quinta-feira, 27 de abril de 2017

Chegar

Pedalei 420 km e subi mais de 6400 metros de acumulado, atravessei montanhas e vales, descobri sítios novos,  larguei os travões e desci, olhei em redor até ao infinito, respirei fundo e encarei a subida de frente, cansei-me e recuperei, atingi metas e sorri muito, cheguei feliz, tranquila e em paz. Uma paz inexplicável. Chegar em paz tem outro sabor, é menos emotivo mas muito mais intenso. Em cada Caminho há algo que muda, sou eu e a forma como olho para a vida e para o mundo. Chegar não é a meta, a meta é O Caminho, a meta são todos os caminhos que há a percorrer, a meta é viver. Chegar, que seja sempre em paz, nesta paz imensa e infinita.

sexta-feira, 21 de abril de 2017

Vou ali e já volto





Mas só depois de 4 dias a pedalar, 420 km e quase 6000 metros de acumulado de subida. Só depois de mais um Caminho, de mais uma viagem e de mais uma grande aventura. Só depois de trazer comigo mil histórias para contar. Que seja um Bom Caminho. E que O Caminho nunca acabe.

quinta-feira, 20 de abril de 2017

Suspiro...

Tracei no meu mapa novos horizontes, delineei novas metas, arrisquei a percorrer estradas sem fim e sei agora que há infinitos trilhos para descobrir. Colori os meus dias como nunca. Esqueci-me de escrever sobre tudo isto mas continuo a inspirar-me na vida e escrever sobre ela continua a ser necessário e apaixonante. Vejo, descubro e sinto coisas novas todos os dias, os sonhos multiplicam-se a cada minuto, a lista de objectivos a atingir é interminável neste momento. Quero ver mais, ouvir mais, conhecer mais, fazer mais, sentir mais, quero mais de tudo para mim. Quero partir, ir, fazer, acontecer. Viver é intenso e eu estou apaixonada pela vida. Suspiro...

terça-feira, 11 de abril de 2017

Biomecânica, essa coisa do demo

Resolvi um destes dias fazer uma biomecânica à minha bicicleta. O que é uma biomecânica? Perguntam as duas alminhas que ainda passam por aqui ao engano. Uma biomecânica é uma medição e ajuste da bicicleta ao atleta, de forma a que os dois estejam em plena sintonia na pedalada. Pelo menos era nessa treta que eu acreditava quando inocentemente fui fazer a merda da biomecânica. O que é que aconteceu? Perguntam as duas alminhas que ainda passam por aqui ao engano. Aconteceu que me mexeram tanto nas medidas da minha bicicleta que o meu corpo que antes se encaixava nela de forma natural agora simplesmente nem a reconhece. Teoricamente agora os meus músculos, as rotações das pernas, os tendões, os ossos e tudo o resto está a trabalhar de forma correcta enquanto pedalo. Na prática é um desconforto, são dores, é falta de força, é uma irritação que só me apetece voltar para casa o mais rápido possível. Teoricamente tudo isto é normal, há um período de adaptação e daqui a uns dias eu vou sentir-me em casa a pedalar, basta ter calma e pensar na minha saúde no futuro. Na prática apetece-me mandar quem me diz isso para o caralhinho que o foda e voltar a colocar a minha bicicleta como estava.
Pronto, era só isso, um desabafo, podem ir às vossas vidas as duas alminhas que ainda passam por aqui ao engano.
A biomecânica? A minha mãe agradece, anda há mais de 7 anos a foder-me a cabeça para eu deixar de pedalar sem qualquer sucesso e agora esta obra do demo aparece e faz com que todos os desejos dela quase se tornem realidade.

quarta-feira, 5 de abril de 2017

Discriminação?

Porque é que numa prova de tempos cronometrados as equipas masculinas e mistas podem optar pelo trajecto maior ou pelo trajecto menor, conforme a sua vontade e a sua preparação física, e as equipas femininas só podem fazer o trajecto menor, ficando desclassificadas se escolherem fazer o maior? 
Discriminação? Claro que não. É só porque nós mulheres temos de ir virar o assado que deixamos no forno antes de ir para a maratona, não vá aquela merda queimar-se e depois já não há almoço. E isso sim, era uma grande chatice.

segunda-feira, 3 de abril de 2017

Mas que doença é esta?

Não é falta de tempo e muito menos de concentração, não tenho nenhum problema para resolver, nem nada que me preocupe, não me perco a meio da página a pensar numa outra coisa qualquer, simplesmente não me apetece ler, tenho os livros ali de lado, sem vontade nenhuma de lhes pegar, não me lembro da última vez que li e estou quase a cortar os pulsos por causa desta falta de vontade de me perder numa das minhas grandes paixões. Não arranjo explicação nem sei onde encontrar o meu síndrome de leitora compulsiva. Não consigo simplesmente sentar no sofá e ler, tão natural e necessário como quem respira, como sempre foi. Mas que doença é esta, que não curou, nem quando fiquei doente e não tinha mais o que fazer?

Do Pedal para o Blog #4