quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Os estraga fodas

A vizinhança grita sempre GOLO antes da bola entrar na baliza na minha televisão.

Queridos violadores, sequestradores e pedófilos deste país

Apresento-vos a blogosfera.

Um local onde apenas com um clique podem ter acesso a todo um mundo de oportunidades. Um local onde as mães expõem a intimidade dos filhos todos os dias. Um local onde se publicam fotos de crianças, mais e menos íntimas, demasiadas vezes mais íntimas do que aquilo que seria de esperar. Um local onde se contam os segredos mais secretos dos filhos. Um local onde terão acesso a informações preciosas de presas fáceis. Um local onde, com apenas alguma atenção, saberão muito facilmente onde encontrar as crianças. Um local onde os pais partilham a escola que os filhos frequentam, o sítio onde moram, as actividades, os horários e as rotinas dos miúdos. Um local onde ficam a conhecer toda a família e os seus hábitos. Um local onde podem invadir a privacidade das famílias e das crianças sem ninguém notar a vossa presença. Um local onde são os pais que vos abrem, que vos escancaram as portas de casa. Um local onde aparentemente não há momentos de lucidez e ponderação. Um local onde os números de visitas e o retorno financeiro que delas provém compensa tudo o resto. Um local que é alimentado por pessoas que provavelmente não têm amigos, familiares, conhecidos, vizinhos, alguém que lhes explique os riscos que correm, ou que faça seja lá o que for que ponha em causa a sanidade mental e a capacidade de protecção dos menores.

É assim a blogosfera, estejam à vontade, sirvam-se, por favor.

terça-feira, 29 de setembro de 2015

Fui à Lello

A livraria, no Porto, considerada umas das mais bonitas a nível internacional e que há uns meses atrás começou a cobrar dinheiro à entrada. Os 3 € que se pagam para entrar na Lello são dedutíveis na compra de livros e segundo li na altura, com esta decisão a Lello pretendia voltar a ser reconhecida como livraria e não apenas como espaço turístico.
Comprei o bilhete e fiquei na fila à espera, para entrar. Já lá dentro não me conseguia deslocar e entre encontrões e minutos de espera para que os grupos acabassem de tirar as suas fotos lá percorri o espaço, sem espaço. Subir as escadas exigiu-me paciência e uns bons reflexos para me conseguir desviar de um e outro flash. Aproximar-me dos livros era praticamente impossível para mim. Sou suspeita, detesto multidões e sou completamente apaixonada por livros, queria estar na Lello em silêncio, queria poder percorrer os corredores, analisar os livros, cheirar a paz e apreciar as paredes repletas de páginas, de histórias e de vida. Queria poder viver o momento de estar ali, como quero sempre que entro num local de veneração. Sim, para mim uma livraria é tudo isso. Posso também ter entrado na Lello na hora errada, pode ter acontecido de toda a gente querer ir lá na mesma hora que eu, mas se a Lello é sempre aquilo que vi quando lá fui não quero lá voltar. Vim embora rapidamente com o primeiro livro da minha extensa lista que tive a sorte de deslumbrar e com a sensação de que os 3 € que cobram à entrada não chega, deviam cobrar mais, limitar a entrada a um número reduzido de pessoas, limitar o tempo para se poder estar lá, fazer qualquer coisa. Estar dentro de uma livraria como a Lello é algo único, não deveria ser, jamais, uma espécie de romaria. 

Loiretes ao poder - 12

Nem consigo explicar o orgulho que tenho desta Loirete, começou a pedalar há pouquíssimo tempo e além de um grande estilo e de grandes fotografias já tem uma grande pedalada. A Uva Passa chegou à blogosfera e conquistou-me no mesmo dia, escreve maravilhosamente bem e é uma passada, capaz de tudo, até de começar a pedalar. Adoro-te Uva, estou mesmo feliz por seres uma Loirete. 


segunda-feira, 28 de setembro de 2015

O post genial

Há dias em que até a coisa mais insignificante serve de tema para o post genial. Há dias em que a coisa mais importante do mundo não merece ser escrita. O post genial é aquele que temos a certeza absoluta que o é no momento em que clicamos no "Publicar".

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Não consigo explicar

Imaginem que vão a uma maratona de BTT com quase 3000 inscritos, imaginem a linha de partida da meta com aquelas pessoas todas e com tantas bicicletas, imaginem o que é começar a pedalar no meio daquela gente toda, imaginem o que é entrar no monte, subir, descer, fazer trilhos espectaculares e viver aqueles km no meio de tantas pessoas, imaginem o que é centenas de ciclistas a invadirem as montanhas e o sentimento que é estar lá no meio. Imaginem que vão a pedalar e no meio do nada, num trilho só com visão para uns campos alguém grita o vosso nome bem alto, imaginem qual é a sensação de encontrar uma pessoa que está ali à vossa espera, para vos apoiar, sem vocês fazerem a mais pequena ideia sequer de que ela sabia que vocês iam estar ali. Imaginem o que é verem que é uma das vossas Loiretes, daquelas pessoas que o blog vos trouxe e que faz isto tudo valer a pena. Conseguem imaginar? É que eu não consigo explicar. Obrigada SOL

Cálculos emocionais

Estou a dever uma carrada de horas à leitura.

