quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Sou uma gaja traumatizada...

Desde o dia em que nadava no rio, perto da praia em miúda e a corrente me puxou para o mar fiquei sempre com medo da água, nunca mais consegui nadar. Até hoje não sei como saí daquela onda que faz o mar puxar o rio, só me lembro de ver montes de sardinhas à minha volta e não ter força para sair dali (poderia ter sido uma grande perda para a humanidade).
Agora resolvi frequentar aulas de natação para perder este meu medo de uma vez por todas e a coisa tem corrido tãaaooooo... bem...
Já lá vão cinco aulas. Na primeira aula engoli meia piscina de água e só depois de fazer quatro piscinas com o primeiro exercício de respiração (convém fixar, quatro piscinas completas) é que me lembrei que já que tinha óculos podia abrir os olhos debaixo de água e não fazer aquela expressão  fantástica como se alguém me fosse matar. Na segunda e na terceira aulas a coisa correu melhor um bocado, já só engoli uns cinco a dez litros de água. Na quarta aula ao dar um mergulho raspei com o peito dos pés na parede da piscina e ficaram num lindo estado (os pés, a piscina ficou intacta). Na quinta aula o exercício era dar um mergulho e fazer o resto da piscina em golfinhos e não me perguntem como mas ao bater no chão para dar o impulso e voltar abaixo fiquei com o dedo do pé dobrado ao contrário (eu sei que não dá para perceber, nem eu percebo) e agora tenho um dedo que todo ele é uma nódoa negra, não o consigo dobrar e está tão inchado que mais parece um monstro (neste caso um monstro marinho). Hoje será a minha sexta aula (o dedo que se aguente se quiser, faltar à aula é que não falto) e o post é só para vos dizer que vou tentar sobreviver.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Bem sei que é uma grande falha da minha parte deixar de vos presentear durante tantos dias com os meus fantásticos post's (aqui ficaria lindamente um grande LOL, mas eu não escrevo LOL nos meus textos)

Não poderia deixar de vos dizer que sim, que afinal sou uma finisher, a muito, muito custo mas sim, sou mesmo uma finisher (e não, isto não quer dizer que vou terminar o blog). Inscrevi-me numa maratona de BTT que adivinhava pelo gráfico da altimetria muito dureza, tanta que os organizadores prometeram um prémio a quem não desistisse e chegasse ao fim. Eu lá fiz a maratona toda, metade com a bicicleta à mão, posso dizer-vos que o esforço foi tanto que considerei que fui fazer uma caminhada, mas não satisfeita em caminhar 40 Km no monte ainda levei a bicicleta para arrastar monte acima (e confesso que nunca passei tanto tempo no monte). A maratona foi no Gerês e o prémio para os finisher era uma cabra de madeira. A dada altura tinha a opção de me vir embora e fazer uns 4 km pela estrada ou de continuar e subir mais 10 Km ao sol com a bicicleta à mão, mas só me lembrei de 3 coisas. Primeiro, não poderia chegar aqui e dizer-vos que não era uma finisher porque tinha desistido (e o blog foi-me muito útil). Segundo, não poderia ir embora sem a p*** da cabra (que tem a partir de domingo à noite um lugar de destaque lá em casa). Terceiro, só pensava no Rui, um colega meu que todo entusiasmado no início da prova prometeu gravar o track no GPS para mais tarde voltarmos ao Gerês fazer o mesmo percurso em passeio (e o meu pensamento era: Rui, mete o track num sítio que eu cá sei). E tenho dito, sou uma finisher, com uma dor muscular que vai do calcanhar até ao pescoço, mas uma finisher.