terça-feira, 1 de dezembro de 2015

A paixão na carne

Trago sempre a paixão na pele. Tenho uma marca de sol no local onde acabam os calções de BTT e onde começam as meias, ou seja, tenho os joelhos morenos e o resto das pernas completamente brancas. No verão também me acontece isso nos braços, no local onde acaba o jersey e onde começa a luva, mas a marca dos braços acaba por desaparecer, enquanto a das pernas parece ser permanente. Tenho quase sempre nódoas negras espalhadas pelo corpo e mesmo quando já não caio há algum tempo e me livro das feridas, tenho sempre os arranhões do mato nos braços e nas pernas.
Trago sempre a paixão na carne. Às vezes parece que sou uma espécie de atractivo para os picos, que vêm todos parar ao meu corpo, já tive um alojado numa perna vários meses, mas essa história já a contei por aqui anteriormente, aqueles de que quero falar hoje são os que me vêm parar aos braços e às mãos. Parece que nunca me consigo livrar deles, parece que há sempre por aqui pelo menos um ou dois, às vezes doem para caralho, às vezes só os noto porque vejo o ponto negro espetado na minha pele demasiado branca, nunca os consigo tirar até ser o meu próprio corpo a rejeitá-los.
Trazer a paixão na pele e na carne é romântico, chega até a ser poético, mas por acaso não conhecem nenhum repelente de picos? É que os que não se fazem notar suporto-os bem, mas os que doem para caralho não me importava nada que ficassem na montanha em vez de se entranhar em mim. 

6 comentários:

  1. Tenho a mesma marca nas pernas fruto da voltinha de domingo passado...só fiz 40km e fiquei logo com marca, chiça! (btw, lembrei-me de ti porque levei umas meias às riscas vermelhas e brancas - tipo Pai Natal). Toda a gente me olhava para as meias...

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  2. Ouvi dizer que o Museu de Arte Antiga aluga armaduras. Pode ser que façam desconto para quem apenas alugue as luvas...

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  3. Faz parte, eheh, também tenho imensas marcas, mesmo no Inverno... :P

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