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Sabiam que um em cada cinco portugueses tem anemia? E que duas em cada três bloggers não sabem estacionar?


Mas não sou eu. Eu não estou nada cansada, esta foto foi tirada a meio de uma bruta subida que eu fiz praticamente toda em cima da bicicleta enquanto passava homens e mais homens a pé que já nem força tinham para puxar a bicicleta monte acima e enquanto ia mandando umas bocas foleiras do tipo "deixem andar quem sabe", "não me obriguem a travar"ou "desviem-se que eu estou sem travões". Claro que se me lembrasse de tudo o que leio podia ter perguntado a um ou a outro, entre as tais bocas foleiras que eu não dispenso, se já fizeram o teste da anemia, mas paciência, uma gaja só se lembra do que realmente é importante quando abre os blogues de sucesso.
Ah... e não comprem um Smart, comprem uma bicicleta, com uma bicicleta sim, podem estacionar em todo o lado. Vá lá... sejam fofinhos e digam comigo: se calhar só preciso de uma bicicleta. A sério, deviam pagar-me para isto.

Loira, a Totó

Quando tenho uma prenda para oferecer a alguém fico mais ansiosa que os putos no Natal ou no dia de aniversário. Já aconteceu ir acordar a minha mãe para lhe oferecer a prenda de anos pouco depois da meia-noite porque não conseguia aguentar até ao outro dia de manhã. As pessoas ou recebem as minhas prendas com tanta antecedência que quando chega o dia de efectivamente receber a prenda já se esqueceram que a receberam, ou ouvem falar tantas vezes da mesma merda que já sabem o que raio vão receber há três séculos. Sim, sou uma chata, fodo mesmo a cabeça às pessoas quando tenho alguma coisa para elas.
Pouco depois de voltar de férias começaram a aparecer-me à frente dos olhos coisas que eu tinha mesmo de oferecer às minhas amigas dos pedais, coisas para lá de espectaculares e com todo um significado para nós. Comprei algumas e encomendei as restantes. Tive a extraordinária ideia de ir fazendo vários embrulhos, de colocar dentro de uma caixa e de guardar para oferecer no Natal, assim elas estariam no mínimo meia hora a abrir prendas. Claro que não consegui e comecei a falar nas prendas e de como elas vão desmaiar quando receberem uma delas, de como elas vão entrar em estado de coma quando receberem a outra, de como elas vão dar saltinhos histéricos quando receberem uma outra. Sim, fodi-lhes tanto a cabeça que acabei por ter outra ideia fantástica, de qualquer forma não ia conseguir aguentar tanto tempo para lhes dar as coisas, decidi fazer uma pista para cada uma das prendas e se elas acertarem recebem já, se não acertarem só recebem no Natal. E foi assim que a dia 17 de Setembro enviei a minha primeira prenda de Natal.

Por falar nisso, antes que todos comecem, Feliz Natal, sim?

Loiretes ao poder - 11

A minha Loirete n.º 9 é a Rosa, ela é a prova de que quem quer ser uma Loirete não precisa ser uma profissional do pedal nem ter uma bicicleta XPTO, basta querer, tirar uma foto e mandar para mim, a Rosa é Loirete de coração e eu agradeço muito por isso. Rosa, não ganhaste umas meias mas já és uma Loirete.


terça-feira, 22 de setembro de 2015

A sem lágrimas

Não me lembro da última vez que chorei, daquele choro a sério, de pura emoção, de extrema felicidade ou de tristeza profunda. Amiúde acontece um quase choro, umas quase lágrimas, um quase qualquer coisa que não chega a acontecer. Não me lembro da última vez que chorei com vontade, com lágrimas grossas e suspiros que vêm do mais íntimo de nós, um pranto avassalador e descontrolado. Não me lembro da última vez que chorei, daquele choro que nos lava a alma e nos acalma o coração, que nos faz falta.

segunda-feira, 21 de setembro de 2015


O Deus das Pequenas Coisas
Arundhati Roy

Tudo pode acontecer

Sair de casa ainda de madrugada com três bicicletas em cima da carrinha e mais uma desmontada na mala. Chegar mais tarde que o previsto à cidade da maratona. Tirar as bicicletas de cima da carrinha, começar a desmontar a quarta e perceber que perdemos uma peça da bicicleta. Procurar arranjar uma solução que não existia. Ser entrevistada por ter uma bicicleta muito gira e uma camisola da Minnie. Pedirem para tirar fotos comigo porque tenho uma bicicleta personalizada e muito gira, a sério, acho que esta bicicleta me rouba o protagonismo. Ir para a linha de partida muito tarde sem tempo de tomar um café e comer um bolo. Partir quase com 2500 atletas à nossa frente. Fazer quase 50 km em pouco mais de três horas e meia. Subir como nunca e descer como nunca. Ver algumas quedas. Quase ser atropelada por rapazes com a mania que são os maiores do mundo e que como não têm pernas para subir têm de aproveitar tudo o que podem a descer. Comer uma bola de Berlim no meio do monte. Ouvir gritar bem alto o meu nome e reparar que era uma das Loiretes. Subir o último cume quase sempre em cima da bicicleta enquanto os elementos de sexo masculino que quase se matam para descer mais depressa sobem tudo com a bicicleta à mão. Engolir pó e voar em cima de uma bicicleta. Chegar à meta com a sensação de que podemos tudo. Ir tomar banho e ainda ter que ver meia dúzia de rapazes nus no corredor. Almoçar em boa companhia e com mil histórias para contar. Chegar a casa com dois sacos de desporto cheios de roupa para lavar. Abrir um livro que não consegui ler e adormecer imediatamente, demasiado cedo. Acordar para um novo dia, ainda cheia de sono mas feliz. Agora é procurar as fotos da maratona e recordar, com a certeza de que os melhores dias são estes, em que tudo pode acontecer.

