Acordei várias vezes durante a noite para ouvir a chuva a bater na janela, já tinha saudades desta sensação de aconchego que me provoca o som dos pingos nos vidros que me separam da rua. Custou-me acordar e ainda mais levantar, hoje só queria ficar em casa a ouvir a chuva a cair. Quando já vinha para o trabalho cruzei-me com um ciclista, calças térmicas, um casaco, um impermeável, um gorro na cabeça e luzes de presença, a chuva não o assustou. No trânsito os outros devem olhar para ele como se ele fosse um maluco, com esta chuva e sair de casa assim tão cedo para pedalar. Eu olho-o com admiração, também eu faço o mesmo incontáveis vezes, também eu sou vista tantas vezes como uma maluca. Gostava de explicar aos outros a sensação incrível de liberdade que é pedalar à chuva, o cheiro intenso a terra molhada, a roupa completamente suja, o frio, o sabor da chuva e dos salpicos de lama na boca, a paixão na pele. É impossível explicar, ninguém é capaz de compreender. Chove miudinho na rua. Sorte a da rua. Cá dentro chovem tempestades.
Regressei onde de Portugal e estava assim mesmo... um tempo chuvoso. Chego ao UK e está um sol radioso. Algo se passa :p
ResponderEliminarBeijinhos,
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O cheiro a terra molhada faz-me lembrar do meu País Natal. Que saudades! Nem todos gostamos do mesmo e eu, mesmo sem bicicleta, adoro apanhar chuva nos meses quentes mas adoro mais ouvir bater a chuva na janela quando estou na cama, pena que não possa estar lá o tempo que me apetece. As obrigações fazem-nos levantar da cama. Beijinhos
ResponderEliminarO cheiro a terra molhada faz-me lembrar do meu País Natal. Que saudades! Nem todos gostamos do mesmo e eu, mesmo sem bicicleta, adoro apanhar chuva nos meses quentes mas adoro mais ouvir bater a chuva na janela quando estou na cama, pena que não possa estar lá o tempo que me apetece. As obrigações fazem-nos levantar da cama. Beijinhos
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