A teoria é muito bonita, dá lindos textos, faz frases poéticas. Gosto realmente de uma boa conversa, do som e da entoação das vozes que fluem, da troca de ideias, gosto de promessas e de confissões. Gosto de ler com a alma, coisas que me tocam e que mexem no meu mundo, gosto de falar e de escrever sentimentos, puros e verdadeiros. Apesar de ser uma mulher das letras e palavras, não tenho boa memória para conversas e aquilo que vou lendo posso reler talvez uns anos mais tarde, mas já não me vai dizer o mesmo, já passou vida por mim, o sentido que lhe dou já é outro, a essência da conjugação já mudou em mim. As atitudes gerem a minha vida, uma prova, um acto, um gesto, um comportamento, arrebatam-me o coração, mudam-me o mundo, comovem-me o espírito, irremediavelmente, fazem com que queira sempre retribuir mais tarde, de forma ainda mais intensa. Uma atitude fica gravada para sempre nalgum recanto de mim...
terça-feira, 31 de janeiro de 2012
domingo, 29 de janeiro de 2012
Notícia de última hora: A loira segue as tendências da blogosfera.
E toda a gente sabe que na blogosfera gaja que é gaja mostra os sapatinhos mais lindos. Lá haveria de chegar o meu dia. Sapatinhos de domingo:
sábado, 28 de janeiro de 2012
Os anos passam, os verdadeiros sentimentos não mudam...
2010-01-28
2011-01-28
Eu amo algumas, uma em especial, que chegou à minha vida e ajudou-me a vê-la de outra maneira. Que nem sempre concorda, nem sempre é da mesma opinião, mas sempre aceita e sempre compreende. Que nunca me julga e que está sempre aqui, bem do meu lado quando é preciso. Que me olha nos olhos e me despe a alma.
2012-01-28
Prometo que vou continuar a escrever-te uma declaração de amor a cada ano. Mesmo que estejamos tão perto que te possa entregar um rascunho em mão, mesmo que estejamos tão longe que não te seja possível ler o que te escrevi. Amo-te minha amiga.
quinta-feira, 26 de janeiro de 2012
Quando o dia entardeceu...
Quando o dia entardeceu
E o teu corpo tocou
Num recanto do meu
Uma dança acordou
E o sol apareceu
De gigante ficou
Num instante apagou
O sereno do céu
E a calma a aguardar lugar em mim
O desejo a contar segundo o fim
Foi num ar que te deu
E o teu canto mudou
E o teu corpo do meu
Uma trança arrancou
E o sangue arrefeceu
E o meu pé aterrou
Minha voz sussurrou
O meu sonho morreu
Dá-me o mar, o meu rio, minha calçada
Dá-me o quarto vazio da minha casa
Vou deixar-te no fio da tua fala
Sobre a pele que há em mim
Tu não sabes nada.
Quando o amor se acabou
E o meu corpo esqueceu
O caminho onde andou
Nos recantos do teu
E o luar se apagou
E a noite emudeceu
O frio fundo do céu
Foi descendo e ficou
Mas a mágoa não mora mais em mim
Já passou, desgastei
Para lá do fim
Para lá do fim
É preciso partir
É o preço do amor
Para voltar a viver
Já não sinto o sabor
A suor e pavor
Do teu colo a ferver
Do teu sangue de flor
Já não quero saber
Dá-me o mar, o meu rio, a minha estrada.
O quarto vazio na madrugada
Vou deixar-te no frio da tua fala
Na vertigem da voz
Quando enfim se cala
Coisas minhas...
É engraçado como só sonho acordada. Muito raramente sonho enquanto durmo e quando acontece nem sequer me lembro do que sonhei, fico só com uma vaga ideia, uma lembrança não nítida, uma imagem e pouco mais. Acordada tenho tendência a viajar no tempo e no espaço. Sou criança, sou rainha, sou gigante, posso voar, posso correr, posso sobreviver, estou sozinha, estou no meio da multidão, estou tão perto, estou tão longe, longe demais para que me seja possível voltar, sou eu... Sonho sempre acordada, a cada dia, a cada momento, não paro de sonhar, sempre acordada...
quarta-feira, 25 de janeiro de 2012
Do blog...
Tenho posts guardados para publicar quando me fizerem sentido. Ainda há dias em que nada me faz sentido.
segunda-feira, 23 de janeiro de 2012
...
"Se escrevo o que sinto é porque assim diminuo a febre de sentir. O que confesso não tem importância, pois nada tem importância. Faço paisagens com o que sinto."
Do Livro do Desassossego
Bernando Soares / Fernando Pessoa
sexta-feira, 20 de janeiro de 2012
A primeira coisa que faço é cheirá-lo...
Deixo-me envolver, fico curiosa, imagino histórias, invento o que virá a seguir, vejo os lugares e as pessoas, uma imagem nítida, vejo cada pormenor, como se estivesse ali, a observá-los de longe. Reparo no tom de pele, nos olhos, nos cabelos, na silhueta, no sorriso, nas marcas deixadas pelas histórias de vida. Vivo com eles os momentos e os sentimentos, quero sempre saber mais, descobrir mais, a página que se se segue na vida deles, naquela história que compartilham comigo. Levo-o comigo para todo o lado, acompanha-me, acompanho-o, nos sorrisos e nas gargalhadas, nas dúvidas e nas tristezas, nas paixões, nas viagens, nas aventuras, nas lágrimas. Choro tantas e tantas vezes com ele como se fosse meu amigo, na realidade é mesmo, torna-se um amigo, porque no final deixa sempre saudades pelo que me fez sentir e continuo a pensar nele durante dias e dias. Fica lá, na estante dos bons momentos e se foi importante para mim volta a acompanhar-me mais tarde, para recordar cada sentimento lido, vivido. Mas o melhor mesmo é cheirá-lo, cheiro-o vezes sem conta, não há cheiro melhor que o de um livro.
quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
Tu...