domingo, 20 de setembro de 2015

Emoções fortes

São mais de 2500 pessoas na partida, cada uma com a sua bicicleta. Eu sou uma delas, há cinco anos consecutivos. Mais de 2500 pessoas, mais de 2500 bicicletas, prontas para partir em direcção à aventura da montanha e eu estou aqui no meio. Não venho, nunca fui, às maratonas numa vertente competitiva, acho que nunca o farei, mas a sensação de estar aqui é tão única, tão extraordinária, que é indescritível. Mais de 2500 pessoas, mais de 2500 bicicletas na avenida, prontas para ouvir o tiro da partida, os outros não sei como se sentem, mas eu estou com o coração aos pulos, com a respiração alterada, estou nervosa, ansiosa e a tremer por dentro. Assim que der a primeira pedalada isto passa-me, passa sempre, mas não há como não querer guardar este momento para sempre, não há como não querer manter vivo na minha memória este sentimento e esta comoção incomparável. 

sábado, 19 de setembro de 2015

Finais infelizes

Ele é o Emil Börner e ela é a Johanna Eklöt, são suecos e estavam a fazer uma viagem de bicicleta pelo mundo, uma daquelas coisas que eu sonho com uma certa distância da impossibilidade. Andavam pela América do Sul e no passado dia 15 foram atropelados no Brasil. Ele sobreviveu mas a viagem dela terminou para sempre. Para mim é difícil olhar para isto sem me envolver emocionalmente com eles e sem me identificar com ela pela paixão comum e pelo sonho, por isso não consigo, desde que soube, deixar de pensar neste triste desfecho, deixar de me sentir revoltada com a vida e profundamente infeliz.


A fotografia é da página deles, onde contavam e mostravam ao mundo a sua grande aventura: http://thebigtrip.se

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Conversas motivacionais, aquela grande treta

Bla... bla... bla... precisas sair da tua zona de conforto. Bla... bla... bla... a vida começa no fim da tua zona de conforto. Bla... bla... bla... fora da zona de conforto é quando a magia acontece. Tretas... Eu saio da minha zona de conforto todos os dias para vir trabalhar e não vejo aqui nada de especial nem porra de magia nenhuma. A minha zona de conforto é lá em cima na montanha a pedalar e estou plenamente convencida que nunca devia sair de lá. Precisas sair da tua zona de conforto.... pfff... as merdas que inventam para motivar as pessoas a viver.

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

And the winner is...

No início de Setembro lancei o concurso mais fixe de toda a blogosfera:

Tenho um par das minhas meias para oferecer a uma de vocês. Não vou publicitar marca nenhuma, até porque tenho as meias com o alto patrocínio de uma das Loiretes que entre riscas para cá, estrelas para lá, compra umas para mim, compra outras para ti, oferecemos as outras à nossa amiga, acabou por comprar umas repetidas. Sendo assim, o que temos de fazer para ganhar um par de meias fantásticas e estonteantes, Loira? Perguntam vocês. Simples, só têm de ser seguidoras do blog há mais de 10 anos, só têm de ter comentado 7587 vezes, só têm de criar 359 perfis no facebook para colocar gostos e mais gostos na página do blog, só têm de rapar o cabelo e aparecer à minha frente depois de tudo isso a fazer o pino, com um cartaz a dizer que me amam e a cantar uma música de Natal. Muito fácil, não acham? Brincadeira. Não têm de fazer nada a não ser enviar para mim uma ou mais fotos vossas a pedalar, ou da vossa bicicleta. Daqui a duas semanas eu, com a ajuda de mais duas Loiretes que já têm as meias iguais e por isso não podem participar, além de que são minhas amigas, escolheremos a foto mais original de todas e eu envio as meias imediatamente para a vencedora ou vencedor. Podem enviar quantas fotos quiserem, se forem homens também podem enviar para oferecer as meias à vossa namorada, à vossa filha, a quem quiserem, também podem usar as meias, mas depois não me responsabilizo por danos morais. A única coisa que vou escolher é (no dia 15 de Setembro) a foto mais original, até lá pelamordasanta, espero receber pelo menos duas ou três fotos.

Eu, a Su e a Joaninha não resistimos às pernas da Gaja Maria, tão sujinhas depois de uma pedalada, tão cheias de frio, tão desprotegidas, tão... mesmo, mesmo a pedir umas meias coloridas.


