quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Primeiro post realmente Fashion do Também quero um Blog

Gaja que é gaja sabe impressionar, seja quando vai a uma festa, para o trabalho, para o ginásio ou até mesmo para o BTT. Um dia destes, no final de uma maratona decidi impressionar, pelo que meti no saco o meu nécessaire com tudo o que me é indispensável nos meus dias de gaja. Champô, creme de cabelo, creme de caracóis, creme da cara, duas bases, sombras, lápis dos olhos, batons, rímel, esfoliante de cara e de corpo, creme de corpo, gel de banho, desmaquilhante, toalhitas, secador de cabelo, creme de mãos, enrolador de pestanas, protector solar, desodorizante, perfume e mais algumas merdas destas que me posso estar a esquecer agora e até, algumas em duplicado que eu cá quando meto o nécessaire ao saco vai tudo lá para dentro. 
E agora vocês perguntam o que raio é isso de impressionar no final de uma maratona e eu digo que é sair dos balneários e fazer acreditar os colegas dos pedais que não fizemos a maratona, é preciso também ter amigos espalhados por lá e quando algum grupo comenta eles serem capazes de dizer "Fizeram sim, a maratona toda e ainda chegaram primeiro que vocês que eu vi." Impressiona, não digam que não. Bem, pelo menos nesse dia eu impressionei, aos outros e a mim mesma pela estupidez que fiz e que só reparei quando cheguei a casa, abri o saco e vi que me tinha esquecido num balneário de uma terra longínqua qualquer do meu nécessaire com TUDO lá dentro, socorro... Depois de uns minutos de desespero telefono para a organização da maratona, o senhor muito prestável diz-me que sim, que pode ir confirmar se as minhas merdas ainda lá estão mas só no dia seguinte que a piscina que cedeu o balneário para os nossos banhos já estava fechada. É o horror, é o pânico, mais umas horas de desespero. No dia seguinte o senhor muito atencioso lá me telefonou disse-me que já tinha as minhas coisas com ele (aleluia) e que podíamos combinar um encontro. Num feriado de manhã, ainda nessa semana fui ter com ele, estacionei o carro no local de partida da maratona e uns minutos depois vejo um homem numa bicicleta com um nécessaire cor-de-rosa pendurado no guiador a vir na minha direcção e posso dizer-vos que nunca tive imagem mais bonita em toda a minha vida de BBTista e de gaja.
Depois de tomar o peso das minhas coisas mais umas duas ou três vezes antes de me entregar o nécessaire ainda perguntou se eu tinha feito a maratona toda ou se tinha atalhado, como muitos, lá o convenci que fiz a maratona toda (porque fiz mesmo) e a mim parece-me que impressionei. 


"A viagem não acaba nunca. Só os viajantes acabam. E mesmo estes podem prolongar-se em memória, em lembrança, em narrativa. Quando o visitante sentou na areia da praia e disse: “Não há mais o que ver”, saiba que não era assim. O fim de uma viagem é apenas o começo de outra. É preciso ver o que não foi visto, ver outra vez o que se viu já, ver na primavera o que se vira no verão, ver de dia o que se viu de noite, com o sol onde primeiramente a chuva caía, ver a seara verde, o fruto maduro, a pedra que mudou de lugar, a sombra que aqui não estava. É preciso voltar aos passos que foram dados, para repetir e para traçar caminhos novos ao lado deles. É preciso recomeçar a viagem. Sempre."

José Saramago

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Sonhos muito meus...

