terça-feira, 12 de abril de 2016

É fome senhores, é fome.

Não sei se já levaram o vosso corpo ao limite. Eu estou sempre a fazê-lo em cima da minha bicicleta. Estou sempre a querer subir as montanhas mais altas, estou sempre a olhar para os topos desconhecidos, estou sempre a tentar conquistar novos cumes. Estou sempre a planear novas viagens, estou sempre a traçar novos destinos, estou sempre a querer treinar para os atingir com facilidade e prazer. A próxima viagem está quase a chegar e já ando por aí a treinar longas distâncias. No sábado pedalei 160 km, a maior distância num só dia, desde sempre, para mim. Cheguei ao fim com a sensação que podia ter pedalado muito mais, não estava cansada, não tinha dores, estava pronta para seguir viagem, se fosse esse o caso. Estes limites só têm uma consequência para mim e para o meu corpo, é fome senhores, é fome. Não é uma fome qualquer, é uma fome sofrida, é uma fome tremenda, é uma fome como nunca experimentei antes de testar o meu corpo desta maneira, é uma fome enorme, é uma fome capaz de comer o mundo inteiro e ainda assim não estar ficar saciada. É fome senhores, é fome. Não se metam à minha frente, nestes dias sou capaz de comer tudo o que vejo. 

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