domingo, 19 de novembro de 2017

Reler-me #51

Vivo no mundo das montanhas #5387 (ou mais)

Às vezes só percebemos onde somos capazes de chegar quando alguém nos aponta o topo de uma montanha e nos diz que foi ali que estivemos ainda há poucas horas atrás. Enquanto percorremos a montanha, enquanto subimos, subimos e subimos, quando chegamos ao topo e temos o privilégio de olhar para o mundo dali, enquanto descemos a montanha com um sorriso no rosto e a alma lavada não temos a capacidade de avaliar a grandeza daquilo, estamos lá. Às vezes vamos embora, felizes por tudo o que fizemos naquele dia, pelos locais, pelas paisagens, pela superação, mas é só. Às vezes alguém nos aponta o cimo de uma montanha cá de baixo, de uma enorme montanha, e nos diz que foi ali que estivemos, foi aquele topo que atingimos hoje, e nesse instante não estamos só felizes, somos pequenos, muito pequeninos perante a grande montanha que conquistamos e somos grandes, enormes, porque estivemos lá em cima, porque conseguimos, porque somos capazes. Às vezes só percebemos onde somos capazes de chegar quando alguém nos aponta o topo de uma montanha e nos diz que foi ali que estivemos ainda há poucas horas atrás. Às vezes somos imparáveis, capazes de tudo, até de conquistar o mundo, uma montanha de cada vez e o mundo é nosso.

Novembro de 2015

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