Desde que comecei a andar de bicicleta, fez ontem precisamente 3 anos, desde esse primeiro dia que me nasceu um sonho aqui dentro do peito, ainda não tinha preparação física mas comecei a sonhar com Santiago de Compostela, sair daqui, da minha cidade e fazer O caminho para chegar lá aproximadamente 300 km e 3 dias depois. Treinei para isso, fiz Km, fiz uma grande viagem num fim-de-semana para testar a minha capacidade física e estava tudo a correr bem para partir a caminho de Santiago em Maio, o meu corpo traiu-me, os meus joelhos não me deixaram partir e eu fiquei muito triste naquela altura. Um dos amigos que me acompanha nas pedaladas praticamente desde o início, aquele que estava a organizar a viagem chamou-me, ofereceu-me o Jersey que tinha feito para as pessoas que iam e disse-me que estava a dar-me aquilo como promessa que eu ia a Santiago ainda naquele ano. Emocionou-me e deu-me força para continuar a treinar. Naquela altura, ainda não tinha praticamente equipamentos nenhuns, só uns foleiros daqueles que se compram nas lojas de desporto, não tinha Jerseys de equipa, não tinha Jerseys de maratonas, aquele era lindo e de cada vez que saía de casa para andar de bicicleta olhava para ele, mas nunca tive coragem de o vestir, não me achava digna de vestir um Jersey com o estampado do caminho de Santiago, aquilo era algo maior, era um sonho por cumprir. Em Outubro desse ano o meu amigo organizou outra viagem e às quatro da manhã, num dia de temporal eu estava pronta para partir, levava o Jersey na mala, foi a viagem mais difícil de fazer de toda a minha vida, a tempestade, os joelhos que me voltaram a trair e a falta de experiência fizeram-me sofrer muito para lá chegar, duvidei se conseguiria, ainda durante a viagem não vesti o Jersey, pensava que se não conseguisse chegar à catedral nunca o iria vestir, só no último dia, já perto de Santiago é que me atrevi a vesti-lo e cheguei lá com ele. Desde esse dia, já ganhei vários, muitos Jerseys, já não me cabem numa gaveta, tenho inúmeros de maratonas, tenho de equipas, de lojas e até tenho um outro do caminho de Santiago, desde esse dia já me nasceram aqui dentro muitos mais sonhos, um deles é fazer o caminho Francês de Santiago, sair de Saint-Jean-Pied-du-Port, nos Pirenéus e pedalar cerca de 900 Km até Santiago de Compostela, desde esse dia já pedalei milhares de km, tenho incontáveis recordações, mas aquele primeiro Jersey e o que senti quando o vesti pela primeira vez vão ficar-me para sempre gravados na alma e no coração.

Já vos disse que puxei o sentido de humor do meu pai?

Hospitalizado queixava-se da comida, que não queria comer, que não sabia a nada, que isto e que aquilo, eu pensava que era birra ou mimo, afinal ele sempre foi esquisito com a comida. Um destes dias decidi provar:
Pai da Loira: - Então prova, vais ver.
Loira: - Bem... quando vou andar de bicicleta e me salta lama para a boca ainda sabe melhor que isto. (aquilo era mesmo um nojo)
Pai da Loira: - Eu bem te disse que o arroz ainda conseguia ser pior que o teu.
 
 
É mesmo engraçado o meu Pai...

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Isto deve ser uma crise de meia idade, ando uma lamechas do pior...

As túlipas sempre foram as minhas flores preferidas, acho-as lindas e elegantes, curvam-se quando acham que devem curvar-se mas voltam a erguer-se e ficam ali, a ver o mundo de pé,  abrem-se para o sol e descansam as pétalas durante a noite, sempre gostei disso nelas, mas o que mais gosto é o facto de depois de as cortarem pelo pé, ainda assim elas continuarem a crescer, não desistem da luta diária, duram mais dias que o normal e morrem de pé ainda maiores do que quando as cortaram no jardim. Gosto delas, sempre gostei. 
Esta semana uma senhora que faz natação comigo soube que fiz anos e trouxe-me uma flor, emocionou-me o gesto da senhora que mal me conhece, a não ser da piscina mas que se lembrou de mim e me acarinhou. Sempre fui emotiva quanto aos gestos das pessoas mas agora estou mais que nunca, deve ser a idade ou as hormonas. 
Esta semana por causa da senhora fiquei a gostar ainda mais de túlipas, trouxe-me uma e disse que de todas as flores da estufa dela a túlipa é a mais parecida comigo, mesmo sem saber que sempre foram as minhas flores preferidas.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Post com elevada probabilidade de se tornar viral...