Acho que posso comparar-te ao mar salgado. Quanto mais de ti bebo mais sede de ti tenho. E por mais inconstante que esteja essa tua ondulação arrisco sempre em sentir-te.
quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
Os novos conceitos de Amor...
Numa saída de sexta à noite encontrei o kiko, um loiro de olhos azuis de quem já vos falei anteriormente que me arrebata o coração. Como sempre, tive direito a beijos, a abraços, a uma conversa onde posso aprender sempre algo, afinal o kiko com os seus 6 anos, pode ensinar-me muitas coisas. Falou-me da familia, dos jogos, dos telemóveis, do pai que o leva tomar café e o deixa ficar até à meia noite, mas só às vezes e ao fim de semana, falou-me da escola, convidou-me a fazer-lhe uma visita, sentou-se ao meu colo e a meio da conversa:
Kiko: - Eu também posso pagar copos, tenho dinheiro.
Loira: - A sério? Mas hoje pago eu. Quando tiveres sede dizes à Vera que ela vai-te buscar outro sumo.
Kiko: - Eu sou rico.
Loira: - És rico? Eu não sabia. Também queria ser rica, o que tenho de fazer?
Kiko: - Se fosses como eu podias ser rica, todos me dão dinheiro, o meu pai dá-me dinheiro, o meu padrinho e a minha madrinha também, os meus tios e até os meus avós. O meu avô no Natal deu-me 100 Euros.
Loira: - A sério? Isso realmente é muito dinheiro.
Kiko: - Sim, é uma nota verde. Posso pagar copos.
Loira: - Não gastes a nota para pagar copos, guarda para uma coisa que queiras mesmo comprar, uma coisa que queiras mesmo muito.
Kiko: - Está bem. (com uma cara pensativa)
Loira: - O que é que tu queres mesmo comprar?
Kiko: - Oh... o que eu queria mesmo era uma namorada.
Loira: - Uma namorada? Mas não podes comprar uma namorada.
Kiko: - Oh...
Loira: - Tens de conquistar uma, mas com muito amor, o amor não se pode comprar.
Kiko: - Eu já sei isso tudo.
Loira: - Então conta-me lá como vais conquistar uma namorada?
Kiko: - Olha... Vou usar os 100 Euros para comprar um Audi descapotável.
terça-feira, 17 de janeiro de 2012
...
"O meu mundo não é como o dos outros, quero demais, exijo demais; há em mim uma sede de infinito, uma angústia constante que eu nem mesma compreendo, pois estou longe de ser uma pessoa; sou antes uma exaltada, com uma alma intensa, violenta, atormentada, uma alma que não se sente bem onde está, que tem saudade… sei lá de quê!"
Florbela Espanca
segunda-feira, 16 de janeiro de 2012
domingo, 15 de janeiro de 2012
Já vos tinha dito que tenho uma Treinadora?
Isto de andar pelas montanhas de bicicleta não me trouxe só benefícios físicos e superação pessoal. Trouxe-me uma maneira diferente de ver a vida e um espírito de amizade e de companheirismo que por muitas palavras que use me é difícil descrever. Trouxe-me pessoas sem as quais já não me imagino.
A Treinadora ganhou o apelido não pelo estatuto mas pelo carinho, pela admiração, pela maneira como nos mima, pela calma, pela força, pela sabedoria, por tudo o que representa, principalmente para nós mulheres.
Hoje a treinadora não veio pedalar, semana passada sofreu uma queda da qual resultou uma lesão um bocadinho grave, o que me deixa além de solidária, bastante triste. Hoje também é o aniversário da Treinadora, mas como ela detesta este dia isto não é um post para lhe desejar os parabéns, isto é só um post para dizer que daqui a vinte anos, quando eu fizer cinquenta, como ela, quero muito ter aprendido ainda mais sobre a vida com ela, quero muito ter esta força de viver, esta garra e esta forma de ver o mundo e conquistar os outros. Apesar de ter agendado este post precisamente para a hora em que estou com ela, isto é só um post para enviar um beijo do fundo do coração para a Treinadora, a minha, a nossa.
sexta-feira, 13 de janeiro de 2012
Conclusões de Loira...
As pessoas não mudam. Até podem tentar, mas não mudam. Disfarçam durante algum tempo, convencem alguns que mudaram, mas continuam exactamente igual. Ninguém consegue fingir durante muito tempo, ninguém consegue vestir uma pele diferente, ninguém consegue apagar marcas de personalidade. As pessoas são o que são, não mudam nunca.
quinta-feira, 12 de janeiro de 2012
A minha amiga...
Está sempre presente quando eu preciso, tem-me presente quando precisa. Sorrimos juntas, choramos juntas, vivemos juntas cada coisa boa ou má, ainda que esteja presente só uma de nós. Lê-me a alma, leio-lhe a alma. Não é necessário perguntar se está tudo bem, basta um olhar. Ela ontem disse "Faz-te falta voltar a escrever no blog" e tinha toda a razão. Que saudades deste sentimento que é escrever e saber que alguém, em algum local por aí, hoje, ou um dia destes vai ler-me. Que saudades de vós e deste espaço que é só meu, embora partilhado com o resto do mundo.
Que soltem os fogos... que rufem os tambores... a Loira voltou.
Escrever acalma-me a alma e eu trago a minha a transbordar de emoções...
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