As outras, obrigada por participarem e pelas vossas fotos, não fiquem tristes que eu estou a preparar uma coisa muito gira para todas as minhas Loiretes.

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Os meus livros #56 - Bala Perdida

Sinopse
«Foram precisos três minutos e meio até que se fizesse silêncio e a carrinha parasse finalmente, mesmo à entrada do largo e a tempo de evitar o pior. Quando a primeira porta se abriu, saiu de lá de dentro um cão, meio atordoado. Eu estava do lado oposto da Ford Transit, a tentar algemar o condutor, quando um dos meus colegas me gritou: "Ernano, temos um atingido." Larguei o homem algemado no chão, dei a volta à carrinha e vi o rapaz pela primeira vez. Era alto, parecia ter uns 16 ou 17 anos. Estava deitado no chão e não havia vestígios de sangue. Ainda estava consciente. Algumas horas depois a televisão anunciava: "Morreu o menor atingido numa perseguição policial em Santo Antão do Tojal." Fechei os olhos, engoli várias vezes em seco e precisei de suster a respiração. Deixei de me sentir.»
A 11 de Agosto de 2008, a vida do agente da GNR Hugo Ernano mudou para sempre. A sua consciência e sentido de dever diziam-lhe que tinha de parar a carrinha que acelerava à frente do carro-patrulha onde seguia. A alguns metros de distância, no Largo da Igreja, em Santo Antão do Tojal, havia crianças a brincar e o condutor da carrinha parecia não olhar a meios para fugir da polícia depois de ter cometido um assalto. Hugo Ernano optou por disparar para os pneus da carrinha para a imobilizar, mas uma bala perdida ditou o seu destino ao atingir um jovem. A partir desse momento tudo mudou: foi afastado do serviço, ameaçado de morte, julgado por homicídio qualificado e condenado em primeira instância a uma pena efectiva de 9 anos de prisão bem como ao pagamento de uma indemnização de 80 mil euros aos pais da criança. Mas como compreender a condenação de um polícia cuja actuação teve como objectivo defender os cidadãos? Como se explica que se pague uma indemnização a um pai que levou o próprio filho para um assalto? Será que nos podemos sentir seguros, quando um polícia é condenado por ter cumprido o seu dever e evitado uma desgraça maior? Até que ponto um polícia pode usar a sua arma de fogo em serviço? Estas são algumas das questões que nos colocamos ao ler este relato impressionante do guarda Hugo Ernano, que, na primeira pessoa, nos apresenta a sua visão dos factos sobre um caso que não deixa ninguém indiferente.


É impossível não ficar revoltado com a história do Hugo Ernano, é impossível não achar que vivemos num país de merda onde a Justiça (?) parece uma palhaçada. Eu pago os meus impostos e com eles espero ser protegida, a Justiça acha que não, que um pai que foge da prisão, que conduz uma carrinha ilegal, que vai fazer um assalto e leva o filho merece uma indemnização pela morte do mesmo. Eu acho que foi aquele pai que matou o miúdo e que o Hugo não fez mais do que cumprir o dever dele, a Justiça acha que foi o Hugo que matou aquele miúdo e que aquele pobre pai merece uma recompensa por ter estado com o seu filho na hora errada, no momento errado. Não sei o que diria a Justiça se o Hugo não tivesse parado aquela carrinha a tempo e se a desgraça fosse ainda maior. Este livro não mudou a minha opinião sobre este caso, só a acentuou. Aquilo que espero é que as pessoas que condenaram o Hugo um dia destes precisem ser protegidas e não esteja lá ninguém disposto a arriscar a vida por elas. E que o Hugo consiga, um dia, reconstruir tudo aquilo que já perdeu. 

Os meus livros #55 - Equador

Sinopse
Equador, o primeiro romance de Miguel Sousa Tavares, foi inicialmente publicado em 2003 e rapidamente se transformou num dos maiores best-sellers da literatura portuguesa, com mais de 300.000 exemplares vendidos em Portugal. Este livro tem, actualmente, traduções em inglês, holandês, espanhol, catalão, francês, italiano, alemão, grego, checo, servo-croata e bósnio, estando presente em mais de vinte países. Atingiu os tops de vendas no Brasil e venceu a 25ª edição do Prémio Literário Grinzane Cavour para o melhor romance estrangeiro editado em Itália. É esta história universal que agora surge adaptada para televisão, na maior produção nacional de sempre.


Equador transportou-me para S. Tomé há mais de 100 anos atrás, enquanto li cada página senti-me a viver por lá, com as personagens, senti os cheiros, os sabores, compreendi-lhes os sentimentos, e é exactamente isso que um bom livro tem de nos fazer, viajar para uma outra realidade. 

Os meus livros #54 - O afinador de pianos

Sinopse
De Perón a Evita, passando por Franco e Salazar, Benjamin, um afinador de pianos madrileno, vê-se arrastado por acontecimentos políticos que o condicionam. A profissão leva-o a viajar até à Galiza nas vésperas da Guerra Civil espanhola. Separado da família durante os três anos que dura o conflito, a sua vida complica-se ao ponto de empreender uma fuga que o leva a uma Lisboa de espiões e de refugiados e, mais tarde, a Buenos Aires. Com uma narrativa apaixonante, Cristina Norton envolve-nos numa história de encontros e desencontros, de amor e de guerra, onde quarenta anos de realidade histórica convivem com o imaginário latino-americano. O humor e a ironia estão sempre presentes e os enredos picarescos das várias personagens imprimem ao livro um compasso de tango - sensual e provocador.


