Quando sofremos uma queda aparatosa há uns segundos em que percebemos que vamos cair, passam muito rápido, porque batemos no chão imediatamente, não dá para fazer uma retrospectiva de nada, não dá para preparar uma defesa para a queda, não há melhor maneira de cair, mal percebemos que já fomos, já estamos a sentir o impacto do nosso corpo no chão. Depois ficamos ali um bocado sem conseguir perceber se nos magoamos ou não, sem conseguir perceber como é que caímos, o nosso cérebro demora mais uns segundos até voltar ao antes da queda. Já me aconteceu algumas vezes, felizmente poucas e felizmente nunca me magoei a sério, restou-me levantar, sacudir o pó, verificar se a bicicleta estava em tão boas condições como eu e seguir caminho.
Ver um dos nossos a cair é uma merda ainda maior. A impotência de ver cada pormenor da queda e não conseguir fazer nada, sentir o impacto deles no chão, tentar descobrir se se magoaram a sério ou não. Ao contrário das vezes em que fui eu a cair, desta vez não me apeteceu seguir caminho, foi a primeira vez em que fiz somente o trajecto necessário e me vim embora o mais depressa possível sem ficar triste por isso, foi a primeira vez em que simplesmente não me apeteceu pedalar mais.
Mimos, o meu Moreno precisa de muitos mimos, e de andar na minha roda, pelo menos assim se voltar a cair eu não o vejo.
O meu filho caiu há 15 dias. O pai viu e descreveu: ele travou, fez o pino, caiu, desviou a cabeça, bateu com o ombro no chão e rebolou uns metros. Resultado - clavícula partida! Comentário do meu filho: mãe, eu não te disse que sabia cair? Vocês das bicicletas deixam-me preocupada.
ResponderEliminarEu também sei cair :) :) :)
EliminarBoa! Assim deixam-me muuuuito mais descansada :)
Eliminar:/
ResponderEliminarNão deve ser nada agradável, não senhora.
E lembrou-me uma conversa que tive com uma amiga que dizia que a vida dela estava uma m****. Torci o nariz, ela sabe que detestao palavrões, muito mais se for uma mulher a dizê-los. Disse-lhe que dissesse antes cocó ou bosta. Ela responde indignada: cocó é o que os bebés fazem, bosta é o que as vacas fazem. A minha vida amorosa está uma m*** mesmo, não tem outro nome.
Suponho que as quedas Também não sejam cocó nem bosta.
Pois Mirone, cair é mesmo uma merda, adorei a teoria da tua amiga, além disso, sou do Norte, não há como tirar-nos os palavrões.
EliminarEu vi o meu filho cair esta semana. Não de bicicleta, que não é a "onda" dele. Em campo, no futebol. Por segundos não irrompi campo dentro, quando o vi ser carregado em braços a chorar. Ficou um bocado sem mexer uma perna, porque lhe apanhou o nervo ciático. Não há pior sensação, que a da impotência de nada poder fazer. Miminhos ao teu Moreno (que os vai aceitar de bom grado), que o meu pequeno está na "onda" de que não quer cá dessas lamechices. As melhoras!
ResponderEliminarPois é, quando somos nós a cair, parece que não custa tanto... As melhoras, um beijinho.
ResponderEliminarÓóó! As melhoras do Moreno :)
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