quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

As 50 coisas do Grey

Decorria o ano de 2013 quando, por esta altura, me ofereceram de prenda de aniversário não 1, não 2, mas os 3 livros (uma vez que a data está próxima, se quiserem cometer a mesma proeza peço que me questionem sobre a minha interminável lista primeiro). Nessa altura já toda a gente falava dos livros e eu, que não tenho preconceitos literários, e que me basta dar uma pequena volta pela blogosfera para ler merda bem pior, li não 1, não 2, mas os 3 livros, do início ao fim (podem ler uns 10 posts por aí a explicar porque razão eu nunca desisto de um livro).
Em termos literários os livros não valem nada, a história é uma valente porcaria e em termos pornográficos os livros não me aqueceram, nem me arrefeceram. Digo eu que, leio imenso, adoro uma boa história e aqueço muitas vezes a ver um bom filme pornográfico, daqueles a sério (não vos posso contar mais porque o Moreno é tímido e diz que eu só o envergonho).
As mulheres ficaram todas malucas com os livros, eu não percebo o fenómeno, mas desconfio que um gajo lindo, bom, rico e que saiba foder é o sonho de consumo de 99% delas, ou de nós, e que praticamente a mesma percentagem delas, ou de nós, não conheça nem um único exemplar que possua os quatro predicados em conjunto. Como eu estava a dizer, eu não percebo o fenómeno, mas também não o posso criticar, porque uma das coisas que mais prezo na vida é saber aceitar a diferença, seja ela qual for. Não as critico a elas, como também nunca conseguiria criticar os livros se não os tivesse lido, que é o que me parece que mais acontece nos dias que correm.
Como actualmente o mundo se divide entre os fanáticos pela história e os que jamais poderiam ler livros desses porque são intelectualmente superiores e a estreia do filme é o assunto do dia, venho por este meio dizer que também eu quero ver o filme, quando estiver disponível online, obviamente, só me apanhavam a ver isto no cinema se levasse pelo menos um Tolstoi, um García Márques e um Saramago debaixo do braço. Posto isto, depois de ver o filme, se me apetecer venho cá falar do assunto, não sei se já vos disse mas custa-me mais a compreender as pessoas que falam sem conhecimento de causa do que as outras, que acharam aquilo fantástico, apesar de eu achar aquilo uma valente merda.

15 comentários:

  1. ahahahahah

    Conseguiste resumir tudo com isto: "mas desconfio que um gajo lindo, bom, rico e que saiba foder é o sonho de consumo de 99% delas, ou de nós, e que praticamente a mesma percentagem delas, ou de nós, não conheça nem um único exemplar que possua os quatro predicados em conjunto. "

    You go, girl!!

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  2. Não li os livros e nem vou ler. Também não vou ver ao cinema. Gosto cada vez mais das tuas súmulas e confio que se dizes que não presta, e tu lês horrores, então não vale mesmo a pena. Tenho ali tanta coisa para ler..

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  3. Estou como tu, com uma diferença, só li o primeiro que me ofereceram por altura do meu aniversário, aproveitei as férias e li aquilo de enfiada em 3 horas. Achei a história um género de Cinderela versão hot cinderela, lia as passagens de sexo na vertical, de tão morno que era. O filme acho que não esperar pela disponibilidade online, vou mesmo esperar que chegue à TV... Mas sim, é um fenómeno, vá-se lá entender porquê e é normal que desperte curiosidade porque trata de sexo e as pessoas gostam cada vez mais de mostrar que são disponíveis para a novidade (seja lá o que isso for) mesmo que não o pratiquem nem em posição de missionário.

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  4. Uma polémica que me passa ao lado...*

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  5. Eu vou ver o filme, apesar de achar que a história deve ser uma treta...mas lá está, para poder gozar tenho de ter conhecimento de causa não é verdade?

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  6. Isto sim, é chamar os bois pelos nomes. O stoner vou ler a seguir. Quando acabar o filho do philipp Meyer que é um grande Livro e que vale bem a pena.

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  7. Só li o primeiro livro mas acho que dizes tudo aqui, está mesmo bem resumida a estória...
    E eu ou é da idade ou é mesmo da qualidade da obra e de tudo o que rodeia o filme, e ainda que queira ver também o filme, acho tudo tão... "comercial" e sem... conteúdo...
    ;)

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  8. Também os li de principio ao fim na versão original, por mera curiosidade, uma vez que o meu "Conscientização" estava já em processo de lançamento e também tem umas cenas mais picantes que o normal pelo meio e, ao ouvir falar do 50 Sombras pensei para comigo "Oh que c#$%"#o!"
    Não sei como é que está a versão Portuguesa, que não li, mas a original, além de partilhar a tua opinião sobre a história, está mesmo mal escrita...

    ...e se bons livros dão filmes sofríveis (por norma), maus livros dão o quê?

    Claro que vou ver o filme (eventualmente, quando tropeçar nele) mas jamais daria um tusto para o ver no cinema...

    :)

    P.S. - lá porque mudei o Nick, não me tomes por um desconhecido, ok...

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  9. Eu li o primeiro e não me aqueceu nem me arrefeceu. O filme vou ponderar ver quando passar na tv porque pela cara de enjoados dos actores dá-me ideia que eles não sabem fazer nada :)

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  10. Li o 1º livro até à parte em que têm relações pela primeira vez e depois não me apeteceu continuar a ler. Parece-me incrível é como a autora conseguiu escrever 3 volumes.

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  11. Li o 1º livro até à parte em que têm relações pela primeira vez e depois não me apeteceu continuar a ler. Parece-me incrível é como a autora conseguiu escrever 3 volumes.

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  12. Eu não li o 50 sombras de gay nem quero saber do filme,não preciso de ler uma obra para ter uma ideia da história porque todos os best-sellers são básicos e este então é bem digno de crítica!!!
    Como já foi dito por aí,isso é uma espécie de Crepúsculo em versão adulta,com a diferença da capa ser seca,a imagem de apresentação ao nível de série de adolescente e o enredo cheio de detalhes do fetiche sado-masoquista.
    Eu nunca comparo um livro a comida,em que é preciso provar primeiro para depois emitir opinião,não,nada disso.O 50 sombras foi uma grande manobra de marketing para ter êxito,caso contrário,ninguém ligava.
    Mais:ler 3 volumes de um "tijolo" considerado erótico,é tremendamente absurdo!Isso é igual ao consultório da revista Maria em modo literário e não tem nada a ver com pornografia nem ao que se quiser chamar!!!Se assim fosse ficava só por uma edição e não aborrecia o leitor.
    A culpada nisto tudo é a escritora que retratou a personagem de Christian Grey de jovem,rico,"lindo",dominador e dotado.Se fosse um pobre,feio não ia dar certo,contribuindo para um estereótipo...é triste,o mesmo da Anastacia,ar inocente,submissa e jovem,enfim...e o sado-masoquismo é mais praticada por gente a partir dos 40 anos,logo o filme é dirigido a uma certa faixa etária,daí o sucesso de vendas.
    Houve cenas que foram cortadas,a Beyoncé ficou escandalizada depois de lançar a banda sonora e ver o que foi proibido exibir nos cinemas hahahahahahahahahahahaha...isto é que é softcore para grandes massas!

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