Além de um relato histórico extraordinário este livro deixou-me com o coração apertado pelo desfecho da sua história. É possível viver toda a vida com uma culpa que nem sequer existe.

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Monólogo do selim

Conheci-a quando estava a caminho de Santiago, a Loira meteu na cabeça que tinha de ir sozinha e de um dia para o outro montou o alforge e partimos. Nunca tínhamos carregado tanto peso e nunca nos tínhamos sentido tão sozinhas, foi óptimo, ganhamos ainda mais cumplicidade e dormi duas noites ao relento, para provar que não sou nenhuma princesa, a Loira também teve lá as cenas dela, mas sobre isso ela que escreva se quiser.
No segundo dia quando passei vi-a ali encostada, muito mais sozinha que eu, uma solidão permanente, decidi ir falar com ela e chegamos à conclusão que somos muito diferentes, apesar de sermos iguais. Ela tão branquinha e pequena, tão imaculada, tão intocável, eu toda colorida, toda suja dos trilhos na montanha e apesar de muito nova já com o pneu careca, de tantos km que a Loira me obriga a fazer, eu tão grande, com esta roda e este quadro, tão forte, ela tão frágil, de aparência tão quebradiça. Eu contei-lhe da minha vida, das minhas aventuras com a Loira, ela falou-me dela, daquilo que vê passar enquanto fica ali. Eu falei-lhe das montanhas, dos trilhos, do alforge a ser montado e desmontado constantemente, das metas, das maratonas, das viagens, das manutenções, das descidas e das subidas, do suporte do carro, do comboio em que viajei a semana anterior, das paisagens e da paixão que a Loira tem por mim, ela falou-me das conversas que ouve e das pessoas que vê, falou-me de uma solidão completamente diferente daquela que eu estava, pela primeira vez a experimentar.
Eu segui caminho e prometi voltar um dia, ela ficou no local de sempre e prometeu esperar-me, depois da Loira nos explicar que não adianta tentar mudar os outros e fazer com que se pareçam mais connosco, ou os esquecemos para sempre ou os aceitamos exactamente como são.


E isto é bem capaz de ter sido a minha grande lição do nosso Caminho solitário, a Loira também deve ter aprendido alguma coisa nova, mas sobre isso terá de ser ela a escrever.

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Os meus livros

Não faço crítica literária nem tenho e nunca tive pretensões para isso. Não o saberia fazer, não sei ler um livro com olhos de análise, não seria capaz de avaliar, comparar, classificar, aprovar ou reprovar um livro. Eu só partilho o que leio e digo o que senti e isso basta-me.

É em dias como hoje que gostava de ser uma gaja romântica

Há uns tempos atrás comecei uma colecção de relógios, todos com bicicletas no mostrador, fui juntando um e mais um aos que já estavam na caixinha e neste momento tenho vinte e quatro relógios. Eu sei que parece um número excessivo de relógios com bicicletas mas estou completamente apaixonada por eles e convencida de que consigo arranjar ainda mais.
Como podem imaginar, os vinte e quatro relógios trazem-me problemas todos os dias, são relógios de todas as cores e feitios, são vários tons da mesma cor, são bicicletas em mostradores que nunca mais acabam. Como é possível escolher só um relógio para usar com tanta opção de escolha? Como é possível escolher entre o rosa e o branco, entre o azul e o preto, quando tanto um como outro fica super bem no outfit do dia? Como é possível escolher um verde entre três ou quatro? Como é possível decidir sem perder horas com isto? Não, não é possível. Por isso hoje decidi trazer não um, mas dois relógios, um em cada braço, assim mesmo, o salmão do lado esquerdo e o preto do lado direito. Para dizer a verdade, acho que ainda tinha mais uns cinco que ficavam mesmo bem na roupa que estou a usar hoje, mas para já decidi trazer só dois.
O dia ainda não vai a meio e foram já três as pessoas que me olharam com espanto e perguntaram porque trago eu dois relógios. E é em dias como hoje que gostava de ser uma gaja romântica, que gostava de contar uma linda história de amor e de dizer que o meu apaixonado estava num qualquer país longínquo e que eu usava um relógio com as minhas horas e um com as horas dele, depois suspirava e fazia um ar angelical, até as pessoas ficarem completamente comovidas e a achar que sim, que eu era uma gaja especial. A sério, era mesmo um máximo, mas acho que não consigo convencer o Moreno a emigrar de repente para o caralho mais velho só porque agora me apetece usar dois relógios em vez de um.
É em dias como o de hoje que eu tenho se ser só uma gaja engraçada, quando está a usar dois relógios porque um está sem pilhas. É em dias como o de hoje que eu tenho de ser só uma gaja maldisposta, quando está a usar dois relógios porque lhe apetece. É em dias como o de hoje que eu tenho de ser só uma gaja vaidosa, quando está a usar dois relógios porque não se conseguiu decidir só por um.
Não sei quantas mais pessoas me vão perguntar porque raio estou eu a usar dois relógios, mas sei que é em dias como os de hoje que eu tenho de ser só uma coisa qualquer, dependendo da primeira resposta que me surgir na cabeça, a não ser que a pergunta venha de um desconhecido, e se vier posso ser exactamente aquilo que eu gostava de ser, uma gaja romântica, e posso usar a imaginação para contar uma telenovela qualquer inventada na hora para surpreender. 