Eu gosto da minha prima Milene e a minha prima Milene gosta de gatos. Eu gosto da blogosfera e a blogosfera gosta de gatos, mesmo assim apetece-me escrever sobre isto e digo-vos desde já que eu sempre fui mais de cães, mas o post é sobre a minha prima Milene e os quatro gatos dela. Eu tenho tendência em aceitar positivamente a pancada dos outros porque reconheço em mim também uma ou outra pancada (bem fortes, por sinal). Eu oiço a minha prima Milene sempre que lhe apetece falar apesar de todas as conversas dela serem sobre gatos, aceito, compreendo, eu própria sou chata quando se trata da bicicleta (vocês sabem bem disso). Eu não compreendo como é que alguém acha piada ao facto de os gatos terem rasgado as cortinas novas ou o sofá que comprou no verão passado, mas rio com ela das histórias. Eu não compreendo como é que alguém considera a hipótese de sair de casa quando conseguir engravidar para poder lá deixar os gatos confortavelmente, uma vez que não é imune a uma tal de doença transmitida pelos gatos (não me perguntem porque nunca tive gatos e nunca engravidei), mas aceito e apoio, até lhe ofereci a minha casa. Eu não compreendo como é que alguém acha piada ao facto de encontrar animais mortos em casa trazidos da rua pelos gatos mas oiço-a atentamente. Eu até aceito quando ela compara os gatos aos sobrinhos, quando os filhos forem meus digo-lhe umas verdades, mas como são da irmã, o problema é delas. Eu até brinco com os gatos quando vou a casa dela, eles são fofos. Juro-vos, eu tenho uma paciência de cão com isto dos gatos, mas esta semana a minha prima Milene chegou a minha casa para me trazer o presente de aniversário e o embrulho vinha todo esfarrapado, então ela diz-me para não ligar ao embrulho porque os gatos andaram a brincar com a minha prenda. A sério, eu mereço?

Se isto fosse um Bike Blog com certeza teria um post com as expressões mais usadas por essa gente que pedala

- Claro que aguentas, até "um nome qualquer" foi. - Isto é só para incentivar, normalmente aguenta mas chega ao fim quase morto ou então teve que atalhar para conseguir chegar vivo.
- Só cheguei agora porque furei 3 vezes. - Será? 
- Morri 3 vezes nesta subida. - Isto é mau, muito mau, acontece-me muitas vezes.
- Só faltam 10 Km. - Só???
- Isto é lindo! - Normalmente aos gritos quando chegamos ao topo da montanha.
- É a loucura!!! - A gritar ainda mais enquanto descemos sem usar os travões. Adoro fazer isto.
- Só falta uma subida. - Mentira... sempre mentira.
- Agora é sempre a descer. - Mentira ainda maior.
- Carrega ferro. - Desmonta e sobe com a bicicleta às costas.
- Tira ferro. - Usa a velocidade mais leve porque vem aí uma subida que mete medo.
- Estou com cãibras na corrente. - Esta fui eu que inventei, sou mesmo engraçada.
- Ele partiu o Drop Out da frente. - Peça da bicicleta que só existe no pneu de trás.
- Estava lá atrás um javali. - Desculpa usada para explicar porque fez a subida com a bicicleta à mão.
- Estou tão forte que até parto correntes. - Ou então parto-as porque me esqueço de as lubrificar.
- Ainda semana passada subi isto sem desmontar. - Será? Alguém viu?
- Só parei a meio da subida para tirar umas fotos. - Será? Vais mostrar as fotos a alguém?
- Calaceiros. - Palavra carinhosa para demonstrar amizade pura e verdadeira.
- Está um dia óptimo para a prática da modalidade. - Expressão usada quanto está sol, ou a chover, ou frio, ou neve, ou tempestade de granizo, ou qualquer outra circunstância que não me lembro agora.
- Não é preciso levar luzes, chegamos cedo. - Normalmente acontece sempre o contrário.
- Eu sei o caminho. - Vá-se lá entender porquê esta expressão assusta-me.
- Mas que grande empeno. - Normalmente quando no dia seguinte não é possível sentar ou caminhar normalmente.
- Se pedalasses como falas. - Tipo, cala-te. 

