quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Quando o dia entardeceu...


Quando o dia entardeceu
E o teu corpo tocou
Num recanto do meu
Uma dança acordou
E o sol apareceu
De gigante ficou
Num instante apagou
O sereno do céu
E a calma a aguardar lugar em mim
O desejo a contar segundo o fim
Foi num ar que te deu
E o teu canto mudou
E o teu corpo do meu
Uma trança arrancou
E o sangue arrefeceu
E o meu pé aterrou
Minha voz sussurrou
O meu sonho morreu
Dá-me o mar, o meu rio, minha calçada
Dá-me o quarto vazio da minha casa
Vou deixar-te no fio da tua fala
Sobre a pele que há em mim
Tu não sabes nada.
Quando o amor se acabou
E o meu corpo esqueceu
O caminho onde andou
Nos recantos do teu
E o luar se apagou
E a noite emudeceu
O frio fundo do céu
Foi descendo e ficou
Mas a mágoa não mora mais em mim
Já passou, desgastei
Para lá do fim
É preciso partir
É o preço do amor
Para voltar a viver
Já não sinto o sabor
A suor e pavor
Do teu colo a ferver
Do teu sangue de flor
Já não quero saber
Dá-me o mar, o meu rio, a minha estrada.
O quarto vazio na madrugada
Vou deixar-te no frio da tua fala
Na vertigem da voz
Quando enfim se cala

10 comentários:

  1. Ai que até morro do coração...

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  2. ando há dias a ouvir essa musica, em modo repetição...

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  3. não sou racista, mas eliminava-os a todos LOL

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  4. Lindo poema/canção
    P.s.: gostei do blog, adicionei. ^^

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  5. Este comentário foi removido pelo autor.

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  6. Voz doce a dela. Deve fazer diabetes, diz a raposa...

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  7. É uma música que já me tinha chamado à atenção. As vozes e o poema.

    Escolha sentida. Muito bem, Loira.

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  8. Adoro esta música, poderia ouvi-la vezes sem conta, repetidamente...
    Beijinhos.

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