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Olá, eu sou A Loira e não sei o que estou aqui a fazer

Aceitei o convite e agora o remédio é desemerdar-me e escrever. Sobre o quê ainda não sei bem, mas podem ter a certeza que será sempre sobre coisas sem jeito ou interesse absolutamente nenhum. É exactamente neste registo que mantenho o Também quero um Blog, desde o ano santo de 2009.
Quem me conhece sabe que a única coisa sobre o que escrevo mais ou menos bem é sobre bicicletas, mas aqui não posso sequer pensar nisso porque a Senhora Dona Pipinha, que fez o favor de me enviar o convite para estar aqui, detesta ciclistas e não os pode ver sem ter uma vontade desmesurada de lhes passar com o carro por cima. Sim, ela precisa urgentemente de consultar um psicólogo e não será por querer passar a ferro todos os ciclistas que lhe aparecem à frente, será mesmo por ter tido a ideia de me enviar o tal convite. Para que abone a meu favor, não sou ciclista de estrada, sou bttista e tenho uma cena com a Filipa desde que comecei o meu blog, por isso não poderia recusar nem amarrada a uma árvore, coberta de açúcar e no meio de um formigueiro.
Apesar de não conseguir assumir compromissos e até mesmo o meu blog ser abandonado incontáveis vezes vou tentar publicar aqui sempre que me seja exigido sobre tortura. Aviso já que aqui em casa até os cactos morrem à sede. Já perceberam aquela parte do não sei o que estou aqui a fazer, não já?
Fiquem desde já a saber que sou uma gaja do norte e gosto de pensar que é exactamente por isso que é difícil encontrar um post escrito por mim que não tenha um palavrão, não faço revisão dos textos e só escrevo sob inspiração, coisa que me surge de 10 em 10 minutos, sempre quando não tenho onde apontar as ideias e me desaparece milésimas de segundo depois. Quando acontece de me surgir a tal da inspiração e estou em frente ao teclado aproveito para publicar e arrependo-me sempre uns minutos depois porque acho que não escrevi nada de jeito. O que ando eu a fazer pela blogosfera será para todo o sempre um indesvendável mistério, mas o certo é que a partir de hoje estou também por aqui, a única coisa que posso acrescentar é: não entrem nesta página nos dias em que for eu a publicar. 


quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Ensinamentos da Loira #1

De todos os recomeços, aquele que mais dói é o do ginásio.

A solução para tudo

Estás com falta de inspiração? Doente? Dores de costas? Dores de cabeça? Depressão? Tédio? Detestas o teu trabalho? Os teus colegas dão-te cabo da cabeça? Acordaste mal disposto? Devem-te dinheiro e não pagam? Deves dinheiro e não tens como pagar? A empresa onde trabalhas está prestes a ir à falência? Vais para o desemprego? A tua mulher ou o teu marido traiu-te? Há mais de seis meses que não tens relações sexuais? Traíste o teu namorado e agora não sabes o que fazer? Estás apaixonado pela tua chefe? Perdeste o comboio? Roubaram-te a carteira? Atingiste o limite do cartão de crédito? Foste vítima de uma burla? Estás zangada com a tua mãe? Passas os dias deprimido entre o teu trabalho e a tua casa? O teu carro avariou e não tens orçamento para o reparar? O teu chefe é um anormal? O mundo uniu-se para te tramar?

Seja qual for o teu problema, não há nada que uma boa pedalada não resolva. A bicicleta pessoas, a bicicleta é a solução para tudo. Ou pelo menos para encarar o mundo e os problemas com outros olhos e outra disposição. 

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Os meus livros #53 - Mil sóis resplandecentes

Sinopse
Há livros que se enquadram na categoria de verdadeiros fenómenos literários, livros que caem na preferência do público e que são votados ao sucesso ainda antes da sua publicação. Há já algum tempo que se ouvia falar de Mil Sóis Resplandecentes, do afegão Khaled Hosseini, depois da sua fulgurante estreia com O Menino de Cabul, traduzido em trinta países e agora com adaptação cinematográfica em Portugal. A verdade é que assim que as primeiras cópias de Mil Sóis Resplandecentes foram colocadas à venda, o romance liderou o primeiro lugar nos Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, Alemanha, Holanda, Itália, Noruega, Nova-Zelândia e África do Sul, estando igualmente muito bem classificado no Brasil e em França. A própria Amazon americana afirmou que há muito tempo não tinha visto um entusiasmo tão grande a propósito de um livro. Devido ao elevado número de encomendas, nos Estados Unidos, foram realizadas cinco reedições ainda antes do livro chegar às livrarias e na primeira semana após a publicação, já tinham sido registadas um milhão de cópias em circulação. É pois um caso verdadeiramente arrebatador que combina preferências populares potenciadas pelo efeito de passa-palavra às melhores críticas internacionais. Confirmando o talento de um grande narrador, Mil Sóis Resplandecentes passa em revista os últimos trinta anos no Afeganistão através da comovente história de duas mulheres afegãs casadas com o mesmo homem, unidas pela amizade e pela dor proveniente dos abusos que lhes são infligidos, dentro e fora de casa, em nome do machismo e da violência política vigente durante o regime taliban, mas separadas pela idade e pelas aspirações de vida. Um livro revelador, que aborda as relações humanas e as reforça perante reacções de poder excessivo e impunidade.