Quando me lembrar de mais algumas actualizo o post.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Faz 31 anos que nasci...

Espero fazer deste o ano da minha vida. Tenciono ficar por cá para vos contar tudo. Feliz ano para mim.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

O post romântico que faltou por aqui no dia dos namorados

Amor é: "Pus óleo na tua corrente e esqueci-me de pôr na minha."

Eu bem disse que já vos mostrava o verdadeiro motivo dos meu grandes traumas

E eu não sei o que se passa em relação a vocês mas a culpa de todos os meus traumas é mesmo da minha mãe, que me traumatizou com os caracóis, já que me plantava uma palmeira em cima da mona, nem vou comentar. Que me traumatizou com as fotografias, já que me tirava uma de cada vez que me comprava uma roupa nova, acho que o sonho dela sempre foi ver-me a ser uma fashion blogger no futuro, até aos meus dez ou onze anos, altura em que me tornei uma revoltada tenho uns sete ou oito álbuns daqueles bem fixes onde se colavam as fotografias. Nem vos conto (mostro) o trauma que tenho a Carnaval.


Mas voltando às fotografias, a minha mãe olha para esta que vos mostro hoje e vê o quanto eu adorava fotografias, até deitei o meu doce ao chão com medo de ficar mal, quando me tiravam as fotos eu dizia sempre que queria mais uma e outra. Eu olho para isto e vá-se lá entender porquê só vejo pânico. Não admira que seja uma gaja traumatizada.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Pequeno apontamento que actualiza o post anterior

Hoje o meu pai reparou bem em mim, estava a dar o Benfica mas mesmo assim ele reparou em mim e disse que eu parecia a Fofinha, que é nada mais nada menos que a nossa falecida caniche. Vou ali cortar os pulsos e já não sei se volto.

Estou farta de vos dizer que sou uma gaja traumatizada

E agora mesmo enquanto escrevia o título do post lembrei-me de vos mostrar o grande motivo dos meus traumas, vai ser já a seguir. Mas vamos ao que interessa, um dos meus grandes traumas sempre foi os caracóis, não os caracóis tipo lesma munido de concha, esses devem ser o trauma do meu primo, porque um dia na infância dele, minha adolescência apanhei-o a comê-los do jardim, mas os outros, os caracóis em forma de espiral em madeixa de cabelo. Passei uma vida inteira, pelo menos desde que me lembro a tentar eliminá-los de vez da minha linda e loira cabeça, de todas as maneiras possíveis e imagináveis. Já toda a gente sabe (ou pelo menos umas duas ou três pessoas mais atentas e que não tenham mais nada de interessante para fazer na vida do que vir aqui ler as parvoíces que escrevo) que preciso de mudanças de tempos a tempos. Como agora não tinha mais por onde mudar resolvi-me não só a assumir os meus lindos caracóis como também a comprar mais uns quantos para plantar na mona. Devo dizer-vos que pareço uma loira vinda directamente da África. Há quem diga que estou gira, há quem diga que uma coisa é certa, que coragem não me falta, há quem pergunte se é um penteado de Carnaval, há quem diga que mais pareço uma boneca, há quem fique de boca aberta a olhar para mim e se esqueça do que me vinha dizer e há quem pergunte se fui à cabeleireira fazer aquilo ou à sex-shop. 
E é isto a minha vida, como não quero fazer nenhum post romântico escrevo coisas que não interessam a ninguém, ide lá às vossas vidas.

Bem sei que é dia dos namorados e coiso...

Bem sei que lindo, lindo era fazer um post cheio de corações ou publicar uma música romântica. Lindo era fazer uma declaração de amor daquelas que fazem vir as lágrimas aos olhos de quem as lê. Mas sei lá, nunca gostei muito de gestos ou palavras com dia marcado. Lá para a semana sou gaja para cozinhar o jantar toda nua, se não estiver muito frio, claro está. Hoje não há nada para ninguém, o dia dos namorados nunca me inspirou. 

