domingo, 17 de maio de 2015

Xeque-mate

A minha paixão pelas montanhas sempre me fez enfrentá-las com o respeito necessário. Talvez por isso foram poucas as montanhas que me derrotaram. Várias me colocaram no meu devido lugar mas pouquíssimas me derrubaram. A que o fez de forma inesquecível para mim foi a Serra da Cabreira, a sua grandeza aliada a vários outros factores, que não servem de justificação, uma derrota é sempre uma derrota, fizeram-me desabar aos seus pés e ponderar muitas coisas na minha vida. Passaram-se anos, a paixão pelas montanhas cresceu, o respeito pelas montanhas é interminável, não há quem as percorra que não sinta isso, e eu voltei a olhar a Cabreira nos olhos, desta vez de forma diferente, desta vez para sair vitoriosa. Só quem desafia as montanhas, só quem as percorre com a paixão e o respeito necessários é capaz de se sentir triunfante por ultrapassar a sua excelência, só quem vive no mundo das montanhas é capaz de perceber que uma vitória não é nada comparado com uma derrota e que por lá, no mundo das montanhas, somos sempre muito pequenos, mesmo quando nos sentimos os maiores do mundo, como eu me senti desta vez, na Cabreira.

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