O corpo cada vez mais cansado e a respiração cada vez mais ofegante. As gotas da água gelada no rosto cada vez mais frio, os olhos fecham-se e não resistem a deixar cair algumas lágrimas de chuva, já não se vê com nitidez tudo o que é necessário. Os braços completamente gelados, as pernas pesadas, molhadas, um vento frio que faz com que deixe de sentir os pés e as mãos. O sabor de terra molhada nos lábios, consequência dos salpicos de lama. O ritmo cardíaco cada vez mais acelerado, com a pressa de chegar a casa, com a ansiedade de um banho quente e do conforto da roupa limpa. Os trilhos cada vez mais difíceis. Desaba em mim uma tempestade, mas fica-me a alma lavada e brilha-me o sol no coração.
Março de 2012
já dizia o anónimo, quanto pior, melhor, boas pedaladas com o sol sempre no coração apesar das trovoadas
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