiu-me o coração ler este post. E fez-me pensar... o que é tão pouco para nós e que custa tão pouco pode ser tão valioso para aqueles que nada têm.
ResponderEliminarA velhice assusta-me, assusta-me ver aqueles que mais amo envelhecer. Recuso-me a ver, custa-me a aceitar.
Beijinho grande
penso no que vocÊ sentoiu quando soube da morte da velhi9nha. deve ter sido realmente triste. mas pense que você alegrou alguns dos últimos dia dela!
ResponderEliminare o natal fala disto, de dar a mão ao próximo, sem nada esperar em troca :) e quem dá, recebe o dobro.
ResponderEliminarA mim partiu-me o coração a história da tua tia.
ResponderEliminarFiquei de coração partido,mas acima de tudo fiquei muito emocionada com o que conseguiram fazer.A felicidade está nestas pequenas coisas,no ver um olhar de agradecimento,um sorriso de quem nada tem.
ResponderEliminarQuerida esposa... Tu matas-me!!! :*
ResponderEliminarbeijo
Sutra
Tu saberias que valeria a pena, agora tens a certeza... :) tens um coração do tamanho do mundo! Obrigada pelo mail querida :)
ResponderEliminarUm beijo grande...
Vera, a solidão é assustadora... entendo perfeitamente que essas pessoas tenham mexido contigo.
ResponderEliminarEstou tão emocionada...tu deves ser a Fera com o coração maior, que eu conheço...é tão simples faze-los felizes... És uma grande mulher, sabias? Bjs
ResponderEliminarJoão,
ResponderEliminarPor vezes, a pedalar, com o vento e o frio os nossos olhos choram sozinhos (tu sabes), mas no sábado quando vim embora, não era do vento, nem do frio.
Hugo,
Agradeço-te cada palavra.
Um beijinho.
Belinha,
Oh... beijinho.
Nokas,
:(
Fofinho,
Obrigado querido.
BS of Life,
Se alimenta...
Corina,
:)
Poetic,
Obrigado querida.
Kapikua,
Eu senti-me tão pequenina...
Miss,
Obrigado. Um beijinho.
JS,
Assusta mesmo...
Nira,
Sem dúvida.
susana,
Todos deviam dar muito mais.
Olhos Dourados,
É uma pessoa que me marcou, apesar se eu ainda ser muito pequena.
Inêzita,
Estas pessoas nada têm, mas preocuparam-se connosco, porque sabiam que íamos e sabiam que tinhamos muito que subir para lá chegar. Quando chegamos tinhamos um bolo quentinho e acabado de fazer à nossa espera, grandes sorrisos e uns beijinhos deliciosos.
Sutra,
Hummm...
Margarida,
Beijinho. Da próxima vez vens comigo.
S*,
Muito.
SuperSónica,
Obrigado querida, mas isto não é nada, só aderi a uma ideia que alguém teve e que foi posta em prática, quem me dera que isto fosse possível todos os meses, todas as semanas.
Adorei o teu post, apesar de me fazeres estar prestes a chorar. E não o posso fazer porque a minha cria é observadora demais e não perceberia isso, mas...
ResponderEliminarO gesto que tiveste com a tua tia mostra o teu enorme coração e o facto de o teres feito em silêncio, mostra a tua grandeza.
Se tivesse de escolher uma pessoa para representar o Natal... eras tu.
Beijos doces
palavrasasolta,
ResponderEliminarNão me digas essas coisas que eu nos últimos dias choro baba e ranho e ando mesmo uma lamechas do pior.
Já trabalhei com idosos, e sem dúvida é uma aprendizagem sem precedentes...
ResponderEliminarAmei mesmo...
é uma experiência que nunca irei esquecer...
beijo grande.
Tu tens um coração de ouro!
ResponderEliminarTenho tanta sorte em ter-te como amiga!
Petra,
ResponderEliminarEles foram tão queridos, contaram-me logo montes de coisas.
Cláudia,
Eu é que tenho sorte de te ter a ti minha Fofa.
Que orgulho, loira. A sensação de mudar o Mundo é fantástica, não é? ;)
ResponderEliminarSofia,
ResponderEliminarPelo menos de ir tentando, é mesmo.
É preciso acreditar que somos capazes de influenciar uma realidade...
ResponderEliminarmasquediabo,
ResponderEliminarEu acredito.