Visto-me de colorido e limpo a corrente, mudo as lentes dos óculos e monto as luzes com a bateria carregada, encho o bidão de água e meto o capacete, volto atrás para pegar em roupa adequada ao frio que se adivinha, escolho as luvas e os sapatos de encaixes que fiquem melhor na roupa que vesti, não saio sem comer qualquer coisa, sem enrolar os phones no corpo e sem colocar a minha música a tocar.
Dou as primeiras pedaladas ainda com a luz do sol, vejo a noite a cair enquanto subo ao topo da montanha, além da música só existem os sons da natureza e da minha respiração. Faço a descida já com a escuridão da noite, à minha frente só vejo os metros que a minha luz consegue alcançar, sinto o frio da noite no corpo e pedalo ainda mais rápido para tentar aquecer-me, olho para o céu e vejo as estrelas e a lua, aproveito cada quilómetro de uma forma especial.
Haverá sensação de liberdade maior que esta? Talvez, se chovesse... E é assim que vejo o Outono a chegar...
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