Sinopse
Pearl tem a seu cargo o triste, o bom, o passado. Stasha fica com o divertido, o future, o mau. Corre o ano de 1944 quando as gémeas chegam a Auschwitz com a mãe e o avô. No seu novo mundo, Pearl e Stasha Zamorski refugiam-se nas suas naturezas idênticas, encontrando conforto na linguagem privada e nas brincadeiras partilhadas da infância. As meninas fazem parte da população de gémeos para experiências conhecida como o Zoo de Mengele e, como tal, conhecem privilégios e horrores desconhecidos dos outros. Começam a mudar, a ver-se extirpadas das personalidades que em tempos partilharam, as suas identidades são alteradas pelo peso da culpa e da dor. Nesse inverno, num concerto orquestrado por Mengele, Pearl desaparece.
Stasha sofre a perda da irmã, mas agarra-se à possibilidade de que ela continue viva. Quando o campo é libertado pelo Exército Vermelho, ela e o companheiro Feliks - um rapaz que jurou vingança depois da morte do seu gémeo - atravessam a Polónia, um país agora destruído. Não os detêm a fome, os ferimentos e o caos que os rodeia, motivados como estão em igual medida pelo perigo e pela esperança. Encontram no seu caminho aldeões hostis, membros da resistência judaica e outros refugiados como eles, e continuam a sua viagem incentivados pela ideia de que Mengele pode ser apanhado e trazido à justiça. À medida que os jovens sobreviventes descobrem o que aconteceu ao mundo, tentam imaginar um futuro nele. Uma história extraordinária, contada numa voz que tem tanto de belo como de original, Mischling é um livro que desafia todas as expectativas, atravessando um dos momentos mais negros da história da humanidade para nos mostrar o caminho para a beleza, a ética e a esperança.
Além da aprendizagem, além da história, além da escrita, este é sobretudo um livro bonito.
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