Depois de se ler a sinopse deste livro pouco mais há a dizer sobre ele, a não ser que é chocante.

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Loira, a tola

Sempre gostei de chocar as pessoas, quando era ainda uma miúda uma amiga da família, daquelas chatas, insuportáveis e com uma mania obsessiva pela religião, tentou explicar-me como ia ser quando eu casasse e perdesse a virgindade. Eu fiz uma cara de assustada e disse "Por amor de Deus, eu já não sou virgem e se fosse tinha vergonha de dizer que era."

O facto de ter feito O Caminho de Santiago completamente sozinha ainda continua a chocar muitas pessoas à minha volta, às vezes penso que vivo numa espécie de parvónia. As pessoas não param de perguntar se não tive medo, se não é perigoso, se não me aconteceu nada de mal e o mais engraçado de tudo: o que é que me deu na cabeça para ir sozinha? Há ainda os que perguntam porque raio não lhes disse nada, que me acompanhavam, não precisava ter ido sozinha.
Inicialmente tentei explicar que sempre sonhei ir sozinha e que só aproveitei a primeira oportunidade que me surgiu, tentei explicar muitas outras coisas, mas para as pessoas é inexplicável e depois de uma resposta vem sempre outra pergunta, ainda mais parva que a primeira.
Cansada de ser incompreendida resolvi adoptar outra estratégia, faço um ar muito sério e seja qual for a pergunta eu digo quase sempre o mesmo, que de facto aconteceu algo mesmo muito chato. Paro um pouco para causar suspense, suspiro ligeiramente para causar ainda mais ansiedade e: Já viste o que é ter de pedir a um desconhecido que me guarde a bicicleta e a mochila sempre que me apetece mijar?

A cara que as pessoas fazem quando eu termino de dizer a frase mágica é mais ou menos igual à cara que a velha fez, há muitos anos atrás. Depois terminam a conversa sem mais perguntas e a afirmar que sou uma tola.

Os meus livros #52 - A raínha no palácio das correntes de ar

Sinopse
Neste terceiro e último volume da Trilogia Millennium, Lisbeth Salander sobreviveu aos ferimentos de que foi vítima, mas não tem razões para sorrir: o seu estado de saúde inspira cuidados e terá de permanecer várias semanas no hospital, impossibilitada de se movimentar e agir. As acusações que recaem sobre ela levaram a polícia a mantê-la incontactável. Lisbeth sente-se sitiada e, como se isso não bastasse, vê-se ainda confrontada com outro problema: o pai, que a odeia e que ela feriu à machadada, encontra-se no mesmo hospital com ferimentos menos graves e intenções mais maquiavélicas… Os elementos da SAPO continuam as suas movimentações; Mikael Blomkvist tenta de todas as maneiras ilibar Salander; Dragan Armanskij, o inspector Bublanski e Anita Giannini unem esforços para que se faça justiça; Erika Berger sente-se também ameaçada; e quem é Rosa Figuerola, a bela mulher que seduz Mikael Blomkvist?


Este foi o livro que carreguei às costas no meu Caminho solitário e do qual não li nem uma página, não por falta de interesse no livro, tinha só a mente a mil e uma série de pessoas para conhecer.
O autor desta trilogia morreu precocemente depois de entregar à editora os três primeiros volumes de dez. Quando terminei este livro fiquei, de facto, com a sensação que havia ainda muito que contar e que a história não está terminada.
Sei que já há por aí um novo livro, de um novo autor, com a continuação da história, mas não sei se me arrisco a ler. Quando vi o livro à venda ocorreram-me dois pensamentos de imediato: 1) é preciso ter muita lata para continuar a história que alguém deixou a meio, é puro aproveitamento do sucesso da trilogia e a continuação só pode ser uma merda de uma imitação ou uma merda escrita de forma completamente diferente que vai deixar um amargo a quem a ler; 2) Mas foda-se, é preciso ter uns tomates do caralho para arriscar o pescoço a continuar uma cena destas.
E agora que já viram que até a pensar me saem palavrões por todo o lado vão lá às vossas vidas, de preferência ler, coisa que eu já não faço há dois dias.

