Sinopse
A história é contada na primeira pessoa, com Delphine, a narradora, como uma das duas personagens. Todos os nomes são de pessoas reais: o da autora/narradora, o dos filhos, do namorado… A história é aparentemente autobiográfica e, no entanto, torna-se a certa altura um jogo de espelhos, em que é difícil discernir entre realidade e ficção. Nada previsível, cheio de surpresas, com um suspense crescente (chega a ser atemorizante), mantém o leitor literalmente agarrado até ao fim. Delphine crê que a sua incapacidade de escrever terá coincidido com a entrada de L. na sua vida. L. é a mulher perfeita que Delphine gostaria de ser: muito bonita, impecavelmente cuidada, de uma grande sofisticação e inteligência. L. está também ligada à escrita - é escritora-fantasma. L. insinua-se lenta mas inexoravelmente na vida de Delphine: lê-lhe os pensamentos, adivinha-lhe os desejos e necessidades, termina-lhe as frases, torna-se totalmente indispensável - é a amiga ideal. Mas, aos poucos, sabemos que ela conseguiu isolar Delphine (afastando toda a gente), que lhe lê os diários, a correspondência, que se faz passar por ela! E quer demover Delphine de escrever o livro que esta está a preparar, obrigando-a a escrever a obra que ela (L.) quer: Introduz-se, assim, na vida da amiga de forma insidiosa, permanente, por fim violenta, controlando tudo. É aqui que há um volte-face na intriga - até aí muito perto do real - e uma possibilidade autobiográfica. O fim é maravilhosamente surpreendente. O seu livro anterior, Rien ne s’oppose à la nuit, em que conta a história da mãe, vendeu cerca de um milhão de exemplares em França e teve vendas na casa das dezenas de milhares em Espanha.
A Partir de Uma História Verdadeira passa directamente para o topo dos melhores de 2018, este livro é todo ele uma espécie de jogo psicológico em que o leitor tem de interpretar cada palavra de uma forma minuciosa. Mas o melhor está guardado para o fim, sobre o qual não posso dizer absolutamente nada. Se por acaso estão a ler isto e já leram este livro contem-me tudo, por favor, se não leram e vão ler, assim que terminarem, contem-me tudo também, eu agradeço.
A Partir de Uma História Verdadeira passa directamente para o topo dos melhores de 2018, este livro é todo ele uma espécie de jogo psicológico em que o leitor tem de interpretar cada palavra de uma forma minuciosa. Mas o melhor está guardado para o fim, sobre o qual não posso dizer absolutamente nada. Se por acaso estão a ler isto e já leram este livro contem-me tudo, por favor, se não leram e vão ler, assim que terminarem, contem-me tudo também, eu agradeço.
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