Era uma casa igual às outras do quarteirão. Ou quase. a deles tinha quatro quartos: o seu, o do irmãozinho Gilles, o dos pais e o dos cadáveres. o pai é amante de caça grossa. A mãe é transparente, submissa aos humores do marido. Os sábados passam-se a brincar na sucata ali perto. Até que um dia se dá um acidente violento que faz tremer o presente.
Desde então, Gilles deixa de rir. Ela, com os seus dez anos, deseja anular tudo, voltar atrás. Apagar esta vida que lhe parece uma má versão da outra. a verdadeira. Então, em jeito de guerreira dos tempos modernos, arregaça as mangas e mergulha de cabeça, antes de todos os outros, na desordem da existência. Esquiva-se, passa entre os golpes e mantém a esperança insensata de que um dia tudo se recomporá.
Com uma escrita divertida e fulgurante, Adeline Dieudonné apresenta-nos personagens rebeldes, inteiras, num universo ácido e sensual.
Um romance que é um murro no estômago.
Prémio Romance FNAC 2018
Prémio Renaudot dos Estudantes 2018
A Susana escolhe sempre o meu primeiro livro do ano. Enviou-me este de prenda de Natal e de facto ela conhece-me bem. A Verdadeira Vida foi a primeira viagem de 2020.
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