segunda-feira, 28 de abril de 2014

Analogia...

Quando cheguei de percorrer o meu caminho fiz uma comparação entre O Caminho e a vida, foi exactamente assim que o senti enquanto o estava a percorrer, como a vida, uma pequena etapa que pode resumir uma vida inteira. Ainda tenho muito para escrever sobre isso, as emoções ainda continuam ao rubro, lembro cada vez mais de pormenores, de pessoas, de locais, de momentos, acho engraçado como nos primeiros tempos lembrava O Caminho como algo que sonhei e não algo que efectivamente vivi, só com o passar do tempo é que comecei a assimilar tudo o que vivi naqueles dias. Quando cheguei a casa naquele dia, cansada, emocionada, feliz, radiante, fiz uma comparação entre O Caminho e a vida, ainda sem saber que a vida iria provar-me que eu, naquele dia, enquanto escrevia com o coração estava certíssima. O Caminho já me fez perder pessoas, não aquele Caminho em particular mas um Caminho com o mesmo destino, um Caminho com sentimento idêntico, quando isso aconteceu fiquei muito triste, agora sei que o Caminho só nos deixa perder o peso que vai a mais nas nossas mochilas, no Caminho, como na vida, as pessoas essenciais ficam para sempre, todas as que ficam pelo caminho são absolutamente dispensáveis. Felizmente aprendi isso a tempo, estou disposta a perder tudo aquilo que me pesa na minha mochila.

4 comentários:

  1. Adorei o teu texto!

    Possivelmente, percorreste uma das etapas mais importantes da tua vida! Escreveste-a na tua memória e irás rele-la sempre que precisares.

    Beijinhos.

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  2. Há coisas que temos que atirar da mochila para poder seguir caminho. É longo mas desde que tenhamos os olhos no objectivo, tudo se faz =). O importante permanece...dizes bem

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  3. Cada vez tenho menos certezas sobre o caminho a trilhar. Hoje malhei, na primeira pedalada, na garagem. Enrolei-me, como de costume, e dores no osso do glúteo. Esfreguei, e fui, mesmo assim, dar a minha volta, mas um dedo deve ter ficado preso na manete. Gelo e mais gelo, de 15 em 15 minutos. Não é falta de prática, foi excesso de confiança. As minhas quedas, normalmente, estão relacionadas com peões distraídos ou mudanças de direcção repentinas deles. O último senhor que atropelei (há dois anos) agarrei-me a ele e só trilhei uma mão debaixo do seu corpo. O instinto de defesa é fantástico, mas coitado do senhor…

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