Há muitos anos que A Lista de Schindler estava na lista dos livros a comprar com urgência e um dia destes, quando o encontrei nos leilões, fui a mulher mais feliz do mundo durante uns minutos, enquanto achei que tinha conseguido o livro, depois percebi que afinal o livro não seria para mim e voltei a ser infeliz. Passaram longos e cinzentos dias desde então, até o rapaz dos leilões me enviar uma mensagem a dizer que a outra pessoa não tinha ficado com ele e que o livro era meu por direito e paixão. Voltei a ser a mulher mais feliz do mundo, tanto que enviei imediatamente mensagem à Susana, a minha cúmplice nas histórias que envolvem os livros. A Susana ficou ligeiramente irritada, quem sabe completamente louca, porque A Lista de Schindler era precisamente a minha prenda de aniversário, pela qual ela tinha lutado arduamente para conseguir. Depois de uma luta renhida para adquirir tão desejado livro chegam-me com uma diferença de 24 horas não 1, mas 2 livros. Fiquei com a edição oferecida pela Susana, primeiro porque foi uma prenda e depois porque a Susana é das poucas pessoas no meu mundo que percebe e partilha este meu amor às páginas. A outra edição ofereci a uma pessoa especial, não sem antes fotografar a dedicatória para ficar com ela para sempre, porque quando o rapaz me disse que o meu livro tinha dedicatória e se eu por acaso me importava com isso, a única coisa que lhe respondi é que ficava ainda mais feliz, o livro trazia-me história e amor, assim o ofereci, com história e amor, assim tenho a dedicatória da Susana no livro que escolhi para ficar, com história e amor, a nossa história e o nosso amor à amizade e às tantas páginas de livros e de vida partilhadas. Sou a mulher mais feliz do mundo.
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