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Os gabarolas

Os gabarolas fazem sempre as coisas mais fixes, conseguem sempre as coisas mais difíceis, recebem elogios de toda a gente, são os maiores, fazem as descidas mais alucinantes e as subidas mais técnicas, fazem sempre percursos que os outros não fazem, têm sempre as melhores fotos, fazem sempre mais km e com um grau de dificuldade superior aos outros. Os gabarolas afirmam com toda a convicção do mundo que fizeram 90 km mesmo quando toda a gente sabe que só fizeram 55, juram que chegaram de bicicleta mesmo quando toda a gente os viu de carrinha, contam sempre histórias maravilhosas que só acontecem quando estão sozinhos ou na companhia de outros como eles. Os gabarolas acham que as pessoas não percebem que são mentirosos, exibicionistas e chatos. Os gabarolas acham que as pessoas vão ter sempre paciência para eles. Só que não.

Os meus livros #51 - A Rapariga que sonhava com uma lata de gasolina e um fósforo

Sinopse
Neste segundo volume da trilogia Millennium, Lisbeth Salander é assumidamente a personagem central da história ao tornar-se a principal suspeita de dois homicídios. A saga desenvolve-se em dois planos que se complementam e só a solução do primeiro mistério trará luz ao segundo: Há que encontrar os responsáveis pelo tráfico de mulheres para exploração sexual para se descobrir por que razão Lisbeth Salander é perseguida não só pela polícia, mas por um gigante loiro de quem pouco se sabe.


Dos três livros este é o único que tem uma parte mais aborrecida, que é inicialmente, quando nos informa do que se passou no livro anterior, como eu li o segundo livro logo depois do primeiro achei essa parte uma grande seca. Depois disso e com o desenrolar da história fiquei novamente presa e com ânsia de saber o que se passava a seguir. Continuei apaixonada pela Lisbeth e este livro acompanhou-me numa semana em que até eu já andava a sonhar com uma lata de gasolina e um fósforo (private joke).

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Queridas pessoas no geral e Loiretes em particular (lá haveria de chegar o dia de se fazer um passatempo neste blog)

Tenho um par das minhas meias para oferecer a uma de vocês. Não vou publicitar marca nenhuma, até porque tenho as meias com o alto patrocínio de uma das Loiretes que entre riscas para cá, estrelas para lá, compra umas para mim, compra outras para ti, oferecemos as outras à nossa amiga, acabou por comprar umas repetidas. Sendo assim, o que temos de fazer para ganhar um par de meias fantásticas e estonteantes, Loira? Perguntam vocês. Simples, só têm de ser seguidoras do blog há mais de 10 anos, só têm de ter comentado 7587 vezes, só têm de criar 359 perfis no facebook para colocar gostos e mais gostos na página do blog, só têm de rapar o cabelo e aparecer à minha frente depois de tudo isso a fazer o pino, com um cartaz a dizer que me amam e a cantar uma música de Natal. Muito fácil, não acham? Brincadeira. Não têm de fazer nada a não ser enviar para mim uma ou mais fotos vossas a pedalar, ou da vossa bicicleta. Daqui a duas semanas eu, com a ajuda de mais duas Loiretes que já têm as meias iguais e por isso não podem participar, além de que são minhas amigas, escolheremos a foto mais original de todas e eu envio as meias imediatamente para a vencedora ou vencedor. Podem enviar quantas fotos quiserem, se forem homens também podem enviar para oferecer as meias à vossa namorada, à vossa filha, a quem quiserem, também podem usar as meias, mas depois não me responsabilizo por danos morais. A única coisa que vou escolher é (no dia 15 de Setembro) a foto mais original, até lá pelamordasanta, espero receber pelo menos duas ou três fotos.


Para verem as meias cliquem AQUI.

Os meus livros #50 - Os Homens que odeiam as Mulheres

Sinopse
O jornalista de economia Mikael Blomkvist precisa de uma pausa. Acabou de ser julgado por difamação ao financeiro Hans-Erik Wennerstrom e condenado a três meses de prisão. Decide afastar-se temporariamente das suas funções na revista Millennium. Na mesma altura, é encarregado de uma missão invulgar. Henrik Vanger, em tempos um dos mais importantes industriais da Suécia, quer que Mikael Blomkvist escreva a história da família Vanger. Mas é óbvio que a história da família é apenas uma capa para a verdadeira missão de Blomkvist: descobrir o que aconteceu à sobrinha-neta de Vanger, que desapareceu sem deixar rasto há quase quarenta anos. Algo que Henrik Vanger nunca pôde esquecer. Blomkvist aceita a missão com relutância e recorre à ajuda da jovem Lisbeth Salander. Uma rapariga complicada, com tatuagens e piercings, mas também uma hacker de excepção. Juntos, Mikael Blomkvist e Lisbeth Salander mergulham no passado profundo da família Vanger e encontram uma história mais sombria e sangrenta do que jamais poderiam imaginar.


Já há muito tempo que tinha esta trilogia na minha lista e já há muito tempo que muitas pessoas me diziam que eu tinha de ler estes livros. Comprei os três livros já há uns meses mas quis deixar a leitura para a época das férias, o que no meu caso acabou por fazer com que os livros esperassem um pouco por mim. Este primeiro livro é fantástico e só posso dizer que a história nos prende da primeira à última página. Fiquei completamente apaixonada pela Lisbeth e ansiosa por ler o segundo volume rapidamente.