quarta-feira, 20 de junho de 2018

Cardiofrequencímetro, esse aparelho do demo

Comprei o meu cardiofrequencímetro há mais de um ano, para monitorizar as minhas actividades físicas, mais propriamente as minhas pedaladas e durante todo este tempo foi exactamente para isso que me serviu, estava guardado na gaveta e só saía para através do seu GPS mostrar ao mundo onde é que eu andava, quantos quilómetros pedalava e quais as minhas rotas de eleição, no fim da actividade era só sincronizar o relógio com as aplicações et voilá... mapas lindo de morrer com os trajectos percorridos, altimetrias fantásticas, controlo dos quilómetros e da frequência cardíaca, um sonho para qualquer atleta cheio de vaidade e de orgulho.
Tudo bem até agora, sempre fomos muito felizes, eu e o meu cardiofrequencímetro super útil e super fluorescente, uma cor neutra que fica bem com todos os equipamentos pindéricos que uso, como bem sabem. Acontece que semana passada, alguém que claramente não gosta de mim, criou um desafio na aplicação da Garmin para contabilizar quem é que dá mais passos nesta vida de duros dias sentada na cadeira do escritório. Loira que é Loira aceita qualquer desafio que lhe aparece pela frente, até os desafios manhosos nas aplicações do cardiofrequencímetro, este aparelho do demo. E foi desta forma que comecei a andar com o meu relógio diariamente, a dormir com ele e pior, a tragédia, o horror, o pânico, a gostar dele. A merda do relógio conta os passos que dou, a distância que percorro, monitoriza as actividades físicas, avisa-me que preciso movimentar-me quando necessário e vigia-me o sono, contabiliza as horas de sono profundo, de sono leve e o tempo que passo acordada, a merda do aparelho é mesmo espectacular. Não fosse o caso de ser fluorescente, essa cor neutra e sóbria que fica bem com tudo aquilo que eu possa vestir. Não fosse o caso de a única bracelete suplente que tenho ser lilás e tenho-a porque alguém me ofereceu na altura em que comprei o relógio, lilás, essa cor magnífica da qual não tenho uma única peça de roupa para usar. Não fosse o caso das braceletes com outras cores que entretanto encomendei demorarem uma eternidade a chegar e quando finalmente chegarem eu sou bem capaz de já ser avó, não ter actividades físicas para monitorizar e os meus batimentos cardíacos já serem tão escassos que o cardiofrequencímetro, esse aparelho de demo, é bem capaz de já me considerar mais morta que viva. A merda do cardiofrequencímetro é mesmo fixe, não fosse o caso de eu ter de andar de relógio fluorescente ou lilás, estas cores verdadeiramente HORROROSAS.

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