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

(Re)Post, do coração...

Penso que é a isto que chamam de maturidade já que foram os anos e as experiências de vida que mudaram em mim o coração. Sempre me apeguei demais às pessoas, aos momentos. Achava que entravam na minha vida para nunca mais sair, o meu coração era uma espécie de hotel onde só era permitido fazer o ckeck-in, depois de entrar tinham que viver lá para sempre. E era enorme este hotel, poderia viver cá o mundo inteiro, sem nunca precisar de fazer o check-out. Por causa disso, o coração ficou-me destroçado tantas e tantas vezes e o hotel quase desmoronou.  Demorei alguns anos, mas consegui construir cá dentro do peito uma espécie de chalé aconchegante onde habitam pessoas realmente importantes. Há sempre lugar para mais um aqui, os hóspedes são sempre muito bem recebidos, mas a gerência (ou o coração) tem a plena consciência que uns querem cá viver, outros alugam o espaço por tempo indeterminado e há aqueles que só querem lá passar férias. Por vezes ainda há algumas lágrimas na despedida, mas o melhor é fazer uma limpeza, preparar o quarto para os que chegam a seguir e manter sempre as portas abertas, para os que querem realmente viver por lá (ou por cá) para sempre.

Pergunta de Carnaval

Chega o dia em que alguém te diz: "Estás linda com esses cornos. A sério... ficam-te mesmo bem. Acho que nasceste para ter cornos."

Era um elogio, não era?

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013


"Ontem adormeci rascunho, hoje acordei poesia."

Quem nasce para macaquinho nunca chega a chimpanzé... (Eu bem sei que se diz: Quem nasce para lagartixa nunca chega a jacaré, mas apeteceu-me mostrar que tenho uma imaginação muito fértil)

Sou uma triste, é isso que eu sou, uma triste. Juro-vos que podia ser uma fashion blogger, sou vaidosa, tenho uma panca por sapatos e outra por malas, adoro vestir-me bem, podia ir vender acessórios de moda para a feira durante três meses e aposto que não acabavam, adoro saias e vestidos, calças e meias, casacos e coletes e tudo mais que possam imaginar, até gravatas. Ando sempre com o cabelo arranjado e não saio de casa sem me maquilhar. Certo dia fui conhecer uma miúda dessas que também escreve (ou escrevia) num blog e a primeira coisa que ela me disse foi "Tchi... podias ser uma fashion blogger".
Só não sou uma fashion blogger por duas razões. Primeiro, detesto que me tirem fotografias e mesmo que gostasse tenho sérias dúvidas se conseguia arranjar alguém com paciência para me tirar mil fotografias por dia das quais eu ia achar que só uma é que estava em condições para publicar e mesmo essa podia ser muito melhor. Segundo, porque sempre achei mais fashion escrever.
Depois chega o dia em que pela primeira vez na vida eu publico um post sobre um estampado (estou a falar desse post mesmo abaixo, isso, esse mesmo) e ninguém, nem uma alminha caridosa repara na porcaria do estampado. A sério, vocês imaginam a trabalheira que me deu tirar a fotografia ao estampado para vos mostrar? Sou uma triste, é isso que eu sou, uma triste.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

A Luz... (Não a luz da lâmpada, não a luz do sol mas a Maria de Luz, ou Luz Maria como eu lhe costumo chamar)

Conheci a Luz quando mudei de ginásio, há relativamente pouco tempo, nunca tivemos uma conversa íntima ou que durasse mais de dez minutos, ela chega sempre depois de mim, falamos um bocado das aulas do ginásio ou das pessoas em comum, qualquer coisa de trabalho e mais nada, fico pronta primeiro do que ela, vou para a sala de cycling, guardo-lhe uma bicicleta ao meu lado porque ela me pede, fazemos a aula, ela vai embora e eu vou para a natação. Não sei se ela é casada, solteira, divorciada, complicada ou outra coisa qualquer, não sei se tem filhos, só sei que tem uma mãe porque já me falou dela. Um destes dias trouxe-me uma camisola da firma dela, eu fiquei sem jeito, agradeci e não percebi. Depois trouxe-me outra e ainda outra, eu tentei explicar que não me sentia muito bem por ela me oferecer as camisolas e ela retribuiu-me com um abraço, fiquei ainda mais confusa. Passado uns dias trouxe-me mais uma e eu continuei a não me sentir muito bem com a situação e a não perceber muito bem porque o faz já que nem a posso considerar uma amiga (no verdadeiro sentido da palavra), uma vez que mal a conheço. Esta semana ofereceu-me mais uma camisola e ao contrário daquilo que se passa comigo, parece que ela me conhece bem. E pensar que nunca fui adepta de estampados...


