Foi o resultado da biomecânica, tudo para baixo, tudo para a frente, mas já voltei ao normal, não me consegui adaptar e como vou viajar não posso correr o risco de correr mal, talvez no regresso volte a tentar.
Vou dizer-te uma coisa controversa e aparentemente contraditória. Ainda por cima eu sou todo pelo conhecimento e pela Ciência. A Biomecânica é importante até certo ponto. Há medidas que são críticas (altura e recuo do selim, distância nariz selim-guiador) mas a um certo ponto há idiossincrasias (hábitos, detalhes anatómicos etc) que cada um de nós tem cuja "verificação" é empírica. Isto é, requer muitas horas em cima da bike para "sentir" o corpo", para ver se há algum desconforto, algum tendão, um músculo, uma posição que "sinalize" algum problema. E estas peculiaridades individuais, porque são difíceis de definir (por regra só em grandes esforços vêm ao de cima), podem levar-nos para "fora" dos padrões da biomecânica sem isso significar que alguma coisa está errada. Por exemplo, eu comecei por pedalar regularmente em estrada (ainda no século passado) e, quando mudei para o BTT, continuei a adoptar a posição muito deitado na bike a que estava habituado em estrada. E assim, embora fora dos padrões biomecânicos, sinto-me bem (e evita-me pancadas nas vértebras) Em suma, penso que se deve aproveitar o conhecimento da biomecânica mas este conhecimento científico deve ser temperado com as "indefiníveis" e muitas vezes insuspeitas - porque nem nós próprios as conhecemos, apenas as sentindo após uma carga de esforço de várias horas - idiossincrasias individuais. Fico-me por aqui que isto já vai longo mas o assunto daria para muito mais.
Acho que é isso mesmo João, depois de 2 anos a pedalar na minha bicicleta foi impossível para mim ajustar as medidas, estava sempre em esforço e com dores, não me sentia confortável e pedalar deixou de ser natural, eu e ela deixamos de ser o par perfeito. Podia ter tentado um pouco mais, mas com a aproximação à data da viagem achei que não podia arriscar e voltei à minha posição natural. No regresso talvez tente novamente, mas ainda tenho dúvidas se valerá a pena.
olha, dava tudo para estar aí nesse sítio a esta hora da manhã, certamente a minha cabeça estaria melhor!
ResponderEliminarbom dia e boas pedaladas!
aaaaaaahhh, olhando para as belas fotos até sinto o vento nas ventas !
ResponderEliminarTenho que ir pedalar por essas serranias graníticas com rios a correr no fundo dos vales. É onde gosto de pedalar.
Relativamente a outras fotografias nesta que aqui mostras estás numa posição mais dobrada sobre a bike. Deves ter recuado o selim.
Foi o resultado da biomecânica, tudo para baixo, tudo para a frente, mas já voltei ao normal, não me consegui adaptar e como vou viajar não posso correr o risco de correr mal, talvez no regresso volte a tentar.
Eliminarserra do alvão?
ResponderEliminaranonima
Serras de Fafe anónima
EliminarVou dizer-te uma coisa controversa e aparentemente contraditória. Ainda por cima eu sou todo pelo conhecimento e pela Ciência. A Biomecânica é importante até certo ponto. Há medidas que são críticas (altura e recuo do selim, distância nariz selim-guiador) mas a um certo ponto há idiossincrasias (hábitos, detalhes anatómicos etc) que cada um de nós tem cuja "verificação" é empírica. Isto é, requer muitas horas em cima da bike para "sentir" o corpo", para ver se há algum desconforto, algum tendão, um músculo, uma posição que "sinalize" algum problema. E estas peculiaridades individuais, porque são difíceis de definir (por regra só em grandes esforços vêm ao de cima), podem levar-nos para "fora" dos padrões da biomecânica sem isso significar que alguma coisa está errada. Por exemplo, eu comecei por pedalar regularmente em estrada (ainda no século passado) e, quando mudei para o BTT, continuei a adoptar a posição muito deitado na bike a que estava habituado em estrada. E assim, embora fora dos padrões biomecânicos, sinto-me bem (e evita-me pancadas nas vértebras)
ResponderEliminarEm suma, penso que se deve aproveitar o conhecimento da biomecânica mas este conhecimento científico deve ser temperado com as "indefiníveis" e muitas vezes insuspeitas - porque nem nós próprios as conhecemos, apenas as sentindo após uma carga de esforço de várias horas - idiossincrasias individuais.
Fico-me por aqui que isto já vai longo mas o assunto daria para muito mais.
Acho que é isso mesmo João, depois de 2 anos a pedalar na minha bicicleta foi impossível para mim ajustar as medidas, estava sempre em esforço e com dores, não me sentia confortável e pedalar deixou de ser natural, eu e ela deixamos de ser o par perfeito. Podia ter tentado um pouco mais, mas com a aproximação à data da viagem achei que não podia arriscar e voltei à minha posição natural. No regresso talvez tente novamente, mas ainda tenho dúvidas se valerá a pena.
EliminarSempre as melhores fotos :D
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