Em cada Caminho que fiz precisei sempre ser resgatada, precisei sempre que alguém me fosse buscar ao destino e me devolvesse ao mundo real, apesar de em cada um deles voltar para o mundo real fosse a coisa que menos me apeteceu. Com excepção do Caminho que fiz de ida e volta e que por isso parti e cheguei a casa de bicicleta e do Caminho que fiz a pé e no qual tomei a decisão de seguir sozinha e por isso só me fazia sentido apanhar o comboio e não depender de ninguém para me trazer de volta a um local onde estaria só eu, sempre precisei de alguém que me ajudasse no regresso, de alguém que me resgatasse dos dias de retiro e de Caminho.
Aconteceu-me pela primeira vez trocar de posição e ser eu a resgatar alguém, a trazer de volta à realidade pessoas muitas especiais. Fui, voltei. Posso dizer que O Caminho é tão mágico que mesmo não o tendo feito a emoção de ver as nossas pessoas chegar é tão grande como se de facto tivéssemos mesmo vivido aqueles dias juntos.
Loira, a resgatada, mesmo quando vai resgatar consegue voltar de coração cheio. Que O Caminho nunca acabe e que nunca deixe de nos dar tempo só nosso, emoções especiais e sinais para as respostas ou para as perguntas que procuramos cá dentro.
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