Julgam-nos sempre pelo nosso lado que mais mostramos ao mundo, eu sou tanto as marcas de sol, os arranhões e nódoas negras que tenho, sou tanto os quilómetros que faço a pedalar, como sou o prémio Nobel da literatura que trago comigo para ler em cada bocadinho livre. Eu sou as viagens que faço, os quilómetros que pedalo, os livros que leio, sou a minha casa, os meus amigos, a minha família, a paixão pelas gatas, as pessoas que trago na alma e no coração, sou a música que ouço, as conversas que tenho, sou os filmes que vejo, sou aquilo que aprendo e apreendo a cada dia, a cada instante, sou as estradas que percorro e os trilhos que vou conhecendo, sou as montanhas que conquisto, eu sou aquilo que escrevo e muito, muito mais. O mundo obriga-nos a mudar a cada instante, obriga-nos a adaptar às circunstâncias, a nossa verdadeira essência está sempre lá, mas quem somos vai-se alterando com a vida, sendo certo que somos milhões de pessoas dentro de uma só e que a cada minuto nos surpreendemos a nós próprios, porque quando o universo nos obriga nós somos capazes de vencer batalhas antes impensáveis. Quem somos é sempre surpreendente, até para nós.
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