quinta-feira, 18 de maio de 2017

Condenadas à nascença

Passaram mais de dois anos desde que comprei vasos pela primeira vez na minha vida, primeira e última, diga-se, que não tenciono meter-me em mais aventuras destas. Desde logo senti o peso da responsabilidade de manter as flores vivas. Eu, que sempre fui apaixonada pela natureza, tinha a partir desse dia um bocadinho dela dentro de casa, dois vasinhos pequenos e em forma de bicicleta, com umas lindas e coloridas flores, capazes de me fazer sentir adulta e responsável, que felicidade. As flores morreram ainda não tinha passado uma semana e eu, profundamente desiludida, tinha a certeza que a culpa era delas e não minha, ainda assim decidi não arriscar e comprei cactos. Cactos e mais cactos, porque me morreram uns atrás dos outros, os primeiros possivelmente afogados entre o meu medo de os deixar morrer e o facto de não fazer a mais pequena ideia de como cuidar deles, os que se seguiram possivelmente à sede, entre a minha certeza de não saber cuidar deles e o esquecimento da sua existência. Cactos e mais cactos, de todas as formas, cores e feitios morreram por minha culpa, minha tão grande culpa. 
Ontem decidi mudar, comprei duas lindas roseiras para os meus vasinhos e fui para casa feliz, disposta a dedicar-lhes toda a minha atenção, mas agora estou em pânico, não sei o que lhes fazer, não sei como cuidar delas, não sei como conseguir que sobrevivam no meu mundo. Paz à sua alma, estão condenadas à nascença, temo que na próxima semana seja necessário ir comprar tulipas, ou atirar os vasos em forma de bicicleta pela janela.
Muito prazer, eu sou a Loira e o meu passatempo preferido é assassinar plantas. Socorro. 

2 comentários:

  1. De facto, é preciso saber cuidar das plantas, não podem ter água em excesso, nem em falta, convém estarem num local onde chegue a luz do dia... Contudo, não sou especialista também, mas tenho plantas à uns anos. Talvez sejam mais resistentes que flores. :)

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  2. Também não sei bem... por isso olha, vê na net! :P eheh

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