Informação importante: Isto não é um momento publicitário, a Luz não está a divulgar nenhuma marca, não vende nada através da Internet, não me pediu para dizer que as camisolas dela é que são e que assentam que é uma maravilha, não sabe sequer que eu fiz este post porque nem sabe que eu tenho um blog, aliás, a Luz é bem capaz de nem saber o que é um blog.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Quando quero consigo ser muito Querida...

Conversa de domingo entre a Loira, a mãe da Loira e o Moreno:
Loira: - Mami, sabes quem faz anos na Terça? (a piscar o olho)
Mãe: - Não sei... (a entrar na onda)
Loira: - O Moreno...
Mãe: - Mas acho que conheço mais alguém que faz anos no dia 5, acho que não estou enganada.
Loira: - São as gémeas e também o Cristiano Ronaldo.
Mãe: - Pois são, as gémeas...
Loira: - E não te esqueças do Cristiano Ronaldo que nasceu no dia do meu Moreno, só é pena não terem nascido com o mesmo talento.
Moreno: (Com ar de quem não nos está a ligar nenhuma) - Não te queixes dos meus talentos que provavelmente se tivesse nascido com o mesmo do Cristiano não me tinhas conhecido.
Loira: - Pois não, tinhas uma Irina. (com um ar de gozo)
Moreno: - Também não disse isso.
Loira: - Coração, acontece que tu só nasceste para me conhecer, só isso, esse é o sentido da tua vida. (com um ar muito importante a que o Moreno já está habituado).
Moreno: (com ar de espera lá que a conversa já me está a agradar) - A sério? Fundamenta essa ideia.
Loira: - Diz-me coração, porque outro motivo terias tu nascido assim, com tanta paciência...

É como vos digo, quando quero consigo ser mesmo muito querida, pelo menos é o que diz a minha mãe. Já o Moreno diz que eu arranjo sempre resposta para tudo.

Se eu desaparecer não desesperem, hei-de voltar linda e loira como sempre...

2013 começou bem, com boas notícias, com boas perspectivas de mudanças e apesar das coisas menos boas herdadas de 2012 e da vida, claro está, tenho conseguido resolver tudo da melhor maneira possível. Desde o início do ano já conheci "intimamente" três hospitais da zona norte, a sala de uma advogada, a fila para a segurança social, duas salas de tribunal, uns processos que nem quero falar deles, quanto vão perder para IRS todos os funcionários da firma e quanto vão ganhar com a porcaria dos duodécimos, já tive umas quantas reuniões para tratar de assuntos graves e inadiáveis. Ando por aqui, feita barata tonta a correr de um lado para o outro e a tentar resolver tudo o melhor e o mais depressa possível, tenho sono e estou cansada. Um dia destes resolvi cagar para as obrigações e tirei duas horas para as coisas que realmente gosto, fui fazer uma aula de cycling e a seguir uma de natação, saí da última aula a correr já a pensar no que tinha para fazer e no dia seguinte e quando fui pegar nas coisas para tomar um duche tinha dentro do meu saco uma prenda, resolvi parar um minuto para a abrir e era um livro. Quem me conhece bem sabe que quando me oferece um livro está a oferecer-me não só um amigo como uma história e horas muito bem passadas. Um dia, lá atrás, esta mesma amiga que me deixou o livro dentro do meu saco abandonado no balneário disse-me que "gostava de pessoas que a fazem sorrir quando ela menos espera e mais precisa", eu também.